DELÍRIOS
DE UM NADA
Não há algo pior na espécie
humana que quando recalcados, mal amados e mal resolvidos são guindados a
instâncias superiores. Por conta de uma conjunção de fatores bizarros, toda a
população deste País-continente vive um verdadeiro pandemônio durante a
pandemia...
Há gatos, cães, pássaros, cavalos e tantos outros
animais que chamam a nossa atenção pelo comportamento, pela presença que têm. O
mesmo ocorre entre os seres humanos, cuja liderança ocorre pela afinidade,
sintonia, propósitos, ideias e atitudes. Até porque, dizem, somos ‘racionais’, ‘superiores’,
de acordo com as classificações iluministas.
Há, entretanto, seres que entram para (o lixo d)a
história pelas m... que fazem. Senão, simplesmente inexistiriam na posteridade.
Esses são os NADA. Ao longo da trajetória da humanidade, entre tantos que não
merecem ser lembrados, destacaremos Nero, Hitler, Pinochet, Bushinho e Trump.
Como contraponto dos valores civilizatórios é que eles, o tempo todo, têm
ínfimas linhas de referências, as piores possíveis.
É a velha ‘lógica’ (sic) do “falem bem ou mal, mas falem de mim”. No Brasil, a história
está repleta de figuras bizarras, dessa estatura, mas que em momento algum
haviam galgado ao maior cargo da República pelo voto direto, secreto e
universal. Tamanha a mediocridade e insignificância, estavam restritos ao ‘baixo
clero’ de uma das casas do parlamento nacional ou eventualmente a uma casa
legislativa estadual ou de algum município dos recônditos do ‘Brasil profundo’ - ou
às vezes em alguma chefia do executivo estadual ou municipal, por puro golpe de
azar.
Mas certa feita, quando o País enveredou por um
certo ‘apagão’ de sensatez, eis que o mais bizarro dos candidatos, com o
imprescindível aporte do Império pelos tentáculos de Steve Bannon e sequazes
(até porque suas hordas também são destituídas de cérebro), o NADA, sem
participar de debates, vira dignitário e toma posse - mas,
justiça seja feita, nunca trabalhou nessa condição: no máximo, ATRAPALHOU!
Mas como um NADA pôde ter se transformado em ALGO?
Graças aos artifícios do Império, dos parasitas que gravitam em torno do poder
(tipo Alexandre ‘Graxinha’ e Augusto ‘Nhunhes’, a serviço de inconfessáveis
interesses, desde os tempos da ditadura), das hordas de malfeitores
(sonegadores de tributos, mercadores da fé, milicianos, grileiros, madeireiros,
rentistas, abutres, marajás do serviço público etc, etc) e, sobretudo, das
dezenas de milhões de seres recalcados, dos NADA, como o tal ‘mito’.
É onde mora o perigo: um NADA não consegue ser
ALGO, quer ser TUDO... Tanto assim, desde o dia em que o convenceram de que ele
era o ‘mito’, agora quer instalar a sua ‘dinastia’, com o 01, 02, 03 e 04, e
virar um ‘imperador’ -
daí porque procurou promiscuidade, digo, proximidade com os seres bizarros que
dizem pertencer à ‘família real’, dos Orleans e Bragança, lá do século XIX, os
tais ‘de sangue azul’, que nos dias de hoje se entende sangue estragado...
Não se sente presidente. Quer ser imperador. Sua
personalidade alucinada não consegue fazê-lo enxergar-se em sua verdadeira
dimensão, um NADA, porque despreparado, desatinado e delinquente contumaz
(aliás, razão pela qual as hordas de meliantes pelos quatro cantos do País o
terem escolhido para melhor os representar). Os fatos falam por si. É só
prestar atenção, e tomar o cuidado para observar meticulosamente e constatar
essa triste realidade.
Imperador trabalha? Porque presidente DEVE
trabalhar, não pode estar solto por aí a arranjar crises sobre crises, de toda
ordem: sanitária, política, hídrica, ambiental, energética, educacional, econômica,
social, financeira etc. Como os sábios ancestrais já o disseram: “Cabeça vazia,
oficina do diabo...”
Todo cuidado é pouco: feito um Napoleão às
avessas, um Pantaleão Patoaparte, não é de se duvidar que, no Dia da
Independência, queira fazer a Proclamação do Império, em que, obviamente, a sua
dinastia seja a governante. Dentro de sua mente rasa e rasteira, ‘as condições estão
dadas’ -
não tem qualquer chance de se reeleger pelo voto, o risco de ser preso ao final
do mandato é grande (a menos que tivesse humildade e dominasse a sábia arte de
negociar com os adversários, que em seu raciocínio binário ele os vê como ‘inimigos’
e quer vê-los mortos), destino não muito diferente de sua ‘dinastia’.
A hora é agora: ou se desidrata por inteiro a
hidra instalada na Praça dos Três Poderes, ou o Brasil entrará de vez para o
conjunto de países com as mesmas características do Haiti e Afeganistão, que
têm em comum terem sofrido as intervenções ‘salvadoras’ dos Estados Unidos.
Steve Bannon e o Departamento de Justiça da Casa Branca à parte (por meio da
republiqueta da leva jeito e seus membros canastrões), a grandeza do bravo Povo
Brasileiro e sua dignidade serão os impeditivos para tamanha patacoada. Quem
viver verá...
Ahmad
Schabib Hany
Um comentário:
Muito bom!
Postar um comentário