Tonton
Macoutes incendeiam Brasília
Tomada
pelo ‘estouro da boiada’, Brasília foi incendiada como se fosse Porto Príncipe,
capital do Haiti. O inominável em sua infinita perversidade, após o jogo fatídico
em que o Brasil ficou fora da Copa do Mundo do Qatar, atiçou e acolheu no
Palácio das Trevas seus teleguiados e sua ‘conja’ mandou comida como gesto de
apoio ao ‘patriotismo’ delinquente estimulado por suas milícias digitais.
Sob a
tirania desvairada desse sociopata, Brasília se viu sitiada, tomada pelos tonton macoutes que esse terrorista
mau-caráter adestrou ao longo de seu maldito mandato. A noite de 12 de
dezembro, sob pretexto de ‘protestar’ contra a detenção de um ‘cacique’
traficante e pau-mandado de criminosos fascistas, espalhou o terror na área
central da capital federal, sob a conivência de seus feitores bajuladores, que
nada fizeram para conter o ‘estouro da boiada’.
A
propósito, leitor/a, já leu ou ouviu falar sobre os tonton macoutes, temida milícia de François Duvalier, o Papa Doc, tirano que inaugurou a
dinastia sanguinária e criminosa do Haiti, responsável pela miséria e caos que
até hoje desgraçam o povo haitiano?
Há um tempo
venho insistindo que o inominável tem se inspirado nesse grande canalha para
disseminar suas maldades pelos quatro cantos deste país-continente. Diferente
da imagem de ‘bom cristão’ (sic), como
os mercadores da fé que o rodeiam teimam bancar, esse sociopata amoral e
despudorado, em vez de luz e generosidade, só dá lugar a trevas e
perversidades, tanto que se deu ao desplante de, assim que a seleção brasileira
ficou fora da Copa do Mundo do Qatar, ir até o cercadinho que mantém desde a
sua posse para atiçar suas hordas insanas, seus tonton macoutes.
Até a ‘maledeta
conja’, com sua falsa generosidade, enviou a lavagem do Palácio das Trevas (que
em tempos de normalidade democrática se chama do Alvorada) para saciar a fome
de suas hordas, como quem manda comida para porcos. Mais tarde, na virada do
dia, foram conversar sobre como agir para levar o pânico à população
brasileira, a partir do caos em Brasília. E como o Presidente Lula, o
Vice-presidente Alckmin e ministros já anunciados se encontram hospedados em um
hotel no centro brasiliense, tentaram levar tumulto e a possibilidade de atos
terroristas até lá, mas imediatamente foram repelidos pelas forças legalistas.
O
inominável teria sido escolhido por tais ‘qualidades cívicas’ pelos ‘patriotas’,
aqueles que vestiam a camisa da seleção brasileira e se enrolavam na bandeira
nacional como se fosse toalha de sauna? Em sã consciência, esses ‘patriotas’ não
sentem, nem de longe, qualquer constrangimento, vergonha ou arrependimento por
tão grosseira escolha? Como não enxergar a vocação golpista, tirânica,
autoritária, obscurantista, delinquente e até ditatorial do inominável e o
núcleo duro de seu gabinete?
Mais que a
incompetência e total desapego pelos princípios republicanos, flagrantes, os
principais assessores (e todos os membros de sua familícia) revelaram, sem
qualquer hesitação, sua opção obsessiva por tudo que representa o oposto à
vocação democrática e solidária da nação brasileira desde a segunda década do
século XX, quando a afirmação dos princípios republicanos tornaram-se públicos
e objeto de manifestações pelos líderes do Movimento Tenentista, da Coluna
Prestes, da Semana da Arte Moderna e, inclusive, dos fundadores do primeiro
partido de âmbito nacional, o velho Partidão (PCB), de cuja primeira bancada
federal contou com o brilhantismo e laicismo do imortal Jorge Amado.
Para si e para os seus
O
inominável, como sempre por meios escusos, conseguiu galgar ao poder, para
deleite das elites retrógradas e segregacionistas. Tão incompetente e alienado
da realidade, passou os quase quatro anos de mandato ‘brincando’ de onipotente,
fazendo fakenews para suas hordas
insanas, usando a máquina para si e os seus e desmontando o Estado, em vez de
governar como gente grande.
É preciso ‘dissecar’
o comportamento do inominável antes que, contra a sua vontade de sociopata,
tenha que passar a faixa ao estadista que o povo brasileiro levou 500 anos para
generosamente oferecer para a humanidade. Sim, porque, a despeito da soberba de
mobilizar as súcias que mantém entorpecidas com suas mentiras delirantes, ele
irá para passar a faixa a seus sucessor constitucional, sim.
Por quê?
Porque ele usou de seu ardiloso comportamento de ‘maníaco-depressivo’ (como até
um tempo atrás se chamavam os ‘bipolares’ de hoje), fingiu de vítima
inconsolável e atiçou o delirium-tremens
de seus tonton macoutes espalhados
pelo território nacional e pelos quatro cantos do mundo. Para quê? Barganhar
uma saída honrosa pelos inúmeros crimes administrativos cometidos
deliberadamente junto aos diversos Poderes: desde o STF (Supremo Tribunal
Federal), TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Congresso Nacional e, inclusive,
Ministério da Justiça e Procuradoria-Geral da República (PGR).
Depois de
tanta incompetência e constatação da grave alienação de que padece, dá para
acreditar que o inominável foi eleito por suas supostas qualidades?
Ora, quase
quatro anos de total exposição, quando ficou nu perante o mundo, não dá para
acreditar que naquela caixa craniana pudesse haver um cérebro brilhante. Sim,
porque, numa democracia (e, ainda que muitos não gostem de admitir, o Brasil é
a maior democracia do planeta), para conseguir conquistar a confiança da
maioria de seus iguais, é preciso ser minimamente brilhante para ‘fazer a
diferença’ e angariar os votos que irão torná-lo/a líder de mais de duas
centenas de milhões de pessoas.
Só que não.
O inominável foi eleito exatamente por ser a negação disso tudo. Coube àquele
juiz de primeira instância de voz de marreco e que sequer consegue pronunciar
palavras do vernáculo (a exemplo de ‘conje’ por cônjuge) ou do idioma de seus
amos e senhores (como ‘massachutes’, por Massachusetts, uma das 50 unidades
federativas dos EUA), pivô da prisão e exclusão do processo eleitoral de 2018
do hoje presidente eleito Lula (líder também nas pesquisas eleitorais de então),
razão pela qual virou seu ministro da Justiça (além da promessa de indicá-lo
para uma das vagas do Supremo Tribunal Federal, STF).
Apesar de
todo o aparato montado com as milícias digitais de Steve Bannon, desde o
exterior (confirmadas posteriormente, mas que não puderam anular sua eleição
por não haver legislação anterior que proibisse o uso de fakenews em campanhas eleitorais), o candidato era tão ruim, que
foi preciso que uma fakeada o
livrasse dos debates, pois bastava ir a um para ele despencar nas pesquisas. Não
por acaso, seu raciocínio primário considera toda eleição manipulável e,
portanto, suspeita de fraude. É por experiência própria. Mas não por causa das
urnas eletrônicas, cuja inviolabilidade está mais que comprovada.
Que ‘homem
público’ é esse que não tem noção das responsabilidades do cargo e passa quase
todo o seu mandato ‘brincando’ de todo-poderoso (a maior parte do tempo em
alguma moto e sempre entre as pernas torneadas de algum gajo portentoso e diz
que ‘pintou um clima’ ao ver adolescentes venezuelanas na periferia de Brasília),
mandando fakenews para alimentar suas
hordas insanas por meio das milícias digitais que mantém desde sua campanha, usando
a máquina administrativa para fazer de tudo para si e os seus (daí o sigilo de
cem anos) e, o mais grave, desmantelando todo o Estado (inclusive o Estado
Democrático de Direito), em vez de governar como gente grande?
O lixo da
história, decerto, se encarregará de levá-lo para as trevas, de onde jamais
sairão ele e todos os seres bizarros com quem compartilhou as mais deprimentes
cenas dos últimos anos, a menos que para um tribunal como de Nuremberg. Afinal,
a História, nas sábias palavras de Chico Buarque e do saudoso Pablo Milanés, “é
um carro alegre, cheio de um povo contente, que atropela indiferente todo
aquele que a negue” (Canção para a Unidade da América Latina, 1972). Escrito e
gravado há cinquenta anos, esse hino para a emancipação de nossos povos já
anunciava que “o que brilha com luz própria ninguém pode apagar, seu brilho
pode alcançar a escuridão de outras coisas”...
Ahmad Schabib Hany
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