quinta-feira, 14 de julho de 2022

ALERTA MÁXIMO

Alerta máximo

A execução do dirigente petista de Foz do Iguaçu (PR), Marcelo Arruda, na sua festa de aniversário de 50 anos, escancara o alerta máximo para acionar TOLERÂNCIA ZERO com as hordas fascistas. As forças democráticas não podem pôr no mesmo nível as lideranças populares às dos facínoras teleguiados pelos viúvos da ditadura: é hora de ocupar as ruas e todos os espaços públicos na defesa intransigente do Estado Democrático de Direito e de levar às barras dos tribunais TODOS os que instigam a intolerância, sobretudo pelos canais clandestinos cujas mensagens têm sido vazadas.

Que o desespero da prole e dos agregados do inominável já transbordou seus microcéfalos ocos, isso não é mais novidade. No entanto, o sangue de Marcelo Arruda derramado em Foz de Iguaçu (PR) não pode permanecer impune. Que, a rigor, os pseudodemocratas que se passam por centristas ficam a pôr no mesmo nível vítima e algoz, quando quatro anos atrás estavam em conluio fazendo paródia com as hordas mefistofélicas que hoje ocupam o Planalto e de lá só sairão à força, como cada vez mais está claro.

Em vez de trabalhar, justificar os polpudos salários que auferem -- ou que fosse pelo falso patriotismo e falso moralismo --, ficam a proliferar e instigar o que as pessoas têm de pior em seu âmago. E o objetivo é claro: levar o medo, o pânico, o terror, como seus ídolos fizeram em Berlim, Roma, Lisboa, Madri, Assunção, Santiago, La Paz e Buenos Aires. A sua cartilha, batizada de Orvil (‘Livro’ às avessas), difundida nesses canais clandestinos, próprios dos covardes com DNA, não ensina: deforma, deturpa, entorpece. É assim como pretendem estuprar a Democracia, essa conquista sacrificada que o Povo levou 21 anos para revigorar, revitalizar, no coração do Brasil.

TOLERÂNCIA ZERO. Fascista não conhece outra voz de comando que não seja a pressão e, obviamente, a prisão. Borram-se totalmente quando se os chama à altura. Nunca respeitaram, e não respeitam o Estado Democrático de Direito. Seu perjúrio é parte de seu cínico proceder. Fingem que juram defender a Constituição, mas seus atos são claros e nítidos. Não creem, com sinceridade, na Democracia; não são seguidores dos valores democráticos e civilizatórios; não são sinceramente cristãos -- usam as igrejas do mesmo jeito que se servem das roupas, só aparências. É o que a História registrou desde os trágicos tempos de Hitler, Mussolini, Salazar, Franco, Stroessner, Pinochet, Banzer e Videla.

Causa indignação a atitude abjeta do maior salário da República, que atentou mais uma vez contra os mais comezinhos gestos de empatia e solidariedade: ousou usar de modo repugnante sua condição de dignitário para ultrajar a dignidade da família de Marcelo Arruda que, como toda família brasileira, tem entre seus membros ‘gregos e baianos’, isto é, pessoas simpatizantes de todas as correntes políticas existentes na atualidade. A canalhice, no entanto, é que, ao gravar a fala com irmãos da vítima de um fanático seu seguidor, agredindo a memória do falecido, não expressando qualquer solidariedade e fazendo juízo de valores inclusive sobre o ato de defesa da vítima, que interveio para poupar que fosse maior o número de vítimas fatais.

Além de insuflar fanáticos de todo tipo, esse indivíduo, evidentemente despreparado e desesperado, vive a justificar sua desqualificação sem respeitar a dor e o sofrimento das vítimas de suas hordas, e é incapaz de esboçar qualquer gesto de humildade, razão pela qual sua popularidade vive a ‘descer a ladeira’. Ou melhor, ‘descer a rampa’. Ou muda seu comportamento bizarro, ou terá que mudar de endereço, pois tanta desfaçatez não encontra ressonância na maioria da população deste país-continente. Um povo acolhedor e generoso, hospitaleiro e laborioso, cujo maior ‘pecado’ é confiar demais em quem não merece.

O fato é que os principais dirigentes das instituições do Estado Democrático de Direito são unânimes na defesa da normalidade democrática. Mas tudo isso não sensibilizou nem arrefeceu a soberba da besta-fera que exala enxofre e vive a esnobar seu conchavo com o peçonhento lá debaixo. Porque desde sempre ele é um serviçal mefistofélico. Outra não é a sua missão que não levar a dor, o luto e a desdita aos mais recônditos espaços do país que acolheu seus ancestrais quando refugiados das tragédias europeias, mas por cujo povo jamais soube guardar gratidão.

Passou da hora de ocupar as ruas, os espaços públicos, para levar essa indignação, esse grito contido, contra essa escalada de violência planejada, calculada. ‘Motociatas’, não: são mAtoqueiros em treinamento, prontos para aterrorizar a população. ‘Drones com estrume’, não: no momento que eles julgarem apropriado, serão, sim, drones com armas e gases letais. Não serão armas de CAC (caçadores, atiradores e colecionadores), mas de milicianos adestrados para levar o pânico e a submissão, como fazem com as favelas no Rio de Janeiro, e para livrá-los de qualquer punição, estarão os boletins de ocorrência à torta e à direita, formalizando furtos e roubos programados.

Ou a sociedade civil dá o basta já, ou as hordas assassinas se assanham ainda mais. Até porque elas desconhecem a História e atropelam sua própria sina. Só que a escória tende a retornar ao lugar de onde jamais deveriam ter saído. E voltarão, mais dia, menos dia. O lixo da História as espera, com a mesma avidez, a mesma cobiça, que elas têm pelo ‘poder’, por algo que só existe na cabeça de seus ‘líderes’, porque há mais de trinta anos tudo isso foi para o mesmo passado que levou as suas perversidades inomináveis.

Ahmad Schabib Hany

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