domingo, 27 de julho de 2025

LENILDE RAMOS SOBRE JONIR FIGUEIREDO



LENIR RAMOS SOBRE JONIR FIGUEIREDO

Olá, amigos. Quero compartilhar com vocês os últimos momentos públicos do Jonir, aqui em Bonito. Ao chegar, perguntei se ele estava na cidade, superagitada com a abertura do CineSur. Ele não perderia por nada um evento desses. A expectativa se cumpriu e, à noite, o público viu surgir no tapete vermelho do festival de cinema de Mato Grosso do Sul um Jonir Figueiredo exuberante. Ali estava um personagem  que sabia explorar com segurança, sua maturidade, sua elegância e  sensualidade. Ele vestia calça e blazer pretos formais, sobre uma camisa com estampa de onça pintada, não dessas oncinhas bregas, mas de  design único, poderoso, que subvertia a sobriedade do traje. O grisalho dos cabelos e da barba reforçavam a aura de nobreza do do conjunto da obra, complementada pelo toque de uma leve maquiagem, detalhe  que Jonir sabia usar com maestria, como a assinatura final de uma tela. Eu o vi no início do coquetel e minha reação foi imediata: "Nossa, como Jonir está bonito!" A impressão era de que eu o via pela primeira vez, coisa até boba, para quem o acompanhava há quase meio século. Dessa vez, eu o vi circular um pouco mais contido e discreto, como se isso fosse possível, e as pessoas diziam com uma boca só: "Nossa, Jonir, como você está bonito." Todo mundo via que, naquela noite, ele carregava uma luz diferente, especial. Os amigos,  diziam: "Você reparou como Jonir estava iluminado?" Tanto que, fui traída pela impressão de que ele vestia um blazer claro. A luz de Jonir confundiu meus sentidos. E ele circulou pelo coquetel compartilhando sua luz e registrando sua história em imagens que agora compõem o derradeiro capítulo de sua performance tridimensional, porque a essência de Jonir Figueiredo é única e vive para sempre. Viva Jonir!

Lenilde Ramos
27 jul. 2

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