MONSTRONERO
S/A
Fiel serviçal do império decadente,
em particular do arremedo de estadista Trump-alhão, o psicopata que tomou de
assalto os destinos da nação — e agora as vidas de pelo menos 15 mil
brasileiros/as — não só não governa como compromete desavergonhadamente o
futuro das novas gerações.
Ao lado das bandeiras de Israel e dos
Estados Unidos, MonstroNero se revela um obcecado serviçal daquilo que ele
chama de mercado, mas são os seus patrões, amos e senhores: a nata do
capitalismo, que nas metrópoles de Nova York e Londres cobraram vidas por conta
da demora da tomada de medidas que protegessem as pessoas, sempre em nome do
lucro. Neste domingo, 17 de maio, mais uma aglomeração da horda de fanáticos/as
que estão a disseminar o coronavírus e a maldita bactéria do ódio e da
insanidade em nome de falso patriotismo, tanto é que querem pôr à venda todo o
patrimônio nacional.
Pulha, mentiroso contumaz, cretino,
covarde, insensível, arrogante, atrevido, perverso, recalcado, desleal e
contraventor desde sempre. Não é que aquele que diz ser presidente do país
consegue ser tudo isso (e muito mais) ao mesmo tempo?
Mas pior é sua habilidade para
serviçal do império decadente: como nenhum antecessor preparado para tamanha
barbárie, ele conseguiu fazer o “serviço sujo” com a maior desenvoltura, tanto
no desmonte dos direitos trabalhistas e previdenciários como na entrega do patrimônio
nacional (Pré-sal, Base de Alcântara, Mata Atlântica, Pantanal, Amazônia,
Cerrado, Caatinga, Aquífero Guarani, Amazônia Azul, Base de Pesquisas da
Antártida e, pasmem, Embraer, devolvida depois de devassada). E agora, seguindo
o plano de seu cérebro remoto, Paulo Guedes, a entrega dos bancos oficiais,
inclusive a Casa da Moeda, além dos Correios.
Ninguém nega a inteligência, como
todo esquizofrênico que se preste ao papel para o qual foi alçado com o
inegável ajutório do ex-juiz, agora seu desafeto, Sérgio Moro. Toda vez que o
Brasil vai ter a sua soberania (nacional ou popular) vilipendiada, lá está ele
a fazer o papel de pateta para entretenimento de nossa opinião pública
desatenta. Obsessivo, ele passou os últimos dois meses se prestando aos piores
papéis, sempre por causas menores, pequenas como sua capacidade de compreender
a realidade, para ele binária (“nós versus eles”, na típica lógica maniqueísta
do Colégio Interamericano de Washington, responsável pela Doutrina da Segurança
Nacional, caduca depois do fim da guerra fria que ele e seus assemelhados
desenterraram impunemente).
Em sua defesa, os/as apoiadores/as
foram capazes de invencionices como a de que “ele é capaz de fazer tudo isso,
mas é por sua família” (demissão de Moro e demais membros da Leva Jeito, de
triste memória). Quer dizer que ele foi eleito para sanar os problemas de “sua
família”? E o Brasil, segue ladeira abaixo? Que ironia, pois quando iniciaram a
conspiração contra o Estado Democrático de Direito e golpearam a Presidenta
Dilma (para prender, sem provas, o Presidente Lula), o pretexto era o de
“acabar com a corrupção”. E o que vimos neste final de semana foi a recondução
de ninguém menos que Carlos Marun, da tropa de choque de Eduardo Cunha e de
Michel Temer, ao Conselho da Itaipu Binacional (para defender os intere$$es do
Centrão, grupo que prometeu lhe dar votos no Congresso).
Não consigo deixar de me lembrar da sugestiva
sentença (sentido gramatical) do saudoso e competente Professor Octaviano
Gonçalves da Silveira Júnior, de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira, nos
idos de 1974 — de que “um tolo sempre encontra outro mais tolo que o admira” —,
quando constato que, decorridos 17 meses de um desgoverno a toda prova, há
ainda pessoas que o justificam, defendem “com a própria vida” as barbaridades
cometidas em nome de valores que em toda a sua medíocre vida política jamais
cultuou e praticou. Até porque, segundo a sabedoria popular, “de
bem-intencionados o inferno está cheio”.
Como essas pessoas, de aparência
racional, conseguem encarar os/as próprios/as filhos/as quando continuam a
justificar e/ou apoiar atos tresloucados como as repetidas ameaças ao Estado Democrático
de Direito, à liturgia da Presidência da República e a toda a imprensa, seja
ela independente ou mesmo empresarial? Mais ainda: essas pessoas têm consciência
de que, como eleitores/as desse verdadeiro demônio, são cúmplices de um crime
de lesa-humanidade já em curso (além das vítimas da covid-19, índios e
moradores de favelas e periferia)?
Ainda há tempo de se redimirem desse
encargo sinistro: assumirem humildemente o erro cometido e com altivez e
determinação exigirem a renúncia ou a interdição sumária desse monstro
travestido de (sic) “mito”.
Não há dúvida de que o ato deste
fatídico domingo, 17 de maio, tenha sido uma resposta à publicação da mais recente
pesquisa de opinião, em que em Santa Catarina, estado em que granjeou 76% dos
votos válidos no segundo turno em 2018, hoje ele conta com 73% de reprovação. É
desespero puro, sobretudo, porque dois de seus filhos estão cada vez mais afundados
na lama sobre a qual alicerçaram seus mandatos parlamentares. Além do que,
vítima de sua compulsão por falar (sem pensar), os argumentos usados contra o
igualmente fascistoide Sérgio Moro, caem por terra dia-após-dia, com a
contribuição da Rede Globo, que ele quis esnobar depois de subir na rampa.
Esqueceu-se, entretanto, que tudo que
sobe desce, ainda mais ele que vive a se vangloriar de seus dotes de espadachim
recalcado.
Sem dúvida, MonstroNero tem se
revelado muito mais preocupado com o porvir de seus filhos que o estadista
necessário para este crítico momento da história da humanidade, em que são
necessárias atitudes racionais de estadista, e não de serviçal ou fantoche do
sionismo e do império decadente, como insistentemente vem se comportando,
indiferente às mais de 15 mil vítimas fatais brasileiras da covid-19.
Interdição já! Ou o derramamento de
sangue pretendido pelas hordas armadas e prontas para atirar, recém-reveladas pela
mídia, será instaurado antes que os/as verdadeiramente democratas deste país
saiam do armário, e direto para as covas clandestinas, como entre 1964 e 1985.
Crime de lesa-humanidade, aliás, jamais devida e legalmente sentenciado, por
isso o descaramento com que estão a ameaçar o Estado Democrático de Direito,
sem qualquer pudor e com o maior acinte.
Ahmad
Schabib Hany
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