Dunia Schabib Hany sobre livro sobre o K-Pop, na antevéspera de aniversário em 2024.
O livro "K-POP:
a fantástica fábrica de ídolos" lança um olhar minucioso sobre o fenômeno
cultural de proporções globais que a música popular da Coreia do Sul se tornou
nos últimos anos, além de recorrer à história milenar da civilização da península
coreana e seus desdobramentos econômicos e artísticos. Nascido no início da
década de 1990 como uma despretensiosa maneira de fazer música incorporando
influências estrangeiras à expressão artística local, o k-pop hoje se apresenta
como uma indústria cultural robusta e altamente rentável, conhecida também como
indústria do entretenimento sul-coreana.
A autora desvela os bastidores desse
sistema utilizando o pensamento crítico e altamente reflexivo a respeito da
sociedade moderna dos filósofos alemães Theodor W. Adorno e Max Horkheimer e do
escritor marxista francês Guy Debord. Analisando o fenômeno do k-pop, a obra
mostra a crueldade da exploração dos ídolos que, apesar de sua fama, aparecem
mais como mercadorias utilizadas até seu esgotamento e descarte, em um processo
de mais-valia virtual que os reduz a coisas controladas constantemente em suas
vidas públicas e particulares por megaempresários.
Esse movimento cultural de
exportação articula não apenas canções, mas estilos de vida ligados à moda,
comportamento, ideologia e tudo que está ligado ao bilionário mercado cultural
internacional. Aqui se observa também o apoio estatal, ainda que não
financeiro, que busca vender ao mundo a imagem da Coreia do Sul como um país
com pessoas bonitas, rico, moderno e sofisticado.
https://www.youtube.com/live/4jxABeqDWVQ?si=yBSK1L5NPEzMgFWX
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