domingo, 24 de abril de 2022

BYE, BYE, BIBI...

Bye, Bye, Bibi...

Já descansei! Fui me encontrar com a Mel, minha maninha de todas as horas, minha mamãe Tictac, a Nina, o Pretórius, o Samurai e meus outros quatro lindos maninhos que a cegonha natureza nos deixou aqui na terra em 30/01/2005. A ancestralidade me requisitou que abandonasse aquele corpo. Ele estava perecendo… não tinha domínio mais sobre ele. Agora, sou um anjo. Anjinho da Fatinha 😇. Devo a ela a minha sobrevida neste plano! Ela me deixava feliz 🥰. O melhor de tudo, é que o meu tutor Massao foi massa, ABRIU sua casa, dia e noite, noite e dia, para me resguardar… Fui muito amada. Aqui deixo meus últimos registros, foram de ontem…. Minha vó Waded me amava muito e rezava por mim… beijos, até…😘

 

PS: Em 30/01/2006. Esqueci de lembrar do paizão maravilhoso do Léo ♥️

 

Agora sou luz, Sofia. São os desígnios da vida 🥰😍😘♥️🌷🙏

 

Waded Schabib Hany

 

Que pena😭

 

Sofia Galeano Schabib

 

Bom dia. Virou estrelinha a Bibi.

Janan Schabib Hany

 

Um ser em evolução,  que deixou muitas lições e partiu. ❤️

Solange Gomes Galeano

 

Hoje às 8h da manhã a Bibi fez sua passagem! Mas ontem ela estava assim, animadinha e como sempre lutando para viver, sobreviver à sua grave doença e à sua idade que já era muito elevada.

Ela deixa a gente com saudades mas com alívio também de saber que descansou.

Bibi virou uma estrelinha! 🦮⭐⭐💫🌟🌥

Fatmato Schabib Hany

 

Bom dia Schabibinho e família, a Bibi foi se encontrar com os familiares dela, agora a família está completa e feliz, assim penso. Abcs a todos e até amanhã.

Masao Uetanabaro

 

 

Em busca da Mel...

Bibi se encantou numa manhã de domingo, 24 de abril, em busca da Mel, sua irmãzinha e parceira de uma vida inteira. Determinação, resistência, dignidade e luta são sua marca, seu legado, além da meiguice, do poder de sedução e da baita saudade com a qual a partir de agora haveremos de conviver...

Depois de resistir estoica e caninamente a um tumor insaciável na garganta que a foi consumindo sem piedade, Bibi -- a eterna e terna irmã da Mel -- se despediu, às 8 horas da manhã de domingo, 24 de abril, para sair em busca de sua irmã e parceira de vida. Ou, melhor, nos dizeres da Mana Waded e do Cunhado Masao, foi se encontrar com toda a sua família canina (“a mãe Tictac, o pai Léo e os irmãos Nina, Petrórius, Samurai e os quatro outros lindos irmãozinhos que a cegonha natureza deixou aqui na Terra em 30 de janeiro de 2006”, nas emocionadas e emocionantes palavras da Waded).

As Manas Janan e Fatmato, por seu turno, entendem que Bibi virou estrela. Vamos, pois, olhar para o firmamento e ver a mais cintilante das estrelas e constelações e lhe enviar nossas saudações, nossa gratidão, nossos cumprimentos, nossa torcida. Jornada linda a sua, pelo tanto que nos deixou. Seu legado -- ah, esse legado! -- é magnânimo e imenso.

Não é que aquela cachorrinha, de aparência franzina na infância e juventude, nos deu inesquecíveis lições de vida? Sem dúvida, a maior delas foi a dignidade, resistência e luta com que enfrentou uma doença insaciável, que todo dia ‘aprontava’ uma com a incansável Bibi. Quando parecia ter vencido uma difícil ‘provação’, vinha mais um duro sintoma, uma tenaz manifestação da nefasta moléstia, cada vez mais ávida e arrasadora.

Nem por isso, Bibi perdeu a meiguice e o poder de sedução. O que fazia o Masao resistir ao lado dela, sem cogitar de qualquer hipótese de recorrer à eutanásia. Porque ela, do alto de sua sensciência (a consciência dos animais arrogantemente classificados pelo ser humano como “irracionais”), dava demonstrações inequívocas de determinação, querer viver e resistir condignamente. Tanto que fitava os olhos, altivamente, de seu tutor e de todas as pessoas com quem ela interagia, sempre com meiguice e -- por que não? – traquinagem, quando era o caso.

Enquanto vemos seres humanos sendo ‘abduzidos’ pelas doenças do século, desistindo da Vida, se entregando às drogas, ao álcool e a outras formas de submissão (inclusive ao fanatismo religioso, talvez o maior dos vícios da contemporaneidade), Bibi sabiamente é prova viva de superação, determinação, resistência e dignidade. Talvez uma de suas missões em sua longa, ou melhor, longeva jornada, de mais de 16 anos (dois dos quais vividos sem a parceria de sua irmãzinha Mel). Afinal, eu mesmo, nestas idas e vindas para cursar o que decidi cursar, me peguei tomado pelo cansaço, mas ao vê-la, do meu lado, com o brilho nos olhos, retomei o fôlego e criei vergonha na cara...

Semana passada, como quem estivesse sabendo que era chegado o fim de sua infindável e extenuante luta, nos dias que generosamente Masao me concede hospitalidade, Bibi me fitara os olhos como a dizer que estava de “malas prontas” rumo à eternidade. Tanto na hora da reunião de Família para comemorar o aniversário da Mana Wadia como na atropelada hora de ir para a rodoviária, de volta para Corumbá, seu meigo e sedutor olhar, cheio de ternura, tinha um quê a mais, que só agora o compreendemos. E depois nos pretendemos “racionais”, “seres superiores”...

Mel e Bibi. Bibi e Mel. Parceiras de uma vida inteira. Durante o tempo em que Mel viveu, a Bibi, sábia e generosamente, lhe deu a liderança, desde tenra infância. Mel era a líder e responsável por todas as iniciativas, cabendo à guerreira Bibi o papel de coadjuvante. Até parece que ela sabia que sua jornada era mais longa, de modo que permitiu que sua maninha querida, enquanto vivesse, tivesse para si toda a liderança e protagonismo. Não era de disputar absolutamente nada (só com sua gata rival, a Gorda, longeva como ela), a ponto de pensarmos que fosse submissa, ou até dependente da irmã de saga e ofício na missão de vida canina para ninguém botar defeito.

Como não pretendo disputar com seu tutor qualquer homenagem à única, eterna e terna Bibi -- porque algo me diz que veremos lindas e reveladoras memórias de sua lavra --, ponho um ponto final, com um até sempre. Com muita saudade e carinho.

Ahmad Schabib Hany

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