O parto da montanha
As
ridículas aglomerações de alienados abduzidos pelo universo paralelo do
inominável evidenciam a decadência de um natimorto projeto fascista de poder.
Apodreceu ainda na sua funesta concepção. Só as suas hordas insanas não se
aperceberam disso.
Não é que a
‘montanha’ pariu um rato?
Pois bem, em
pleno século XXI, a fábula atribuída por Horácio a Esopo (escravo grego
fabulista que viveu no início do século VI antes de Cristo e fez centenas de
fábulas, isto é, contos com sua respectiva moral) -- mas há quem diga que a
autoria é de Fedro, outro gênio fabulista, do início da era cristã --, surpreende
a todos, sobretudo aos mais incrédulos, ante tantas barbáries cometidas nestes
últimos anos.
Depois de
tantos ‘abalos sísmicos’ e ameaças abertas contra tudo e todas as instituições
e pessoas centradas, os tonton macoutes
e seus respectivos feitores e amos e senhores (desde as diversas metrópoles:
Estados Unidos, Inglaterra, Alemanha, Hungria e Ucrânia) aparentam
acovardamento, especialmente depois de que o inominável demonstrou ter
amarelado e pelo menos dois caminhões de mudanças foram vistos diante do
Palácio das Trevas (o ex e futuro Palácio da Alvorada) embarcando objetos desse
ser abjeto e seus dependentes mais próximos.
O fato é
que a ‘montanha’ pariu um rato, muito embora fatos recém revelados façam outra
leitura: há muito mais roedores figurados que nas ruas das cidades medievais da
Europa, que com a chegada da matéria-prima das colônias então saqueadas elevou
sua qualidade de vida (em especial a dos membros das cortes e as burguesias em
ascensão). Em outras palavras, o inominável parece ter amarelado, como é de seu
feitio desde os tempos em que serviu em Nioaque (MS), quando um respeitado
professor e ex-prefeito da oposição à ditadura pôde testemunhar sua
personalidade instável, talvez insana.
Curiosa
mania de causar catarse e depois decepção (melhor dizendo, vergonha)...
Que ser
maldito seria capaz de causar um delirium
tremens insano, cafajeste, perverso? O inominável é incompetente demais
para tanto. Isso é coisa para um grupelho metido a esperto, mas covarde,
disperso em vários lugares, inclusive fora deste país-continente. E sua gênese,
pasme leitor/a, é o fascismo, ou nazifascismo (recauchutado, retemperado, com o
sionismo sanguinário que aprisiona, mata e expulsa a população palestina de seu
território milenar).
Isso y otras cositas más, aliás, o/a leitor/a
percebeu há muito, desde as primeiras cenas em que o inominável saía com suas
hordas bem perfumadinhas, mas de alma podre, pelo Brasil profundo, abandonado
há décadas -- isto é, séculos -- pelas elites peçonhentas, as mesmas que fazem
deste ser bizarro seu fantoche, tanto que as bolsas viveram em céu de
brigadeiro todos estes quatro anos, inclusive nos mais dramáticos dias da
pandemia, só em alta, no lucro, na mamata...
Só não dá
para sentir pena desses idiotas que o seguem como teleguiados porque eles,
também, são igualmente perversos, embora se ancorem num ‘patriotismo’ em que o
bolso fala mais alto (pergunte a algum deles se aceita, em benefício do Brasil,
rever esses privilégios vergonhosos em que duas gerações usufruem de um polpudo
salário sem qualquer constrangimento?) e um falso cristianismo em que o ódio
fundamentalista é a sua base indelével, sem caridade, empatia ou solidariedade.
E, o pior,
é que essa doença coletiva, mais corrosiva, mais letal que qualquer epidemia,
levará décadas para ser mitigada e, com muita sorte, extinta, debelada.
Basta ver
como ocorreu na Itália e Alemanha pós-1945. Foi preciso um conjunto de ações
para, primeiro, arrefecer o sentimento fascista/nazista impregnado na medula de
cada ser contaminado. Além do emblemático Tribunal Penal de Nuremberg, em que
foram condenados indistintamente mandantes e executores, foram promulgadas leis
rigorosas que consideraram crimes imprescritíveis a militância e a manifestação
de simpatia pela doutrina fascista/nazista. Ao mesmo tempo, foi adotada uma educação
humanista, por meio da qual os valores humanistas foram reintroduzidos às
disciplinas nos currículos e atividades extraclasses em todos os níveis da
educação formal, não formal e informal. Isso tudo junto a projetos sociais consistentes,
de médio e longo prazo, para formar os novos cidadãos libertos do jugo
nazifascista e revigorar-lhes os sentimentos de empatia, solidariedade, compaixão
e caridade.
Isso será essencial
no Brasil pós-milicianismo (mais que o inominável, o fundamentalismo
neopentecostal descaradamente mercantil e as concepções nazifascistas
difundidas ao longo deste maldito mandato em que canalhas e farsantes
inocularam a pior doutrina e a prática mais perversa que a humanidade já experimentou):
com base nas prerrogativas constitucionais, que nitidamente condenam e
proscrevem o nazismo, o fascismo e suas variantes camufladas (como o
integralismo, o salazarismo, o franquismo, o banzerismo, o stroesnnerismo e o pinochetismo),
serão necessárias operações de desmantelamento e rigorosa punição de toda
apologia às ideias do ódio e da intolerância cuja perversidade foi conhecida
com a sua derrota política e militar em 1945.
Um trabalho
delicado, ininterrupto, complexo. Mas terá que ser feito. Os malefícios e as
aberrações disseminadas na alma das pessoas são a mais perversa das heranças
malditas desse monstro e de seus amos e senhores, que mamaram (e não amaram) o
Brasil. Assim como a conversa de que é preciso ‘armar’, ‘mamar’ foi a outra
consigna desses covardes fariseus que não honram sequer os polpudos salários
granjeados na calada da noite, em vez de promover a qualidade de vida de uma
população laboriosa, honesta, hospitaleira e incansavelmente esperançosa como é
a brasileira.
Mas nada
como um dia depois do outro. E, como diziam nossos ancestrais, não há mal que
dure cem anos. Nem com fakenews, nem
com fakeada. A construção do amanhã é
fruto de nossas (boas) ações o tempo todo, e essa é uma tarefa inadiável e
inesgotável. Vida que segue: feliz Natal e próspero Ano Novo!
Ahmad Schabib Hany
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