segunda-feira, 19 de dezembro de 2022

O PARTO DA MONTANHA

O parto da montanha

As ridículas aglomerações de alienados abduzidos pelo universo paralelo do inominável evidenciam a decadência de um natimorto projeto fascista de poder. Apodreceu ainda na sua funesta concepção. Só as suas hordas insanas não se aperceberam disso.

Não é que a ‘montanha’ pariu um rato?

Pois bem, em pleno século XXI, a fábula atribuída por Horácio a Esopo (escravo grego fabulista que viveu no início do século VI antes de Cristo e fez centenas de fábulas, isto é, contos com sua respectiva moral) -- mas há quem diga que a autoria é de Fedro, outro gênio fabulista, do início da era cristã --, surpreende a todos, sobretudo aos mais incrédulos, ante tantas barbáries cometidas nestes últimos anos.

Depois de tantos ‘abalos sísmicos’ e ameaças abertas contra tudo e todas as instituições e pessoas centradas, os tonton macoutes e seus respectivos feitores e amos e senhores (desde as diversas metrópoles: Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Hungria e Ucrânia) aparentam acovardamento, especialmente depois de que o inominável demonstrou ter amarelado e pelo menos dois caminhões de mudanças foram vistos diante do Palácio das Trevas (o ex e futuro Palácio da Alvorada) embarcando objetos desse ser abjeto e seus dependentes mais próximos.

O fato é que a ‘montanha’ pariu um rato, muito embora fatos recém revelados façam outra leitura: há muito mais roedores figurados que nas ruas das cidades medievais da Europa, que com a chegada da matéria-prima das colônias então saqueadas elevou sua qualidade de vida (em especial a dos membros das cortes e as burguesias em ascensão). Em outras palavras, o inominável parece ter amarelado, como é de seu feitio desde os tempos em que serviu em Nioaque (MS), quando um respeitado professor e ex-prefeito da oposição à ditadura pôde testemunhar sua personalidade instável, talvez insana.

Curiosa mania de causar catarse e depois decepção (melhor dizendo, vergonha)...

Que ser maldito seria capaz de causar um delirium tremens insano, cafajeste, perverso? O inominável é incompetente demais para tanto. Isso é coisa para um grupelho metido a esperto, mas covarde, disperso em vários lugares, inclusive fora deste país-continente. E sua gênese, pasme leitor/a, é o fascismo, ou nazifascismo (recauchutado, retemperado, com o sionismo sanguinário que aprisiona, mata e expulsa a população palestina de seu território milenar).

Isso y otras cositas más, aliás, o/a leitor/a percebeu há muito, desde as primeiras cenas em que o inominável saía com suas hordas bem perfumadinhas, mas de alma podre, pelo Brasil profundo, abandonado há décadas -- isto é, séculos -- pelas elites peçonhentas, as mesmas que fazem deste ser bizarro seu fantoche, tanto que as bolsas viveram em céu de brigadeiro todos estes quatro anos, inclusive nos mais dramáticos dias da pandemia, só em alta, no lucro, na mamata...

Só não dá para sentir pena desses idiotas que o seguem como teleguiados porque eles, também, são igualmente perversos, embora se ancorem num ‘patriotismo’ em que o bolso fala mais alto (pergunte a algum deles se aceita, em benefício do Brasil, rever esses privilégios vergonhosos em que duas gerações usufruem de um polpudo salário sem qualquer constrangimento?) e um falso cristianismo em que o ódio fundamentalista é a sua base indelével, sem caridade, empatia ou solidariedade.

E, o pior, é que essa doença coletiva, mais corrosiva, mais letal que qualquer epidemia, levará décadas para ser mitigada e, com muita sorte, extinta, debelada.

Basta ver como ocorreu na Itália e Alemanha pós-1945. Foi preciso um conjunto de ações para, primeiro, arrefecer o sentimento fascista/nazista impregnado na medula de cada ser contaminado. Além do emblemático Tribunal Penal de Nuremberg, em que foram condenados indistintamente mandantes e executores, foram promulgadas leis rigorosas que consideraram crimes imprescritíveis a militância e a manifestação de simpatia pela doutrina fascista/nazista. Ao mesmo tempo, foi adotada uma educação humanista, por meio da qual os valores humanistas foram reintroduzidos às disciplinas nos currículos e atividades extraclasses em todos os níveis da educação formal, não formal e informal. Isso tudo junto a projetos sociais consistentes, de médio e longo prazo, para formar os novos cidadãos libertos do jugo nazifascista e revigorar-lhes os sentimentos de empatia, solidariedade, compaixão e caridade.

Isso será essencial no Brasil pós-milicianismo (mais que o inominável, o fundamentalismo neopentecostal descaradamente mercantil e as concepções nazifascistas difundidas ao longo deste maldito mandato em que canalhas e farsantes inocularam a pior doutrina e a prática mais perversa que a humanidade já experimentou): com base nas prerrogativas constitucionais, que nitidamente condenam e proscrevem o nazismo, o fascismo e suas variantes camufladas (como o integralismo, o salazarismo, o franquismo, o banzerismo, o stroesnnerismo e o pinochetismo), serão necessárias operações de desmantelamento e rigorosa punição de toda apologia às ideias do ódio e da intolerância cuja perversidade foi conhecida com a sua derrota política e militar em 1945.

Um trabalho delicado, ininterrupto, complexo. Mas terá que ser feito. Os malefícios e as aberrações disseminadas na alma das pessoas são a mais perversa das heranças malditas desse monstro e de seus amos e senhores, que mamaram (e não amaram) o Brasil. Assim como a conversa de que é preciso ‘armar’, ‘mamar’ foi a outra consigna desses covardes fariseus que não honram sequer os polpudos salários granjeados na calada da noite, em vez de promover a qualidade de vida de uma população laboriosa, honesta, hospitaleira e incansavelmente esperançosa como é a brasileira.

Mas nada como um dia depois do outro. E, como diziam nossos ancestrais, não há mal que dure cem anos. Nem com fakenews, nem com fakeada. A construção do amanhã é fruto de nossas (boas) ações o tempo todo, e essa é uma tarefa inadiável e inesgotável. Vida que segue: feliz Natal e próspero Ano Novo!

Ahmad Schabib Hany

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