Massacres
sobre massacres: não é genocídio?
Mais de cem mortos e centenas
de feridos são as vítimas de mais um massacre, desta vez na rua Al-Rashid, em
Gaza, pelo poderoso exército sionista, sob pretexto de ter-se sentido ‘ameaçado’
pelo contingente de famélicos desesperados durante a primeira entrega de ajuda
humanitária em um mês de absoluta interrupção de fornecimento de alimentos e
remédios.
No momento em que escrevo, são 112 mártires e 765
feridos (crianças, mulheres, jovens e idosos desarmados, fracos e desesperados
de fome) vitimados no massacre diário, desta vez na rua Al-Rashid, em Gaza,
pelas forças militares sionistas. Assassinados quando iam receber os donativos
da ajuda humanitária. Qual crime cometeram, na ótica dos ‘divinos’
estrategistas militares? Estarem vivos mesmo privados de comer, coisa que em seu
país e em todas as potências que os apoiam tutor que não alimenta seu animal
doméstico é condenado a alguns anos de prisão?
O chefe da quadrilha, digo, do tirânico exército
israelense, apressou-se a dizer que em um primeiro momento foram pisoteados e atropelados
por eles mesmos quando tentavam saquear os donativos e em um segundo momento a
poderosíssima guarnição de um dos maiores (e corruptos) exércitos do mundo se
sentiu ‘ameaçada’ pela multidão de famintos a correr desesperadamente aos
comboios com ajuda humanitária da ONU e, depois de disparar para o alto,
alvejaram as pernas dos ‘terroristas’. Mentira que não cola.
Esse ‘divino’ governo, com seu ‘divino’ exército e
seus ‘divinos’ aliados têm o direito de não só mentir como assassinar crianças,
mulheres e idosos impunemente? Em nome de qual fé e qual Deus se mata? Seus
soldados, seus comandantes, seus governantes e as potências e seus aliados pelo
mundo desconhecem as Sagradas Escrituras?
Não é preciso professar a mesma religião, a mesma
denominação religiosa, a mesma fé, o mesmo culto, para saber o inteiro teor do
Decálogo, a Tábua da Lei, desde os mais remotos tempos entregue a Moisés e base
das chamadas religiões monoteístas. Se olharmos o Decálogo, que é comum a todas
as religiões por se constituir em princípios civilizatórios, o primeiro código
civil a disciplinar populações ancestrais. Trouxe, a propósito, a citação do
Decálogo do site do Santuário de Aparecida, portanto, insuspeito, e faço apenas
uma observação em relação ao dia sagrado, que varia segundo as diversas
denominações:
“1) Amar a Deus sobre todas as coisas. 2) Não usar
o Santo Nome de Deus em vão. 3) Lembrar-te do dia de domingo para o santificar.
4) Honrar pai e mãe (e os outros legítimos superiores). 5) Não matarás. 6)
Guardar castidade nas palavras e nas obras. 7) Não roubar (nem injustamente
reter ou danificar bens do próximo). 8) Não levantar falsos testemunhos. 9)
Guardar castidade nos pensamentos e nos desejos. 10) Não cobiçar as coisas do
próximo.” (Disponível em: <santuariodeaparecidarp.com.br/decálogo>)
É claro que seus aliados (e cúmplices neste
genocídio) vão usar o mesmo argumento dos colonizadores europeus no século XV. Assim
como os povos originários da América, África, Ásia e Oceania, os palestinos são
‘sub-raça’, ‘subespécie’ e, portanto, podem ser mortos em nome da civilização e
da fé. Com outras palavras, a embaixadora do Estado sionista o disse em reunião
ampliada (espécie de assembleia) do Alto Comissariado da ONU para os Direitos
Humanos: “Israel tem o dever de erradicar o Hamas onde ele estiver, pois do
contrário ele continuará a invadir nossos territórios e matar nossa população.”
Direitos Humanos não contemplam os palestinos, cujas vidas, casas, sítios,
hospitais, templos e demais bens materiais e imateriais foram saqueados,
invadidos, destruídos e, pior, seu patrimônio cultural avassalado, junto com as
pessoas mais velhas e mais sábias.
“O sangue de Jesus tem poder!” Fizeram assim com o
Salvador, com a participação de Pilatos, representante do império romano, o
condenaram à pena capital, crucificado. Mas não venceram o seu legado de concórdia,
amor e reconciliação, tanto que o cristianismo tem a maior população no planeta.
É claro que tentam se infiltrar, por meio de seitas que criaram nos Estados
Unidos, para dominar fiéis cristãos e confundi-los. Um dos executores desse
estratagema é o mala saia sem alça, aquele mercador da fé metido a bispo que
tirou das fachadas de seus templos o nome de Jesus Cristo porque agora adotou a
‘teologia da dominação’ no lugar da ‘teologia da prosperidade’.
Essas igrejas neopentecostais que adotaram a ‘teologia
da dominação’ (em vez da teologia da prosperidade) não são mais cristãs, embora
tentem confundir seus fiéis. A doutrina que seguem é a de Davi como majestade e
seu legado agressivo diante de seus interesses contrariados. Se são seguidores
de Davi, são seitas judias, não cristãs, pois o legado de Jesus Cristo, tido
pelos sumos sacerdotes Anás e Caifás como ‘falso Messias’ e por isso denunciado
ante o representante do império romano, Pôncio Pilatos, que presidiu o juízo que
o condenou à pena máxima, isto é, ser crucificado. Não dá para ser cristão e
seguir Davi em seu legado, totalmente contrário aos princípios cristãos.
Quem tiver lido somente uma vez sabe. Passou do
tempo de fingir que há inocentes úteis nesse genocídio. Ou se condena veementemente,
ou se finge ignorar. Mas a cumplicidade é igualmente assassina. Até porque
chamar de terroristas os que defendem a ínfima parte do território milenar 90%
usurpado, roubado, saqueado, com a conivência das maiores potências mundiais desde
o pós-guerra de 1945 é o cúmulo dos absurdos.
Assassinos, cínicos, covardes! Os funestos soldados,
seus comandantes, os governantes da ‘democrática’ nação sionista e seus aliados
do ocidente e os capachos, igualmente nefastos, pelo planeta afora. E não ousem
usar o nome de Deus para justificar os crimes em série que praticam ou apoiam.
A heresia replicará em cada um deles até a sua última geração. Não há
escapatória.
Nem durante a guerra fria havia tamanho cinismo,
até porque diversas nações socialistas então apoiavam política e materialmente
a luta do povo palestino. Depois de que Ronald Reagan e a sua similar Margareth
Thatcher decidiram refazer a geopolítica mundial sobre os glúteos do
mefistofélico Michail Gorbatchev e impor seu totalitarismo globalitário (nas sábias
palavras de Noam Chomsky, com o apoio de Milton Santos) a toda a humanidade:
invasões, saques, fome, miséria, fim da soberania nacional e extinção dos
direitos à autodeterminação dos povos e à proteção dos direitos humanos.
Desde o fim da União Soviética, a raposa vem
tomando conta do galinheiro em que a Terra se converteu. O sionismo, o mesmo
que fez ruir o Estado Soviético e signatários do Pacto de Varsóvia por meio de ‘camaradas’
de Gorbatchev no Bureau do Partido Comunista da URSS, é quem manda na Casa
Branca, na OTAN, na União Europeia e, pasmem, na maioria das ex-repúblicas
soviéticas, como a Ucrânia, cujo ‘presidente’ Volodimir Zelensky, na verdade,
um fantoche sionista, faz o jogo do ocidente para submeter ao seu domínio o que
restou da Rússia. Sim, porque antes de nacionalistas (direita, verdade) como
Vladimir Putin assumir o governo dos respectivos países sucedâneos da Pacto de
Varsóvia, eram títeres alcoólatras como Boris Yeltsin a desgovernar, para que
no meio do caos, sionistas e burocratas corruptos do antigo Estado Soviético
promovessem a ‘caça ao tesouro’, isto é, ao patrimônio público que, de repente,
desapareceu e os tais ‘oligarcas’, amigos de Yeltsin, apareceram como ‘mecenas’
para a ‘construção da democracia’.
Henfil, criador dos Fradins (Baixim
e Cumpridim), de saudosa memória, costumava dizer: “Democracia é a mãe!”
É claro que se referia à ditadura brasileira, da qual foi seu melhor crítico.
Mas, democracia é a mãe, pois o que hoje existe é uma plutocracia em escala
global. Inclusive no País. Ou por que aquele mala saia sem alça metido a bispo,
mercador da fé com todas as letras, é o maior detrator da democracia
brasileira? Ele, Biden, Trump, Milei, o inominável e outros similares pelo
mundo satânico vivem às expensas do poder e da cobiça dos bilionários sionistas
que ‘patrocinam’ tudo que não presta.
Você, leitor, verdadeiramente cristão, leia com
cuidado sua Bíblia e se atenha ao Legado Cristão, descrito ao longo do Novo
Testamento. O Velho Testamento é de caráter histórico (para embasar a doutrina
Cristã), mas os princípios religiosos cristãos estão contidos todos no Novo
Testamento. Israel não é cristã, nem judia: é uma realização dos sionistas
sobre o território da Palestina Milenar, como consta de passagens bíblicas.
Como já denunciaram vários rabinos ortodoxos antissionistas, Israel não os
representa porque é um projeto de poder, negação dos princípios religiosos.
Para concluir, o que a humanidade testemunhou neste
29 de fevereiro de 2024 foi mais um massacre cometido pelos que se dizem
eternas vítimas da história. Como assim? São eles os que cometem massacres
sobre massacres desde 1937, ano do primeiro massacre, em Dawayima, cometido por
sionistas na Palestina ocupada pela Grã-Bretanha. Ano após ano, sionistas de
diferentes gerações e nacionalidades, em nome de ‘Israel’, cometem as
atrocidades mais bizarras, que até Deus duvida. Depois vieram as de Deir
Yassin, Qibya, Kafr Qasim, Galileia, Sabra e Chatila (Líbano), Hebron, Jenin, Intifadas
e Gaza.
É hora de os movimentos populares se manifestarem
em todo o Brasil, em todo o Mundo. O Presidente Lula deu uma contribuição
valiosíssima, e até hoje paga com ameaças de todas as formas pelos títeres
pró-sionistas. Mas ele, com a sua firmeza peculiar, diferente do inominável que
se borra todo quando é ‘enquadrado’, mantém sua posição e reitera em todas as
oportunidades possíveis fazer seu apelo pelo fim do genocídio em Gaza. Os que
se omitirem covarde ou de forma cúmplice neste momento dirão o que às próximas
gerações? Que não sabiam? Não estavam a par das notícias quando eram
denunciadas tais crimes contra a humanidade? Quem viver verá.
Ahmad
Schabib Hany
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