O
retirante que desmascarou a besta
Horrível, Netanyahu ficou irado
por ter sido desmascarado por um estadista com mesma origem dos palestinos,
retirante. A fala não teve qualquer erro, foi precisa, mas o efeito foi
devastador para a farsa sionista e pôs abaixo o manto de hipocrisia que cobre o
sionismo há longuíssimos 75 anos, segundo os judeus ortodoxos, que não se
cansam de denunciá-los o tempo todo.
Com sinceridade, cada dia que passa vemos a crosta
de hipocrisia que reveste a chamada ‘sociedade ocidental’, toda ela erigida na
farsa, que mal esconde cobiça, ganância, saque, supremacismo troglodita e,
pior, exploração escravista de milhões, senão bilhões, de seres humanos, sem
qualquer piedade ou compaixão.
Senão, quem promoveu, deliberada e criminosamente,
o fluxo migratório que virou crise humanitária em nossos dias? Basta nos
reportarmos às canalhices de George Bush, Bill Clinton, George W. Bush e Barak
Obama, entre 1990 e 2016, que desestabilizaram os países árabes na Península
Arábica (‘Golfo Pérsico’ na nomenclatura hegemônica ocidental) e o Oeste da
Ásia e Norte da África (‘Oriente Médio’ para os ocidentais) com a ‘primavera
árabe’ (nem primavera, nem árabe), para ‘levar a democracia’ (isto é, promover
o saque, a cobiça, ao depor e executar Saddam Hussein no Iraque e assassinar
por linchamento Muammar Gaddafi na Líbia, sob aplausos satânicos de Hillary
Clinton). Governo, soberania e infraestrutura destruídos, o que virou ‘casa da
mãe joana’ do ocidente, cobrou caro dos governos ocidentais, pois só esses dois
países empregavam toda a mão de obra qualificada de toda a África e boa parte
da Ásia árabe, não restando aos trabalhadores (e especialistas com formação
universitária) outra rota que a Europa.
Mas a ira da besta-fera Netanyahu, que não é
santa, pois comanda despoticamente o regime sionista no enclave ocidental no
coração do ‘Oriente Médio’ (como eles chamam) atingiu o cúmulo porque a ‘precisão
cirúrgica’ que o acertou em cheio não se originou de alguma bomba de última
geração de milhões de dólares. O torpedo preciso veio de um retirante que o
povo brasileiro levou 500 anos para produzi-lo, das entranhas de Dona Lindu, retirante
igual o Filho e toda a sua Prole, com letra maiúscula.
Nordestino e palestino têm em sua etimologia o
d-e-s-t-i-n-o, que para muitos parece sortilégio, superstição, mas para quem é
sobrevivente da exclusão, fome, exploração e, sobretudo, opressão, ou melhor,
para quem vive um dia de cada vez, essa palavra tem um poder transformador.
Netanyahu, como todo supremacista, não conhece nada disso, nem faz ideia. Mas
sentiu o efeito fulminante por entre as ventas, seus fétidos glúteos de besta-fera
que é, como todo troglodita que se acha e crê que pode tudo. Só que não.
Ao assistir à cobertura das emissoras peçonhentas
de televisão aberta, a sua total falta de originalidade -- tudo igualzinho,
roteirizado pelo script hollywoodiano
mal parido em Nova York -- dei asas à imaginação. Enquanto a voz do ‘correspondente’
chapa-branca made in USA reproduzia a
cansativa ladainha sionista, me vi conversando com uma querida Amiga-Irmã da
hoje distante juventude que, inocentemente, se brindou a tirar um fio solto do
casaco de lã andina de um colega e, de repente, o que era casaco subitamente se
resumiu a um fio apenas. Querida Amiga, soltamos longas gargalhadas por conta
dessa situação, naquele instante constrangedora, mas que virou uma anedota
gostosa perto já de celebrar seu cinquentenário.
O Presidente Lula, eloquente e corajoso -- e,
acima de tudo, sábio, diferentemente da maldita soberba sionista, que atrevida
e maledicentemente o mandou estudar História, com que direito?! --, puxou o fio
da meada e despiu o carniceiro de Gaza, cara de traseiro de anhuma (com todo o
respeito pelo pobre animal), deixando-o nu diante de todos, às vésperas de uma
audiência importante da Corte Penal Internacional de Haia em que a Assembleia
Geral da ONU havia decidido submeter a questão da ilegalidade das possessões de
1967. Então, para humilhar o líder árabe Gamal Abdel Nasser realizou um ataque
surpresa às três capitais dos países árabes que resistiam ao Estado sionista --
Cairo, Damasco e Bagdá --, por isso ‘Guerra dos Seis Dias’ [‘Terceiro Assalto’
para os árabes, inclusive nome do livro do Jornalista Mohamad Heikal, Amigo,
assessor e biógrafo de Nasser, que se eternizou quarenta anos depois do líder
que sacudiu os árabes].
Diferente dos serviçais do império, dos sionistas
e congêneres, Lula foi de uma elegância desconcertante, discretamente aplaudida
pelos covardes líderes ocidentais que, mesmo dando bilhões de dólares, não
conseguem deter os extremistas e fundamentalistas que tomaram de assalto o poder
sionista. Graças à atitude corajosa do Estadista brasileiro, há tênue panorama
de que, com o desgaste a que foi submetida essa besta fera, melhoram as
condições de negociar minimamente um cessar-fogo para abastecer os armazéns de
medicamentos e alimentos em todo o território de Gaza.
Dia após dia, vemos tal qual na tela gigante dos cineteatros
da década de 1960 como a soberba humana é torpe, estúpida. Tomado de ira, por
pura vaidade, baixa o nível e ataca sem qualquer respeito e civilidade um chefe
de Estado que, de modo respeitoso mas contundente, disse o que todos sabem,
inclusive ele, seus assessores e os próprios aliados em todo o mundo: soldados
altamente armados e preparados têm atacado mulheres e crianças. São elas as
terroristas? É injustificável, daí o ataque destemperado: feito o inominável no
cadafalso, sua defesa reiterada são ataques desequilibrados e mentiras
delirantes, nas quais nem eles creem.
Confesso que muita gente Amiga, inclusive na
Família, se deixou levar pela avalanche de pânico: precisei ser rude, para chamá-los
à razão, pois achavam que se tratasse de grande pisada de bola, quando na verdade
foi jogada de mestre. Na antevéspera de uma reunião preparatória para a Cúpula
do G20, no Rio de Janeiro, sob a presidência do Brasil, daqui a menos de sete
meses, será preciso não só definir algumas estratégias que tratarão da
governança global (isto é, a nova ordem internacional, pós-globalização
unilateralista), o do combate à fome e à insegurança alimentar que atinge mais
de dois terços da população mundial e do conjunto de medidas para frear as
mudanças climáticas. Essas questões já foram tratadas em duas reuniões
multilaterais, no Cairo e em Adis Abeba, junto à Liga dos Estados Árabes (LEA)
e à Organização da Unidade Africana (OUA).
Enquanto, internamente, as viúvas e órfãos do palerma
-- aquele que desgovernou o Brasil por longuíssimos e intermináveis quatro anos
-- surtam histericamente criando factoides políticos, sobretudo na imprensa
corporativa e Congresso Nacional, o Presidente Lula tem capitalizado apoio de
mais de 150 Estados-membro das Nações Unidas, que já se articulam para estruturar
o que virá a ser a nova geopolítica global. Se trouxas que passaram quatro anos
a prevaricar, conspurcar, conspirar e, pasmem, fornicar lascivamente, acham que
têm competência para atrapalhar o soerguimento do Brasil no concerto das nações
sob a liderança respeitada de Lula, enganam-se: que vão cuidar de lamber as
feridas, pois seu ‘messias’ também está em maus lençóis e está levando com ele
vários orangotangos bem felpudos. Como dizia nossos ancestrais, quem não tem
competência não se estabelece. E o capetão que os carregue.
Ahmad
Schabib Hany
Nenhum comentário:
Postar um comentário