sábado, 29 de fevereiro de 2020

João Pedro Stédile no Entre Vistas (Juca Kfouri)



Em sua entrevista para Juca Kfouri, o dirigente do MST faz uma homenagem póstuma à brilhante, incansável e pioneira cientista Dra. Ana Maria Primavesi (falecida em 4 de janeiro de 2020, aos 99 anos). Nascida na Áustria em 1920, a Dra. Ana Maria veio com o esposo trabalhar em Santa Maria (RS), tendo sido uma pioneira da Agroecologia.

Ministro Gilmar Mendes fala a verdade sobre Moro, Dallagnol e Lava Jato

Deputado denuncia esquema de Moro e Dallagnol na Lava Jato



REAPRESENTAÇÃO -- Vaza Jato continua a expor o que as instituições brasileiras fingem não olhar: Sérgio Moro e procuradores/as tramam o tempo todo, sobretudo durante o processo eleitoral que pariu um canalha burro como verdadeiro fantoche para destruir o Estado Democrático de Direito e entregar todo o patrimônio nacional às corporações que investiram no golpe disfarçado de "impeachment", "processo judicial" e "processo eleitoral"...

Boaventura de Sousa Santos: como mundo vê o Brasil de Bolsonaro



Tal qual Guaidó, Sérgio Moro, um desconhecido, de repente começa a ganhar a primeira página do The New York Times como o mais influente personagem brasileiro da atualidade...

Sérgio Augusto: "Bolsonaro? Espero o pior..."

“Que Bolsonaro não cumpra 4 anos destruindo o Brasil. Isso é insuportáve...

Por que a mídia preserva Sérgio Moro



Como bem disse o Jornalista Glenn Greenwald, Sérgio Moro é muito mais perigoso que Bolsonaro enquanto elemento fascistoide. Foi ele, Moro, que usou a Lei de Segurança Nacional contra o porteiro que revelara o ingresso de um dos participantes da execução da Vereadora Marielle e de seu motorista, como para inquirir o Presidente Lula na acusação de difamar ou acusar infundadamente. Além de justificar a atuação de milicianos contra o Estado Democrático de Direito, ele ignorou o desserviço dos policiais militares amotinados no Ceará e nada fez contra as vítimas de policiais milicianos contra mulheres e crianças.

Conde & Anita: Capanga de miliciano em tanque de guerra


O recado que o jagunço que usava toga quer passar é que se o imbecil de seu chefe até agora não conseguiu dar o golpe à la Mussolini ele se habilita, até por conta de sua aura que pivô do golpe...

Jornalista faz radiografia da Igreja Universal e mostra Edir Macedo flex...

Bolsonaro mente para justificar envio de vídeo no Whatsapp ☀

Cristiano Zanin, advogado de Lula, e Fernando Haddad discutem as novidad...

Barbárie da milícia: PMs amotinados invadem e barbarizam escola em Fortaleza


 Do Portal Antropofagista, da Jornalista Celeste Silveira:

Barbárie da milícia: PMs amotinados invadem e barbarizam escola em Fortaleza
Celeste Silveira 29 de fevereiro de 2020 

Segundo a Secretaria de Educação do Ceará, policiais militares amotinados invadiram uma escola estadual em Fortaleza, na última segunda-feira.
Em ofício enviado ao general Fernando José Mattos, que coordena a operação da GLO no estado, a secretaria informou que o portão de acesso à escola José Bezerra de Menezes foi arrombado por homens que se identificaram como policiais.
O grupo de amotinados, segundo a secretaria, ocupa cinco salas de aula, além de usar a cozinha e os banheiros da escola.

O motim de parte da Polícia Militar do estado já dura 12 dias. Em ofício enviado ao general Fernando José Mattos, que coordena a operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), a secretaria informou que o cadeado do portão de acesso à escola foi arrombado por homens que se identificaram como policiais – o colégio fica ao lado de um batalhão onde parte da tropa amotinada está concentrada. A informação foi antecipada pelo Jornal O Povo e confirmada pelo GLOBO.

No documento, o governo estadual pede ajuda ao Exército para que o local seja desocupado e as aulas possam ser retomadas. Segundo a secretaria, o grupo ocupa um bloco de cinco salas de aula, além de usar a cozinha e banheiros que são utilizados por estudantes.
Tal contexto inviabiliza o funcionamento da referida escola, tendo em vista que os espaços hoje ocupados são essenciais para a retomada regular às aulas na escola. Diante do acima exposto, solicitamos o apoio desse Comando para que as aulas da EEFM José Bezerra de Menezes não sejam prejudicadas”, diz o ofício.

*Da redação
Do Portal Antropofagista, da Jornalista Celeste Silveira, disponível pelo link: <https://antropofagista.com.br/2020/02/29/barbarie-da-milicia-pms-amotinados-invadem-escola-em-fortaleza/>.

Lula resume Bolsonaro: falso patriota que entrega nossa soberania; falso moralista que acoberta Queiroz


Do portal O Antropofagista, da Jornalista Celeste Silveira, com texto de Carlos Henrique Machado de Freitas, de A Postagem
Nada como a capacidade de síntese da maior liderança política do país.
Lula frita Bolsonaro naquilo que precisa ser fritado. Sua hipocrisia que serviu para encher os bolsos dos milionários e empobrecer ainda mais os pobres.
A arma de Bolsonaro não é ser um hipócrita, cretino, mas esperto, usar a hipocrisia dos que lhe apoiam para fazer discurso moralista de patriótico para quem não tem moral e, muito menos, por qualquer amor ao país.
Ou seja, Lula, numa só lambada, dá uma chinelada em Bolsonaro e no bolsonarismo.
Como alguém pode se dizer patriota, aplaudindo o desmonte da indústria nacional para servir como filé mignon a grandes corporações americanas com a velha fuleiragem da diminuição do Estado, mesmo sabendo que Queiroz é o símbolo da esbórnia do clã Bolsonaro que, durante décadas, foi o braço direito de Bolsonaro num esquema de corrupção que assaltou o erário, junto com os filhos, um valor gigante, ainda não contabilizado pela mídia, pois a mesma trata o esquema de corrupção de rachadinha, quando, no mínimo deveria chamar de rachadão, porque a grana não é pouca e os envolvidos no esquema são contraventores pesados, a começar pelo herói de Bolsonaro, Adriano da Nóbrega, que utilizava mãe e esposa como laranjas do esquema do patrãozão de Rio das Pedras com o atual presidente da República, tendo Queiroz como a gambiarra que faz a ligação entre o motor e o mecanismo que faz a roda da fortuna girar.
Soma-se a essa biografia de Bolsonaro, que não é pouca coisa, ao presidente que canta hinos patrióticos e entrega de bandeja toda a riqueza nacional e ainda tenta, a todo custo, entregar o solo brasileiro à empresas americanas.
Lula, como sempre, foi curto e grosso no tiro na mosca, quando diz que Bolsonaro é um hipócrita, porque não tem outra denominação para um sujeito tão vigarista quanto ele.
*Carlos Henrique Machado Freitas

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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

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DURANTE A CAMPANHÃ CONTRA O PRESIDENTE EVO MORALES, OS/AS ATUAIS GOVERNANTES ATRIBUÍAM AO GOVERNO DO M.A.S. O TRÁFICO E O CONTRABANDO QUE AGORA ELES/AS PRATICAM À LUZ DO DIA...

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"A corrupção tem que ser combatida no momento em que ela é revelada. No entanto, fazer dela uma pauta política para perseguir adversários é uma temeridade e sobretudo um casuísmo, uma arbitrariedade..." (Ex-ministra e ex-senadora Adriana Salvatierra)

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Ex-ministra de Saúde, ex-senadora e ex-Presidenta do Senado, a Companheira Adriana Salvatierra é uma grande revelação da chamada Revolução Democrática Cultural liderada pelo Presidente Evo Morales.

Em Buenos Aires, onde se encontra exilada desde a transferência da comitiva boliviana do México, fez uma elucidativa e eloquente palestra no Instituto Patria, da Argentina, oportunidade em que explicitou por que tanta perseguição ao processo de mudanças empreendido pelo MAS na Bolívia.

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4a DE CINZAS

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O TÚMULO DOS DITADORES QUE NINGUÉM QUER RECORDAR (Federico Rivas Molina e Mar Centenera, do EL PAÍS)

BRILHANTE REPORTAGEM DE FEDERICO RIVAS MOLINA E MAR CENTENERA PARA O "EL PAÍS", PUBLICADA NA EDIÇÃO BRASILEIRA EM 19 DE JULHO DE 2018.
Disponível pelo link <https://brasil.elpais.com/brasil/2018/07/18/internacional/1531939580_786263.html>.
ARGENTINA

O túmulo dos ditadores que ninguém quer recordar

Repúdio da sociedade argentina aos crimes dos militares faz com que as famílias dos governantes tenham vergonha de se associar a eles. Até os corpos se perdem no esquecimento

O túmulo de Jorge Rafael Videla em maio de 2013, dias depois de seu sepultamento no cemitério Memorial de Pilar.
O túmulo de Jorge Rafael Videla em maio de 2013, dias depois de seu sepultamento no cemitério Memorial de Pilar.EL DIARIO DE PILAR
Na sexta-feira 17 de maio de 2013, um carcereiro encontrou Jorge Rafael Videla sentado na privada da cela que ocupava em Marcos Paz, uma cadeia para presos comuns, com sinais de “rigidez ocular” e sem pulso. O ditador morreu horas antes, na solidão de uma madrugada entre as grades, após uma queda que aos seus 87 anos foi fatal. Videla ficou por uma semana em uma gaveta do necrotério judicial, à espera da autópsia. Quando a Justiça por fim entregou o corpo, a família não soube o que fazer com ele. Não encontrou lugar no panteão militar em Chacarita, o maior cemitério da cidade de Buenos Aires, por medo de manifestações de repúdio. Também não foi bem-vindo em Mercedes, sua cidade natal. Videla acabou enterrado em um cemitério particular no subúrbio de Buenos Aires, sob uma placa de mármore com a inscrição “Família Olmos”, anônimo ao olhar dos curiosos.

MAIS INFORMAÇÕES

A tradição militar diz que os oficiais de alto escalão têm um nicho reservado no panteão de Chacarita. Videla não pôde ir para lá, assim como seus dois cúmplices na Junta que em 24 de março de 1976 derrubou a viúva de Juan Domingo Perón, María Estela Isabelita Martínez. A poucos metros do ditador, no cemitério Memorial de Pilar, também com o nome mudado, está o ex-chefe da Marinha e criador da ESMA, o maior centro de torturas e prisões ilegais da ditadura, Emilio Massera, falecido em 8 de novembro de 2010 no Hospital Naval. Seu homólogo na Força Aérea, o brigadeiro Orlando Ramón Agosti, morto em outubro de 1997, ocupa outro lote no mesmo cemitério particular. A família de Videla pediu em 2015 permissão ao juiz para cremar seus restos, mas apesar de conseguir o aval nunca realizou o trâmite, como o EL PAÍS pôde confirmar com fontes da Justiça.
Videla e Massera não tiveram o final dourado que imaginaram quando lideraram a ditadura militar mais sanguinária da América do Sul, com um saldo de 30.000 mortos e desaparecidos. O regresso à democracia os encontrou em 1984 sentados em um tribunal que os condenou por crimes de lesa humanidade. Em 1990 foram indultados pelo presidente Carlos Menem, mas voltaram à prisão quando o kirchnerismo reabriu os casos na Justiça. A morte de Videla foi paradigmática. Despejado de Chacarita, a família tentou sepultá-lo no panteão que tem em Mercedes, um povoado de antiga tradição militar onde Agosti também tem laços de sangue. As manifestações contra o enterro arruinaram os planos.
Jorge Videla (centro) e Orlando Agosti (esquerda) participam da Festa Nacional do Salame em Mercedes, província de Buenos Aires.
Jorge Videla (centro) e Orlando Agosti (esquerda) participam da Festa Nacional do Salame em Mercedes, província de Buenos Aires.
“A morte de Videla e o fato de que a família tentou levá-lo a Mercedes nos pegou de surpresa. O repúdio foi unânime e nos reunimos na porta do cemitério, em uma espécie de guarda para evitar que o enterrassem ali. A família, no final, desistiu, mas não soubemos para onde iria”, diz Ciro Lalla, historiador e membro da Comissão pela Memória do município. O repúdio a Massera, por sua vez, foi silencioso, mas suficiente para impedir os planos de sepultá-lo no panteão que o Círculo Naval tem em Chacarita. “Queriam trazê-lo para cá e até me fizeram limpar todo o lugar. Mas depois soubemos que precisaram montar vigilância, porque nessa noite pessoas estiveram rondando, ativistas dos direitos humanos. Por isso não veio, o mandaram a Pilar”, conta um antigo funcionário do panteão que prefere não dar seu nome.
Interior do panteão militar em Chacarita, onde estavam enterrados os ditadores Fortunato Galtieri e Roberto Viola.
Interior do panteão militar em Chacarita, onde estavam enterrados os ditadores Fortunato Galtieri e Roberto Viola.F.R.M.
Roberto Viola, sucessor de Videla após um golpe, morreu em 30 de setembro de 1994, quando ainda estavam vigentes os indultos de Menem aos chefes do regime. Viola encontrou espaço no panteão militar, um alto edifício de mármore, com capela no seu interior e três subsolos. Mais de 1.000 militares estão enterrados lá em nichos com tampas de aço inoxidável, entre fotos, placas de bronze e algumas flores perdidas. Não há rastros de Viola. Os funcionários do cemitério e do arquivo nada sabem dele. Um funcionário diz que foi cremado, mesmo que tenha algumas dúvidas. “Está no velho panteão”, diz outro empregado, mas lá também não existe nenhuma placa que diga Roberto Viola. “O problema é que são sepultados com nomes diferentes para que não sofram alguma represália”, diz o encarregado do lugar.
A chave do enigma está, por fim, com uma mulher que toma conta dos velhos documentos do cemitério e que não está autorizada a dar informações. Após abrir uma pasta, retira uma folha solta e lê com atenção. Ao lado do nome de Viola existe uma inscrição feita à mão, realizada há mais de dez anos por um pesquisador que em algum momento se preocupou em recuperar a memória do panteão militar. “Levado a Entre Ríos”, diz. A versão é verossímil. Viola se casou com uma mulher de Concordia e o filho dos dois mora lá, mas o rastro do corpo se perde nessa cidade.
“Tomaram muito cuidado para que não apareçam ligados a suas próprias forças, ninguém tem interesse em recordá-los”, diz Carlos Loza, membro da Associação de Ex-Presos Desaparecidos (AEDD) pela ditadura. Passados 40 anos, a Argentina ainda tem abertos julgamentos por crimes de lesa humanidade e passou de geração em geração o espírito de Nunca Mais que marcou o retorno da democracia. “A condenação social que existiu na sociedade argentina fez com que seja vergonhoso para as famílias dos ditadores, muitos de seus filhos chegaram a recusar a paternidade, outros mudaram seus sobrenomes”, afirma Loza.
Galtieri em 1984, durante o julgamento da Junta Militar.
Galtieri em 1984, durante o julgamento da Junta Militar.
O destino de Leopoldo Fortunato Galtieri, o sucessor de Viola, também se perdeu na memória. O general que levou a Argentina à Guerra das Malvinas em 1982 morreu em silêncio em janeiro de 2003, aos 76 anos, quando cumpria condenação por roubo de crianças nascidas durante o cativeiro de suas mães nos centros de tortura. Seu corpo foi levado ao panteão militar, como diz a tradição. Naquela época mereceu as honras de uma banda militar e até algumas palavras do comandante do Exército, Ricardo Brinzoni. O ato foi possível porque ainda não existia a lei que em 2009 proibiu qualquer tipo de despedida oficial aos repressores. Após o enterro, um desconhecido quebrou as coroas de flores e pichou o túmulo recém-inaugurado, mas isso foi tudo. Galtieri caiu rapidamente no esquecimento, tanto que hoje poucos sabem que o militar já não está em Chacarita. “Sua irmã o retirou há seis anos, para cremá-lo”, revela um funcionário do panteão.
Os chefes da ditadura argentina, amos e senhores em vida, são apenas uma má recordação na morte. Não têm monumentos e se escondem da história. Os que sofreram com o terrorismo de Estado dizem que os temores de seus herdeiros não têm fundamento, que podem ficar tranquilos. “Mesmo que se trate do corpo de um assassino, os rituais da morte não serão interrompidos por nenhuma das vítimas da ditadura. Não somos como os genocidas”, diz Loza. E lembra, ironias do destino, que foram os repressores que inventaram a figura do desaparecido, como se chamam os milhares de homens e mulheres que morreram sem túmulo.

#REAPRESENTAÇÃO - 20 Minutos: O que foi o golpe militar de 1964?

TRAIDOR DA CONSTITUIÇÃO É TRAIDOR DA PÁTRIA!!!



"Traidor da Constituição é traidor da Pátria!" -- A Deputada Jandira Feghali posta parte do vídeo com o discurso do eterno e saudoso Deputado Ulysses Guimarães, Presidente da Constituinte de 1987/88, no ato solene de Promulgação da Constituição Federal de 1988.

SEGURANÇA 1

BOLSONARO DOBRA A APOSTA

Em pleno Carnaval surge uma frente ampla contra o golpe - Giro das 11 (2...

BRASIL confirma caso CORONAVIRUS EM SP - Alerta das autoridades sobre o ...

Bolsonaro infringe a Constituição ao divulgar ato contra o Congresso

Hoje na História: 26.02.1848 - Marx e Engels publicam o Manifesto Comunista

Golpe: como será a mudança de regime no Brasil

"Bomba SUÍÇA": a hora da VERDADE para Luiz Inácio LULA da Silva!

Perú. Virgilio Acuña pide urgente fusil4miento de presidelincuent3s pero...

URGENTE: VÃO FECHAR O CONGRESSO

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

The Real News entrevista Celso Amorim

Conde & Anita: Risco de golpe militar é calculado e real

Alinhado com Bolsonaro, ativismo evangélico ganhou força, diz autor de l...



Parabéns ao Jornalista Gilberto Nascimento, pela coragem e iniciativa! Fazer Jornalismo (com letra maiúscula) é fazer História no momento em que ela está acontecendo.
Por outro lado, Edir Macedo, que não nasceu evangélico e que antes disso se dedicou a atividades nada cristãs, sabia muito bem o que procurava quando (sic) virou cristão: não por acaso, anos depois procurou o chamado "sionismo cristão" nos Estados Unidos (cuja maior expressão na atualidade são Donald Trump e Steve Bannon) para depois chegar até o sionismo propriamente dito, no Estado de Israel.
Hoje vemos explicitamente os propósitos políticos e teocráticos de Edir Macedo e sequazes, sobretudo na política nacional, cujos áulicos fazem questão de reinterpretar a Bíblia, ao gosto e sabor de suas conveniências nada cristãs, como a difusão da lei de Talião, do "olho por olho, dente por dente", em vez de honrar o grande e inegável legado de Jesus Cristo, de oferecer a outra face quando agredida a sua face...

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

GOBERNADORA DE TIQUIPAYA LE CUADRO A JEANINE AÑEZ POR QUE NO QUERÍA REUN...

Bolsonaro é alvo de crítica no Carnaval 2020 - Damares discursa na ONU...



Em meio a uma edição excelente como a deste 24 de fevereiro, a Jornalista Lalita Galli, âncora do programa Bom para todos, da TVT, entrevista a historiadora e Mestre em Sociologia Jacqueline Quaresemin de Oliveira sobre o pós-carnaval e o projeto de país, a pauta da sociedade brasileira e a que vieram os fantasmas do fascismo eleitos em 2018.

Os desdobramentos da rebelião da PM no Ceará

O PRIMEIRO CARNAVAL DO MINO | Minólogo

Carnaval de Resistência | REPORTAGEM

Bolsonaro e Carnaval têm tudo a ver | Mino Responde

BERNIE SANDERS



VETERANO DRAMATURGO, DIRETOR E ATOR, BENVINDO SEQUEIRA, DESDE SEU AUTOEXÍLIO EM PORTUGAL, TORCE PELA ASCENSÃO DE BERNIE SANDER NAS DISPUTAS PRESIDENCIAIS DOS ESTADOS UNIDOS. COMO ELE DISSE, NÃO SE TRATA DE VENCER TRUMP (QUE JÁ GANHOU A REELEIÇÃO ANTES MESMO DE DEFLAGRADA A CAMPANHA, POIS É ASSIM A FARSA ELEITORAL ESTADUNIDENSE), MAS DE LEVAR O DISCURSO SOCIALISTA À MÍDIA GLOBAL...

E DEPOIS DA FOLIA? POSSIBILIDADE DE GOLPE OU REVOLUÇÃO? PAPO IMPACTANTE ...



"ESTA SEMANA NO CEARÁ, A MORTE E A FALTA DE SAÚDE COLOCA O POVO DIANTE DE SITUAÇÕES EXTREMAS..." -- O Professor Nildo Ouríveis fala no Portal do José sobre o contexto histórico golpista e a necessidade de uma revolução.

Argentina. VIGILIA DEL CONSULADO REPUDIA LA PROSCRIPCIÓN DE EVO MORALES ...



VIGÍLIA DE RESIDENTES BOLIVIANOS/AS NO CONSULADO DA BOLÍVIA EM BUENOS AIRES CONTRA A IMPUGNAÇÃO DAS CANDIDATURAS DO PRESIDENTE EVO MORALES E DO CHANCELER DIEGO PARY PELO T.S.E. GOLPISTA

Militar preso com cocaína pega 6 anos de prisão na Espanha, mas continua...

��Se REACTIVA EL TRABAJO para RECAUZAR el río TAQUIÑA en TIQUIPAYA ��

Hoje na História: 24.02.1956 - Khruschov denuncia 'crimes de Stalin'

�� Bolsonaro é criticado no Carnaval – Demissão em massa no Inmetro –Bol...

domingo, 23 de fevereiro de 2020

Tereza Cruvinel aponta participação da CIA no golpe da Bolívia


Tereza Cruvinel aponta participação da CIA no golpe da Bolívia


por Celeste Silveira
Um artigo do site Behind Back Doors, conhecido por suas revelações sobre a ingerência norte-americana na América Latina, apresenta uma lista dos mais importantes agentes da CIA que participaram do golpe contra o ex-presidente da Bolívia, Evo Morales. Anuncia também que a operação na Bolívia continua e que há outros governos “não amigos” nos planos de desestabilização política do continente. O próximo alvo pode ser Manágua.
Em sinal de que a ofensiva contra a esquerda na Bolívia de fato continua, na quinta-feira a Justiça Eleitoral do país barrou a candidatura de Evo ao Senado nas eleições marcadas para maio, alegando que ele não provou residir no distrito eleitoral pelo qual se candidataria.
O artigo “Os mais importantes agentes da CIA em La Paz, Bolívia (parte I)” expõe a identidade de alguns dos principais agentes do golpe, tanto de americanos como de bolivianos cooptados, como o general Willian Kaliman Romero, ex-comandante das Forças Armadas, que gozava da inteira confiança de Evo Morales, que o colocou no cargo em 2018. Foi Kaliman que, no calor do golpe, pediu publicamente a renúncia de Morales em 10 de novembro passado, seguindo as instruções Bruce Williamson, encarregado de negócios dos Estados Unidos na Bolívia. A instrução foi passada a Kaliman por Luis Fernando Camacho, o líder político de Santa Cruz, devidamente integrado ao grupo conspirador.
Segundo o site, o golpe começou a ser planejado no território norte-americano, em parceria com políticos bolivianos que vivem nos Estados, como Gonzalo Sánchez de Lozada, Manfred Reyes Villa, Mario Cossio e Carlos Sánchez Berzain, que fizeram a ponte inicial com os militares cooptados para o golpe, criadores da “coodenação nacional militar”, entre eles o general Rumberto Siles e os coronéis Julius Maldonado, Oscar Pacello e Carlos Calderon.
Milhões de dólares teriam sido investidos pelos EUA no golpe. Só a Fernando Camacho, para organizar a insurgência em Santa Cruz de La Sierra, foram entregues dois milhões de dólares.
Já dispondo de quadros baseados na embaixada ou atuando clandestinamente na Bolívia, em setembro, um mês antes da eleição de outubro, mais 38 agentes entraram no país, disfarçados de turistas, empresários ou dirigentes de ONGs.
O golpe teve êxito porque a CIA conseguiu cooptar não apenas os políticos de direita como também militares, dividindo as Forças Armadas. Entre os militares, muitos eram próximos de Evo e o traíram miseravelmente, como o general Kaliman.
Cooptado pela CIA, o general cumpriu duas tarefas decisivas para o golpe. Primeiro, fornecendo informações sensíveis sobre Evo e seu governo aos agentes. E depois, desinformando o então presidente sobre o que estava se passando no país, evitando que pressentisse o golpe e tentasse abortá-lo, quando ele já fora planejado e tudo estava pronto para sua execução dentro das Forças Armadas.
Segundo o artigo, Kaliman foi cooptado ainda antes de assumir o comando das Forças Armadas, a partir da identificação de seus “pontos fracos”, como o fato de que todos os seus filhos vivem nos Estados Unidos e o de sua filha ser casada com um alto oficial do Exército americano. Em La paz, durante todo o tempo, o general manteve contatos com agentes disfarçados que operavam no país. Pouco antes do golpe, ele exigiu que sua esposa fosse tirada do país e levada para os Estados Unidos.
Na fase pré-golpe, ele conseguiu convencer Evo a autorizar a presença de tropas de inteligência do Comando Sul do Exército americano em território boliviano, e que a Bolívia integrasse a Surnet (Rede Sudamericana), um mecanismo regional para intercâmbio de inteligência militar.
Outro cooptado pela CIA, segundo Behind Back Doors, foi o general Vladimir Yuri Calderón, comandante da polícia, que havia servido durante vários anos como Adido Militar da Bolívia nos Estados Unidos. Nos preparativos do golpe, seu interlocutor na embaixada americana era o major Matthew Kenny Thompson, também adido militar. Por sua socialibilidade, Thompson atuou fortemente junto às Forças Armadas bolivianas, cooptando oficiais para o plano golpista.
Até mesmo a partir da Argentina a CIA atuou no golpe, através do adido militar da Bolívia, general Rômulo Delgado, que facilitou a infiltração junto a militares bolivianos. Da Venezuela, teria atuado o coronel Juan Carlos Jaramillo, onde é ligado a Juan Guaidó e tem notória parceria com a CIA em ações contra o governo Maduro, como no ataque ao aeroporto de Carlota, em 2019.
Entre os cooptados o site cita ainda os coronéis Clamente Silva Ruiz, chefe do comando de La Paz, e Erick Millares Luna, da área de inteligência.
Outro que traiu Evo foi seu amigo (ex-amigo) Panchito, apelido de Ramiro Flores Montano, cooptado pela CIA quando servia, indicado por Evo, como adido militar no Chile. Voltou para participar ativamente dos preparativos e da execução do golpe, fornecendo armas e treinamento militar ao grupo Yunga Cocaleros, um dos que tomou as ruas.
Traidor notável foi também o empresário Edwin Saavedra, que era muito amigo do então vice-presidente Álvaro Garcia Linera, através de quem obtinha informações que passava à CIA.
Entre os americanos, um dos mais importantes algozes de Evo Morales foi Rolf Olson, agenda CIA disfarçado de conselheiro econômico da embaixada. Outra agente citada é Annette Dorothy Blakeslee, que atuou no “golpe suave” na Nicarágua como médica da USAID. O Olson é atribuído o completo “manejo” do principal líder político boliviano no golpe, Luiz Fernando Camacho Vaca, orientado a criar o tal “Comitê Cívico de Santa Cruz de La Sierra”, plataforma civil que atuava em sintonia com a “Coordenação Militar Nacional”.
A embaixada americana entregou a Camacho, segundo o artigo do site, dois milhões de dólares para ele organizar a insurgência em Santa Cruz. O site diz que Brasil e Argentina (ainda governada por Macri) teriam ajudado no repasse do dinheiro mas não fornece detalhes.
Camacho comandou as ações mais violentas contra a população civil antes do golpe. Durante meses, sob supervisão da CIA, ele teria recrutado, organizado e treinado os membros da organização neofascista Unión Juvenil Crucenista, que teve atuação agressiva nos conflitos.
Ele teria participado de várias reuniões com George Eli Birnbaum, agente americano que chegou antes de outros 38 americanos que entraram no país disfarçados, em setembro, um mês antes das eleições de outubro, fazendo-se passar por turistas, empresários e dirigentes de ONGs. Com eles foram planejadas as ações para incitar protestos contra supostas fraudes no processo eleitoral em que Evo disputava a quarta reeleição. Estes 38 agentes integram as Tropas Operacionais Especiais do Comando Sul dos EUA. Três destes 38 agentes incógnitos, segundo o site, foram Cason Benham, Luis Manuel Ribero Ibatta e Diego Santos Sardone, que se fizeram passar por advogados.
A estação da CIA na Bolívia valeu-se também, segundo o site, da colaboração de José Sánchez, chefe da AFI, a Agência Federal de Inteligência argentina, no levantamento de dados sobre membros do governo Evo e também sobre todos os funcionários cubanos, venezuelanos e nicaraguenses residentes na Bolívia, incluindo os diplomatas, buscando associá-los ao narcotráfico e à corrupção.
Outro argentino, Gerardo Morales, governador da província de Jujuy, no norte do país, teria tido participação importante na triangulação do dinheiro injetado no golpe pela embaixada norte-americana. Em setembro de 2019, um mês antes do pleito, a filha de Donald Trump, Ivanka, fez uma visita relâmpago à província, onde se reuniu com Fernando Camacho e com o governador Morales.
As revelações de Behind Back Doors soam rocambolescas, e alguns fatos parecem incríveis, como esta visita de Ivanka a um cafundó da Argentina. Mas os golpes são assim mesmo: inverossímeis mas acontecem.
Para nós que vivemos num país em trepidação constante, onde se louva a ditadura e se fala em volta do AI-5, é bom aprender um pouco sobre como eles acontecem.
 *Tereza Cruvinel – Brasil 247
Celeste Silveira | 23 de fevereiro de 2020 às 23:34 

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sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

Caetano Veloso Entrevista Henrique Vieira

O QUE VOCÊ ACHA DA MISTURA DE POLÍTICA E RELIGIÃO?



Teólogo, cientista social e historiador, o Pastor Henrique Vieira afirma que os fundamentalistas evangélicos seriam capazes de matar Jesus em nossos dias...

A disputa política do movimento evangélico | HENRIQUE VIEIRA



O Pastor Henrique Vieira, que além de teólogo é cientista social e historiador, adverte que o fundamentalismo evangélico potencializa a violência histórica existente no Brasil, mas não a inaugura, pois ela existe desde a colonização. É perigoso acreditar que a violência começou agora, com os fundamentalistas evangélicos, pois ela vem de séculos de genocídio, escravidão dos povos africanos e exploração dos povos originários.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

A marcha do estado de exceção

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Postura de CID Gomes inaugura reação nacional contra as milícias



CID GOMES, A DESPEITO DA APARENTE INTEMPESTIVIDADE, FEZ O QUE DEVIA SER FEITO -- A desordem promovida pelo governo federal, escancaradamente incentivada por ministros ligados ao meliante-mor, foi oportunamente enfrentada pelo senador pedetista Cid Gomes, do Ceará (irmão do ex-ministro Ciro Gomes). Além de explicitar que amotinamento não é legal nem legítimo, o enfrentamento empreendeu uma derrota fragorosa à imbecilidade gestada pelo desgoverno nazifascista praticado por amadores desequilibrados.

Isso também prova que o laboratório dessa ação foi a Bolívia, em que, em novembro de 2019, policiais militares foram adestrados por brasileiros e chilenos para sitiar as autoridades constitucionais presididas por Evo Morales até o momento em que não houve saída que a renúncia e seu exílio para o México.

Assessores de Damares na greve dos PMs do Ceará? (Marcelo Auler)

Assessores de Damares na greve dos PMs do Ceará?

 
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Marcelo Auler
Na insurreição dos policiais militares do Ceará, que são facilmente associados a milicianos, há um movimento insuflando a insubordinação. Isto é público. O que pode parecer estranho, porém, é a participação de assessores diretos do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDH) na defesa de tais manifestantes. Dois deles estavam, na quarta-feira (20/02), ao lado do deputado federal e pré-candidato a prefeito de Fortaleza, Capitão Wagner (Pros), na tentativa frustrada de uma audiência com o governador Camilo Santana (PT), para “mediar os interesses da categoria”, como noticiou o jornal cearense O Povo. O governador não recebeu o grupo.
A notícia da presença destes dois assessores de Damares Alves aparece perdida no meio de uma reportagem do mesmo jornal na qual o Capitão Wagner tenta sustentar o insustentável. Alega que os tiros dados no senador Cid Gomes (PDT) foram legítima defesa – Wagner diz que tiros em Cid foram “legítima defesa” e pretende registrar B.O contra senador. Na reportagem consta o que destacamos na ilustração abaixo.
“Estavam com Wagner o secretário nacional de Proteção Global, Sérgio Queiroz, o diretor de Proteção e Defesa de Direitos Humanos, Herbert Barros, ambos vinculados ao Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, e os deputados federais Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM) e Major Fabiana (PSL-RJ)”.
Já soa estranho a presença, em Fortaleza, de uma deputada do PSL do Rio de Janeiro, Major Fabiana, em pleno dia de funcionamento do Congresso Nacional. Estava ali para defender policiais militares como ela. Apesar de eles estarem amotinados, promovendo a insegurança pública e descumprindo a Constituição que impede movimentos grevistas dos servidores que recebem armas do governo para defender a população. Porém, parece mais inexplicável a participação nesta movimentação de dois servidores públicos federais, cujas funções, aparentemente, são de defender os Direitos Humanos.
Certamente alegarão que estavam negociando uma solução pacífica. Defendendo o Direito Humano dos policiais militares amotinados e seus familiares. Alegação que dificilmente fará sentido quando se percebe que ambos acompanhavam o deputado Capitão Wagner.
Afinal, o passado deste capitão registra outros atos de insubordinação da polícia militar. Foi o líder do movimento de paralisação da Polícia Militar e Bombeiros no Ceará, no final de 2011 e início de 2012. Na época, já tinha concorrido a deputado estadual pelo Partido da República. Sem falar que, como todo o povo cearense sabe, está em campanha aberta pela prefeitura de Fortaleza.
Mais estranha ainda a presença em Fortaleza de Queiroz, um pastor evangélico e procurador da Fazenda Nacional licenciado desde que assumiu o cargo no MDH. Pois, na mesma quarta-feira em que ele se juntava ao deputado Capitão Wagner, anunciou-se que não mais atuará no ministério em que se encontra. Como registrou Eduardo Barreto, na Revista Época, o passe” do servidor foi requisitado por Onyx Lorenzoni, para lhe auxiliar no Ministério da Cidadania.
Queiram ou não, a presença, em Fortaleza, na quarta-feira, destes dois servidores federais – Queiroz e seu subordinado, Barros -, junto a políticos que defendem policiais militares que estavam praticando atos contrários à Constituição e relacionados às atividades de milicianos, só aumenta a convicção de muitos que o governo de Bolsonaro insufla as milícias. Tal e qual fez no Rio de janeiro ao longo de sua carreira parlamentar. Inclusive com seu filho, o hoje senador Flavio Bolsonaro, empregando parentes de milicianos em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro – ALERJ. Mais ainda, visitando milicianos presos, como ocorreu com o ex-capitão Adriano Nóbrega e foi noticiado pelo O Globo, nesta quinta-feira (20/02) – Flávio Bolsonaro visitou ex-PM Adriano Nóbrega na prisão, diz vereador.
Enfrentamento necessário
Não se deve perder de perspectiva que os policiais militares insubordinados que foram enfrentados pelo senador Cid Gomes (PDT, em Sobral, município distante 230 quilômetros de Fortaleza, promoveram o tumulto típico de traficantes e milicianos.
Ameaçaram comerciantes, obrigando-os a fecharem suas lojas. Como noticiou o G1-Ceará, na tarde de quarta-feira – Homens encapuzados em carro da PM ordenam, e comerciantes fecham as portas em Sobral. Levaram o pânico à cidade de 147 mil habitantes.
Todos encapuzados, como encapuzados estavam os policiais amotinados no quartel usando seus familiares como escudo. Velha e conhecida tática que Bolsonaro já usou quando promovia protestos de familiares de militares por aumentos salariais. Mas o movimento dos policiais militares no Ceará, por tudo o que se viu, não era apenas reivindicatório. Soou como atentatório à ordem.
Pode-se criticar a atitude de Cid Gomes e até classificá-la de tresloucada, insana. Mas não deixa de ter sua boa dose de coragem. Afinal, de peito aberto e desarmado, ele enfrentou a insubordinação antes que as milícias dominem a polícia cearense.
Como ocorreu no Rio de Janeiro e foi muito bem lembrado por seu irmão, o também ex-governador Ciro Gomes, ao responder às críticas do deputado Eduardo Bolsonaro: “Será necessário que nos matem mesmo antes de permitirmos que milícias controlem o Estado do Ceará como os canalhas de sua família fizeram com o Rio de Janeiro”, escreveu Ciro nas redes sociais.
Um enfrentamento que a sociedade brasileira precisará promover, caso não queira ser totalmente dominada. Não necessariamente pegando em armas. Mas há que se descobrir formas de evitar que a democracia brasileira descambe para a barbárie, como pregam os Bolsonaros e foi muito bem lembrado por Ricardo Bruno, no Brasil 247 – A barbárie já começou.
A necessidade do enfrentamento ficou patente nos tiros disparados pelos policiais militares insubordinados dentro do quartel contra Cid Gomes. Demonstram o tipo de movimento que ali nascia e acabou de certa forma abortado, ou paralisado. Nem se alegue que foi legítima defesa, como tenta vender em seu discurso o deputado Capitão Wagner, com a explicação de que o senador iria atropelar mulheres, crianças e militares. Algo que se torna apenas hipótese, sem que se possa dizer que aconteceria.
Hipótese por hipótese, pode-se alegar que se todos sentassem e cruzassem os braços, em atitude ensinada por Mahatma Gandhi, o senador jamais aceleraria a retroescavadeira.
Mas, assim como soa estranho explicar a presença dos assessores da ministra Damares em Fortaleza, também parece ridículo esperar de milicianos atitudes pacíficas. Isso passa longe dos objetivos deles e, pelo que temos visto, ainda mais nos exemplos dos últimos dias, é o que demonstra também o governo Bolsonaro.