GOL
IMPRESSO
Depois de ameaçar, mais uma
vez, o Estado Democrático de Direito se sua vontade de o voto impresso não ser
adotado em 2022, Jaz Messias Bolsonaro recebe a melhor demonstração de
dignidade do Povo, que, diante da derrota do selecionado nacional de futebol
para o da Argentina só seria aceito pelo PR se o gol fosse impresso.
A história do Brasil conta que, assim que chegou a
Família Real ao Rio de Janeiro, em fuga da Metrópole pelas ameaças de Napoleão
Bonaparte, em 1808, as casas marcadas com PR (de Príncipe Regente) e cujos
moradores precisavam desocupar imediatamente a irreverência carioca se
encarregou de apelidar o PR de “Ponha-se na Rua”.
Pois 213 anos depois, a galhofa da própria
tragédia faz do Povo (maiúscula!) recorrer à irreverência para satirizar a total
falta de bom senso da metralhada que tomou de assalto os destinos da nação...
Assim como o voto, só o gol impresso é que será
válido, segundo o deboche popular, para Jaz Messias Bolsonaro, cujo conceito
vem derretendo como as calotas polares ante as mudanças climáticas.
Não se trata de climatério nem de cemitério (embora seus amiguinhos milicianos sejam uns capetas nisso e em ‘otras cositas más’, basta ver o compasso de espera em que se transformaram os inquéritos do Ministério Público do Rio de Janeiro para elucidar o atentado contra Marielle Franco e as rachadinhas do 02).
É à velha e eficaz irreverência popular que nos
referimos. E contra a sisuda e cínica indiferença palaciana diante da tragédia
humana que tomou conta do Brasil desde que o destemperado e irascível mandarim diz
comandar o Pais durante este pandemônio.
Não sabemos o que pensam eles, os assessores. Até
porque, para esses senhores, a Copa América iria atenuar os impactos de eventuais
denúncias da CPI da Covid e as partidas da Conmebol mudariam os rumos da
avalanche em que se transformou a avaliação do ‘mito’ e de seus aliados. Mas a
realidade tem sido bem diferente...
Claramente desesperado, Jaz Bolsonaro tem evitado
frequentar a irrequieta circulação de pessoas nos grandes centros urbanos.
Prefere a horda de motoqueiros com placas camufladas, como que quisesse mandar
um recado para a imprensa e membros de outro Poder da República, o Judiciário.
Uma clara tentativa de dizer que está preparando o golpe com base na
experiência ocorrida na Bolívia em 19 de novembro de 2019, quando uma horda de
meliantes tupiniquins orquestrou o terrorismo sobre motos ante o indefeso e
inofensivo povo originário andino.
Rei Midas às avessas, tudo que Jaz Bolsonaro toca
vira m... (que não é de Messias). Disse apoiar Mauricio Macri na Argentina, e
ele sofreu acachapante derrota para Alberto Fernández e Cristina Fernández de Kirchner;
na Bolívia, depois das maldades que ajudou fazer contra os povos originários (a
soberba não o deixa ver que todo nefasto que atenta contra os índios desde os
tempos da colonização sofre os horrores da maldição milenar), conseguiu alguns
milhares de votos de ‘votos-laranja’ da fronteira para a golpista Áñez e seus
aliados, que perderam peremptoriamente para Luis Arce Catacora; no Chile não
foi diferente, com a lavada que a esquerda deu nas últimas eleições na terra de
Augusto Pinochet, um de seus ídolos e ex-patrão de Paulo Guedes; Estados Unidos
e Israel estão na mão dos opositores de dois fundamentalistas malévolos, Donald
Trump e Benjamin Netanyahu, que perderam a rapadura e hoje não mais podem ‘abençoar’
as maldades do Nero tupiniquim.
Os que conhecem a vida pregressa desse mefistofélico
ser, que de tanto mentir nem ele consegue acreditar em suas ‘verdades’, sabem
que ele virou refém de si mesmo. E não adianta tentar vender a alma ao diabo,
que nem ele em xepa de feira levaria consigo um estrupício daqueles: ele já se
enfastiou de imitadores de Hitler, Mussolini, Salazar, Franco, Batista,
Stroessner, Médici, Banzer, Pinochet, Videla, Bermúdez, Somoza, García Meza,
Áñez etc.
Nem aqui, nem ali, Jaz Messias Bolsonaro...
Ahmad Schabib Hany
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