sexta-feira, 8 de abril de 2022

LUIZ EDUARDO, MENINO-LUZ

Luiz Eduardo, menino-luz

Luiz Eduardo de Oliveira, meu querido vizinho de bairro e de longas conversas reflexões, se eterniza precocemente, mas o brilho de sua mente privilegiada, de menino-luz, vive em nossos corações.

Conheci Luiz Eduardo de Oliveira, o querido Eduardo, ainda adolescente. Foi em uma das visitas derradeiras que fiz à saudosa Professora Tereza Ávila de Oliveira, Avó paterna dele. A casa da Professora Tereza era literalmente um templo. E a presença daquele garoto muito educado e bastante sociável me dera a impressão de que se tratava de um Anjo na face da Terra.

Mais tarde fui saber que Eduardo era Filho do querido Jair, Irmão de meu Amigo-Irmão-Companheiro-Camarada Juvenal Ávila de Oliveira, e Sobrinho de minha queridíssima Amiga Soely Ivacquia de Oliveira, dos tempos de minha adolescência no então Centro Educacional Julia Gonçalves Passarinho. Foi o próprio Eduardo que me contou, porque ele era de uma desenvoltura, que parecia ler pensamentos.

Décadas depois, quando fui morar no bairro Universitário, reencontro-me com Eduardo, já casado, muito feliz. Senão me engano, ele estava trabalhando numa mineradora e sua Companheira era professora recém-formada. Nossos encontros, esporádicos, casuais, eram longos por causa das conversas intermináveis, interrompidas pela premência do tempo. Por conta disso, sempre lhe insistia para que me visitasse, pois morávamos a poucas quadras -- e assim ficava a promessa que lamentavelmente nunca se realizou.

Nosso encontro derradeiro foi na padaria de Dona Raquel, que fica no meio do percurso entre as nossas moradias. Confesso ter ficado impressionado com o estado de ânimo dele -- o sempre animado e desenvolto Eduardo estava indiscutivelmente mais maduro, mas me revelara uma sucessão de tragédias que demorei absorver, e ele percebeu.

A premência do tempo, como sempre, nos fez interromper a conversa, mas insisti com ele de que me visitasse. Como se tratava de um assunto pessoal, não comentei nem com o meu Amigo-Irmão Juvenal, mesmo porque, pelo que conheço, como grande Psicólogo e Tio que é, ele acompanhava de perto o querido Sobrinho.

E foi pelo Tio, Juvenal, que soube do coma diabético sofrido por Eduardo, dias atrás. E ontem, o fatídico desenlace. Sem palavras, sem chão. O Anjo desenvolto e querido se fez saudade...

Nossos profundos sentimentos à querida Família do Jair Ávila de Oliveira, bem como às igualmente queridas Famílias do Juvenal e da Soely, e muita força neste duro momento de dor e imensa saudade.

Até sempre, e obrigado, Eduardo, por sua Amizade e por ter-nos ensinado tanto em tão pouco tempo! O seu afetuoso convívio, suas sábias palavras, estão gravados em nossos corações e mentes.

Ahmad Schabib Hany

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