sábado, 13 de junho de 2020

O Brasil se prepara para ajuizar ações por danos morais e materiais contra Bolsonaro


O Brasil se prepara para ajuizar ações por danos morais e materiais contra Bolsonaro

A exemplo da cidadania italiana, que motivou familiares de vítimas da covid-19 a processar agentes do Estado da Itália, em diversos estados familiares de vítimas brasileiras começam a ajuizar ações contra o governo federal por omissão e incitamento à disseminação do contágio.

Depois da mais recente incitação no dia em que o número de óbitos atingia a trágica marca de 40 mil vidas ceifadas de sua horda de insanos/as a invadirem hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) que atendem pacientes da covid-19 em todo o Brasil, advogados/as de diferentes estados se preparam para ajuizar ações contra Bolsonaro.

A exemplo do que já acontece na Itália, país em que familiares de vítimas processam agentes do Estado por não terem agido a tempo de evitar milhares de mortes pela covid, juristas de várias unidades da federação estudam estratégias jurídicas para enquadrar o pior chefe de governo do mundo, segundo a imprensa mundial. Há informações de que haja uma petição no Tribunal Internacional de Direitos Humanos contra Bolsonaro por genocídio contra as populações originárias, e para a qual foram anexados trechos da vexatória reunião ministerial de 22 de abril.

A atitude mais recente daquele que se diz presidente da República extrapolou os seus mais bizarros deboches aos acometidos pela pandemia, que além de omitir-se individual e institucionalmente de suas obrigações de chefe de governo, atenta contra as ações de enfrentamento ao determinar contínuas mudanças de critérios e técnicos do Ministério da Saúde e disseminar deliberadamente em seus atos perversos o novo coronavírus, ao provocar aglomerações e incentivar o descumprimento das medidas de contenção da pandemia.

Isso não passou despercebido para estudiosos do Direito, que dispõem de documentos, vídeos e prints com mensagens, atos e declarações nada inocentes, cujas repercussões em números de pessoas que passaram a desobedecer as medidas restritivas de contenção dos contágios e o decorrente crescimento dos números de acometidos e de vítimas da covid-19. Não é apenas por urbanidade, civilidade ou empatia a demonstração explícita de solidariedade, mas responsabilidade de quem exerce o mais alto cargo da República, o que implica não só em atitudes mas, sobretudo, em iniciativas de governo, liderando com sincera efetividade suas medidas em nível federal.

Bolsonaro, além de atrapalhar propositalmente as prudentes e oportunas iniciativas e compromissos assumidos pela gestão de Henrique Mandetta, de interromper de pronto sua estratégia e planejamento impondo ao sucessor Nelson Teich “assessores” militares, visivelmente inaptos para as atribuições da pasta mais importante no momento de uma pandemia com as características da covid-19, e em menos de um mês substituindo de novo o titular desse ministério por um general destituído de qualquer preparo para tal enfrentamento.

Não é atitude de estadista, mas de quem tem o nítido propósito de conspirar contra sua nação, seu povo, tal qual uma caricatura às avessas de Napoleão Bonaparte, também conhecida como Pantaleão Patoaparte dos gibis da década de 1970. Um governo se mede pelas iniciativas inclusivas, desenvolvimentistas e de soberania. Daí que um desgoverno pior que biruta de aeroporto, que não tem sentido de orientação e segue ao deus-dará, sem rumo nem prumo, está fadado ao lixo da História. E se essa é a sua estratégia para “dar o golpe”, pior, pois ele está cometendo suicídio literal.

Para fim de coversa, sequer a sua campanha contou com um lampejo, um cintilo, de racionalidade: mentiras, mentiras e mais mentiras, cada uma mais cabeluda que a outra, só para saciar a insanidade hereditária de sua horda de recalcados/as de todas as vertentes: desde saudosistas do arbítrio e obscurantismo que infelicitaram a nação por 21 anos, entre 1964 e 1985, até falsos/as “cristãos/ãs” bajuladores/as do nazissionismo que dizima milhares de palestinos/as em sua própria terra milenar, além das quadrilhas organizadas de sonegadores/as travestidos/as de “empresários/as” e de milicianos que desde sua eleição para vereador acompanham toda a pretensa dinastia rumo a uma monarquia absolutista fundada no negacionismo, na pilhagem e na opressão.

Ahmad Schabib Hany

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