Luiz
Eduardo, menino-luz
Luiz Eduardo de Oliveira, meu
querido vizinho de bairro e de longas conversas reflexões, se eterniza
precocemente, mas o brilho de sua mente privilegiada, de menino-luz, vive em
nossos corações.
Conheci Luiz Eduardo de Oliveira, o querido
Eduardo, ainda adolescente. Foi em uma das visitas derradeiras que fiz à
saudosa Professora Tereza Ávila de Oliveira, Avó paterna dele. A casa da
Professora Tereza era literalmente um templo. E a presença daquele garoto muito
educado e bastante sociável me dera a impressão de que se tratava de um Anjo na
face da Terra.
Mais tarde fui saber que Eduardo era Filho do
querido Jair, Irmão de meu Amigo-Irmão-Companheiro-Camarada Juvenal Ávila de
Oliveira, e Sobrinho de minha queridíssima Amiga Soely Ivacquia de Oliveira,
dos tempos de minha adolescência no então Centro Educacional Julia Gonçalves
Passarinho. Foi o próprio Eduardo que me contou, porque ele era de uma
desenvoltura, que parecia ler pensamentos.
Décadas depois, quando fui morar no bairro
Universitário, reencontro-me com Eduardo, já casado, muito feliz. Senão me
engano, ele estava trabalhando numa mineradora e sua Companheira era professora
recém-formada. Nossos encontros, esporádicos, casuais, eram longos por causa
das conversas intermináveis, interrompidas pela premência do tempo. Por conta
disso, sempre lhe insistia para que me visitasse, pois morávamos a poucas
quadras -- e assim ficava a promessa que lamentavelmente nunca se realizou.
Nosso encontro derradeiro foi na padaria de Dona
Raquel, que fica no meio do percurso entre as nossas moradias. Confesso ter
ficado impressionado com o estado de ânimo dele -- o sempre animado e
desenvolto Eduardo estava indiscutivelmente mais maduro, mas me revelara uma
sucessão de tragédias que demorei absorver, e ele percebeu.
A premência do tempo, como sempre, nos fez
interromper a conversa, mas insisti com ele de que me visitasse. Como se
tratava de um assunto pessoal, não comentei nem com o meu Amigo-Irmão Juvenal,
mesmo porque, pelo que conheço, como grande Psicólogo e Tio que é, ele
acompanhava de perto o querido Sobrinho.
E foi pelo Tio, Juvenal, que soube do coma
diabético sofrido por Eduardo, dias atrás. E ontem, o fatídico desenlace. Sem
palavras, sem chão. O Anjo desenvolto e querido se fez saudade...
Nossos profundos sentimentos à querida Família do
Jair Ávila de Oliveira, bem como às igualmente queridas Famílias do Juvenal e da
Soely, e muita força neste duro momento de dor e imensa saudade.
Até sempre, e obrigado, Eduardo, por sua Amizade e
por ter-nos ensinado tanto em tão pouco tempo! O seu afetuoso convívio, suas
sábias palavras, estão gravados em nossos corações e mentes.
Ahmad
Schabib Hany
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