Bye,
Bye, Bibi...
Já descansei! Fui me encontrar com a Mel, minha
maninha de todas as horas, minha mamãe Tictac, a Nina, o Pretórius, o Samurai e
meus outros quatro lindos maninhos que a cegonha natureza nos deixou aqui na
terra em 30/01/2005. A ancestralidade me requisitou que abandonasse aquele
corpo. Ele estava perecendo… não tinha domínio mais sobre ele. Agora, sou um
anjo. Anjinho da Fatinha . Devo a ela a minha
sobrevida neste plano! Ela me deixava feliz . O melhor de tudo,
é que o meu tutor Massao foi massa, ABRIU sua casa, dia e noite, noite e dia,
para me resguardar… Fui muito amada. Aqui deixo meus últimos registros, foram
de ontem…. Minha vó Waded me amava muito e rezava por mim… beijos, até…
PS: Em 30/01/2006. Esqueci de lembrar do paizão
maravilhoso do Léo
Agora sou luz, Sofia. São os desígnios da
vida
Waded
Schabib Hany
Que pena
Sofia
Galeano Schabib
Bom dia. Virou estrelinha a Bibi.
Janan
Schabib Hany
Um ser em evolução, que deixou muitas lições e partiu.
Solange
Gomes Galeano
Hoje às 8h da manhã a Bibi fez sua passagem! Mas ontem ela estava assim,
animadinha e como sempre lutando para viver, sobreviver à sua grave doença e à
sua idade que já era muito elevada.
Ela deixa a gente com saudades mas com alívio também de saber que
descansou.
Bibi virou uma estrelinha! ️️
Fatmato
Schabib Hany
Bom dia Schabibinho e família, a Bibi foi se encontrar com os familiares
dela, agora a família está completa e feliz, assim penso. Abcs a todos e até
amanhã.
Masao
Uetanabaro
Em
busca da Mel...
Bibi se encantou numa manhã de
domingo, 24 de abril, em busca da Mel, sua irmãzinha e parceira de uma vida
inteira. Determinação, resistência, dignidade e luta são sua marca, seu legado,
além da meiguice, do poder de sedução e da baita saudade com a qual a partir de
agora haveremos de conviver...
Depois de resistir estoica e caninamente a um
tumor insaciável na garganta que a foi consumindo sem piedade, Bibi -- a eterna
e terna irmã da Mel -- se despediu, às 8 horas da manhã de domingo, 24 de
abril, para sair em busca de sua irmã e parceira de vida. Ou, melhor, nos
dizeres da Mana Waded e do Cunhado Masao, foi se encontrar com toda a sua
família canina (“a mãe Tictac, o pai Léo e os irmãos Nina, Petrórius, Samurai e
os quatro outros lindos irmãozinhos que a cegonha natureza deixou aqui na Terra
em 30 de janeiro de 2006”, nas emocionadas e emocionantes palavras da Waded).
As Manas Janan e Fatmato, por seu turno, entendem
que Bibi virou estrela. Vamos, pois, olhar para o firmamento e ver a mais
cintilante das estrelas e constelações e lhe enviar nossas saudações, nossa
gratidão, nossos cumprimentos, nossa torcida. Jornada linda a sua, pelo tanto
que nos deixou. Seu legado -- ah, esse legado! -- é magnânimo e imenso.
Não é que aquela cachorrinha, de aparência
franzina na infância e juventude, nos deu inesquecíveis lições de vida? Sem
dúvida, a maior delas foi a dignidade, resistência e luta com que enfrentou uma
doença insaciável, que todo dia ‘aprontava’ uma com a incansável Bibi. Quando
parecia ter vencido uma difícil ‘provação’, vinha mais um duro sintoma, uma
tenaz manifestação da nefasta moléstia, cada vez mais ávida e arrasadora.
Nem por isso, Bibi perdeu a meiguice e o poder de
sedução. O que fazia o Masao resistir ao lado dela, sem cogitar de qualquer hipótese
de recorrer à eutanásia. Porque ela, do alto de sua sensciência (a consciência
dos animais arrogantemente classificados pelo ser humano como “irracionais”),
dava demonstrações inequívocas de determinação, querer viver e resistir condignamente.
Tanto que fitava os olhos, altivamente, de seu tutor e de todas as pessoas com
quem ela interagia, sempre com meiguice e -- por que não? – traquinagem, quando
era o caso.
Enquanto vemos seres humanos sendo ‘abduzidos’
pelas doenças do século, desistindo da Vida, se entregando às drogas, ao álcool
e a outras formas de submissão (inclusive ao fanatismo religioso, talvez o
maior dos vícios da contemporaneidade), Bibi sabiamente é prova viva de
superação, determinação, resistência e dignidade. Talvez uma de suas missões em
sua longa, ou melhor, longeva jornada, de mais de 16 anos (dois dos quais
vividos sem a parceria de sua irmãzinha Mel). Afinal, eu mesmo, nestas idas e
vindas para cursar o que decidi cursar, me peguei tomado pelo cansaço, mas ao vê-la,
do meu lado, com o brilho nos olhos, retomei o fôlego e criei vergonha na
cara...
Semana passada, como quem
estivesse sabendo que era chegado o fim de sua infindável e extenuante luta,
nos dias que generosamente Masao me concede hospitalidade, Bibi me fitara os
olhos como a dizer que estava de “malas prontas” rumo à eternidade. Tanto na
hora da reunião de Família para comemorar o aniversário da Mana Wadia como na
atropelada hora de ir para a rodoviária, de volta para Corumbá, seu meigo e sedutor
olhar, cheio de ternura, tinha um quê a mais, que só agora o compreendemos. E
depois nos pretendemos “racionais”, “seres superiores”...
Mel e Bibi. Bibi e Mel. Parceiras de uma vida
inteira. Durante o tempo em que Mel viveu, a Bibi, sábia e generosamente, lhe deu
a liderança, desde tenra infância. Mel era a líder e responsável por todas as
iniciativas, cabendo à guerreira Bibi o papel de coadjuvante. Até parece que
ela sabia que sua jornada era mais longa, de modo que permitiu que sua maninha
querida, enquanto vivesse, tivesse para si toda a liderança e protagonismo. Não
era de disputar absolutamente nada (só com sua gata rival, a Gorda, longeva
como ela), a ponto de pensarmos que fosse submissa, ou até dependente da irmã
de saga e ofício na missão de vida canina para ninguém botar defeito.
Como não pretendo disputar com seu tutor qualquer
homenagem à única, eterna e terna Bibi -- porque algo me diz que veremos lindas
e reveladoras memórias de sua lavra --, ponho um ponto final, com um até
sempre. Com muita saudade e carinho.
Ahmad
Schabib Hany
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