segunda-feira, 25 de maio de 2020

Senado aprova projeto que proíbe corte de serviços essenciais em fim de semana ("Congresso Em Foco")

Senado aprova projeto que proíbe corte de serviços essenciais em fim de semana

Por unanimidade, os senadores aprovaram na sessão deliberativa remota desta segunda-feira (25) o projeto de lei que proíbe o desligamento por inadimplência de serviços públicos essenciais, como água e energia elétrica, nas sextas-feiras, finais de semana e feriados (PL 669/2019). O texto segue para sanção presidencial.
De autoria do senador Weverton (PDT-MA), o projeto visava impedir um comportamento abusivo pelas concessionárias no restabelecimento dos serviços. Segundo o parlamentar, a taxa de religação se transformou numa segunda punição ao não pagamento, somando-se ao próprio corte.
O texto do Senado foi aprovado pela Câmara na última quinta-feira (21) com uma modificação, por isso retornou para a análise dos senadores.
No substitutivo, os deputados condicionaram a gratuidade de religação dos serviços apenas quando a empresa responsável não fizer a devida notificação ao usuário. Caso a concessionária interrompa o abastecimento sem que o consumidor tenha sido notificado, ficará sujeita a multa.
Acordo
Inicialmente, a relatora, senadora Kátia Abreu (PP-TO), queria restabelecer o texto aprovado pelo Senado, que vedava a cobrança da taxa de religação ou restabelecimento do serviço em qualquer hipótese. Porém, mediante acordo costurado com o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), foi aprovado o substitutivo da Câmara.
Pelo acordo, o governo irá propor à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) uma regulamentação dos preços de religamento, que variam muito conforme as regiões do país.
Caso a Aneel não regulamente a questão, Bezerra assegurou o compromisso do governo de apoiar nova iniciativa para que, por lei, sejam fixados parâmetros para limitar o que chamou de “tarifas abusivas”. “Nós não podemos aceitar mais pacificamente preços tão variados para essa taxa de religamento”, criticou o líder.
O autor do projeto saudou a aprovação da matéria. “Esse projeto vai fazer justiça social a milhões de trabalhadores e chefes de famílias que muitas vezes já passaram por esse momento tão difícil que é a interrupção de um serviço essencial, como o fornecimento de energia elétrica e de água em sua residência”, disse o senador Weverton.

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