A FRAUDE EM PESSOA

A FRAUDE EM PESSOA

Em vez de ficar “quieto igual guri ca...do”, como ensina a sabedoria popular, o mentiroso, desequilibrado e despreparado imita seu amo Trump, incapaz de qualquer originalidade, e, ciente de que vai sofrer uma derrota acachapante nas próximas eleições, ‘alerta’ seu rebanho de que “haverá fraude” em 2022. Para ele, o problema é que nem com uma nova ‘fakeada’ e novos ardis conseguirá voltar a subir na rampa do Planalto em 2023...

“É que narciso acha feio tudo que não é espelho...” Não, ele não. Não tem massa cinzenta capaz de uma conclusão lógica. Ou melhor, nem de uma simples conclusão, quanto mais uma conclusão genial como essa. Com o devido respeito por essas dignas aves, mas feito papagaio adestrado, ele só sabe repetir aquilo para o que foi treinado com muito empenho.

O autor dessa tirada não é ninguém menos que o grande Caetano Veloso. Compositor da MPB, perseguido por serviçais da (mal)ditadura de 1964, o autor de “Alegria, alegria” e de outras geniais composições criou esse verso quando escreveu “Sampa”, obra com a qual explicitou as contradições da maior metrópole brasileira e o provincianismo ainda renitente captado pelo insólito olhar do retirante deslumbrado com o ‘sul maravilha’.

Mas, voltando à vaca fria, ou melhor ao sinuelo do maior rebanho do mundo, o mentiroso que, com suas hordas igualmente despreparadas e desequilibradas, tomou de assalto os destinos deste país-continente só consegue enxergar a si mesmo. E quando surta atribui a outrem as suas tropelias inauditas. Ele se acredita genial, original, divino. Mas não passa de um nefasto ser que fez pacto com o demo, e muitos otários creem que seja divino...

Primeiro, matou a vontade de ver pilhas e mais pilhas de defuntos, mortos pela covid-19 (há quem diga que ele atingiu o orgasmo numa de suas lives, sempre ao lado de homens fortes, como o Guerruello) - também, pudera, ele já tinha confessado que foi treinado para matar e prometido acabar com ‘uns trinta mil’, e eis que teve a oportunidade de multiplicar essa ‘meta’ por vinte... Mas como tragédia pouca é bobagem, as aves de rapina que acompanham as hordas ensandecidas de seus ‘seguidores’, narcisos como ele (pretensos ‘imaculados’), enquanto brasileiros morrem aos milhares pela inação/omissão desses criminosos há entre eles os que aproveitam de fazer um ‘pé-de-meia’, afinal, são ‘filhos de Deus’...

Amoral, cínico, nada cristão (é incapaz de praticar os Dez Mandamentos da Lei de Deus), atrevido e delinquente nato, ele vem, em pleno desmascaramento das quadrilhas que foi juntando ao longo dos mais de 25 anos em que parasitou no baixo clero da Câmara dos Deputados (desde praticantes de rachadinhas, milicianos, sonegadores, contraventores, traficantes, contrabandistas, fundamentalistas enganadores da boa-fé de otários e por aí afora) ameaçar a sociedade civil organizada.

Que moral têm ele e sua trupe de sórdidos milicianos para tal? Ele, aliás, é a fraude em pessoa...

Agradeça que o povo brasileiro é pacífico. Senão correria o risco de ser linchado e pendurado, como o ditador militar boliviano Gualberto Villarroel em 1947, no primeiro poste mais próximo do palácio presidencial (não é à toa que depois disso passou a ser chamado de “Palacio Quemado”). Ainda mais ‘ele’, que andou ajudando os golpistas de lá, também delinquentes natos, parasitas, bandoleiros e fascistas, todos derrotados nas urnas e respondendo por seus atos criminosos nas barras dos tribunais, dentro e fora da Bolívia.

Fascista é todo igual: incapaz de ganhar uma eleição sem trambique, sem campanhas de terror, pânico, ameaças e “otras cositas más”. Como isso ‘ele’ já fez para açambarcar a de 2018, nada mais resta fazer que pegar a própria pistola mirar sua bolsa de colostomia (que está fora de lugar desde que foi parido) e disparar o gatilho. O melhor serviço que prestaria para a humanidade. E que poderia levar junto todos os canalhas que o cercam e que fedem carniça... Terão ido tarde demais!

“Porque cantar parece com não morrer. É igual a não se esquecer que a vida aqui tem razão...” (Ednardo, 1979)

Ahmad Schabib Hany