Professor Gilberto Luiz Alves lança nesta quinta-feira "As águas como caminho, Mato Grosso como destino" em Corumbá
Primoroso livro ilustrado sobre a navegação na Bacia do Prata entre fins do século XIX e início do século XX, "As águas como caminho, Mato Grosso como destino" será lançado pelo autor na "Casa A. Ócio e Cultura", no Porto Geral de Corumbá (Rua Manoel Cavassa, 127).
Dos pioneiros na pesquisa histórica em Mato Grosso, o Professor Gilberto Luiz Alves vai lançar no dia 17, quinta-feira, na Casa A (rua Manoel Cavassa, 127), no Porto Geral de Corumbá, às 19 horas, um de seus mais recentes livros, este no contexto da navegação no Rio Paraguai e Bacia do Prata desde os fins do século XIX até o início do século XX.
"As águas como caminho, Mato Grosso como destino", editado pela Entrelinhas, de Cuiabá, é abundantemente ilustrado com imagens de então retiradas de cartões postais identificados, além da contextualização histórica das viagens relatadas e seus passageiros.
A obra trata de quatro viagens fluviais realizadas entre 1862 e 1911, a partir do Litoral e com rumo a Mato Grosso. Bartolomé Bossi, Severiano da Fonseca, Herbert Smith e Annibal Amorim são os protagonistas cujas viagens são relatadas num contexto ilustrado e em cores, com primorosa análise histórica contextual. Aliás, primoroso é o livro todo, edição ricamente produzida, em formato grande e capa dura. Ideal para quem gosta de livros e estimulante para as novas gerações despertarem seu interesse pela leitura.
DEDICADO À PESQUISA
Docente universitário, Gilberto Luiz Alves veio trabalhar em 1971 no Centro Pedagógico de Corumbá (CPC), da Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT). Oriundo do interior de São Paulo, permaneceu por quase duas décadas em Corumbá, e depois se mudou para Campo Grande, onde prosseguiu sua carreira docente e suas pesquisas históricas e no campo da Educação.
Depois de se aposentar, Gilberto Luiz Alves criou seu próprio instituto cultural na capital de Mato Grosso do Sul, em que continua a se dedicar à pesquisa e à formação de novos pesquisadores por meio de seminários e palestras. Um dos eixos de atuação do instituto é a Sociedade de Bibliófilos do Instituto Cultural Gilberto Luiz Alves edita, em que edita, em parceria com algumas editoras (como a Entrelinhas e a Maria Petrona, de Londrina) coleção inédita de livros de autores de renome acadêmico, como os Professores Valmir Batista Corrêa, Lúcia Salsa Corrêa, Sandino Hoff, Maria Angélica Cardoso, Sílvia Helena Andrade de Britto e o próprio Gilberto Luiz Alves, com ilustrações exclusivas em bico de pena de renomados artistas plásticos, como Marlene Mourão, Ton Barbosa e Lelo.
Depois do lançamento na capital de seu livro de memórias, dia 24 de abril, na livraria "Leitura", no Shopping Center Campo Grande, intitulado "Vivências de um educador caipira" e do "Cerâmica indígena contemporânea em Mato Grosso do Sul", editados pela CVR de Curitiba, o Gilberto Luiz Alves revela que continuará a escrever, mas agora no gênero ficcional, inaugurado com o bem aceito "Era uma vez no Pantanal - Uma saga transfronteiriça", cujo protagonista, o paraguaio Juanito Balbuena, resgata o aporte da força de trabalho do imigrante paraguaio nas atividades econômicas do sul de Mato Grosso, cuja cultura, decorridos séculos, ainda está presente.
Estudioso metódico e com rigor científico, Gilberto Luiz Alves, com essa nova jornada, nos leva a intuir que por meio da literatura pretende resgatar temas históricos que não foram suficientemente tratados, ou melhor, aprofundados, por seus contemporâneos. E a ficção pode ser metáfora criativa para uma nova vertente de estudos inéditos e, como sempre, questionadores do lugar comum da academia e de contemporâneos que não se ativeram à questão central da história, que se processa com a produção material, isto é, econômica da sociedade.
Ahmad Schabib Hany
Nenhum comentário:
Postar um comentário