domingo, 8 de maio de 2016

NO DIA DAS MÃES...

A propósito do Dia das Mães, quero trazer à lembrança uma grande mulher que, mais que Mãe, foi um discreto exemplo de generosidade, resistência e tenacidade. Nasceu com o século XX, e por isso extremamente transformadora, incansável e solidária. Plural, porque seu próprio lar foi cosmopolita e diverso. Singular, porque, sem exagero, não tem igual. Mas nem por isso teve a pretensão de ser única -- conseguiu multiplicar-se e replicar sua generosidade em mil. Neste ano seria nonogenária -- quase centenária --, mas a Vida abreviou sua presença sandálica: um discreto perfume, tal qual sândalo oriental.

Wadia Hany de Schabib. Exuberante. Companheira. Perseverante. Incansável. Peregrina. Iluminada. Foi, aliás, por seus passos iluminados e peregrinos que, ao lado de seu igualmente singular Companheiro, Mahoma Hossen Schabib, é que viemos para o Brasil. E não parar no Brasil. Até porque, de acordo com seus ensinamentos, a grande diferença de um árabe para outros emigrantes, é que aquele(a) que assume a nação que o(a) acolhe é o(a) árabe (libanês/a, sírio/a, palestino/a, egípcio/a, iraquiano/a, líbio/a, jordaniano/a, sudanês/a, argelino/a, marroquino/a, kuwaitiano/a, iemenita, mauritano/a, saudita, tunisiano/a, saharawi, somali, emiratês/a, catariano/a, omáiada e bahrenita), diferentemente do sionista, que se apossa da terra do(a)s que o(a) acolhem e sempre se sente "superior", como o(a)s colonizadore(a)s, ao povo originário.

Então, que fique claro que esse Temer que aí está não é árabe (eu diria que está mais para sionista), pois tenho certeza de que a educação árabe jamais lhe permitiria uma conduta como a que tem adotado. Aliás, logo no mês das Mães a primeira Presidenta do Brasil está a ser golpeada, tendo sido fragorosamente humilhada no mês da Mulher. E, pior, com a explícita manifestação equivocada de muitas mulheres que terão toda a vida pela frente para se arrepender -- a exemplo do ocorrido nas décadas de 1960, 1970 e 1980...

Pois, para todas as Mães, como a minha -- e também como Dilma Vana Rousseff, com a maior honra --, deixo esta bela interpretação de "Maria, Maria", brilhante composição de Fernando Brant e Milton Nascimento eternizada na voz da imortal Elis Regina (disponível em: e ).

Fraternalmente,

Schabib

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