Comunidade palestina e entidades promovem ato de
desagravo ao Povo Palestino em Corumbá
Ato de
desagravo ao Povo Palestino está previsto para o dia 18 de outubro, às 16
horas, no centro de Corumbá
Com o apoio de
diversas entidades, a Sociedade Árabe-Palestino-Brasileira de Corumbá
realizará, quarta-feira, às 16 horas, ato de desagravo ao Povo Palestino. Uma
caminhada e concentração na esquina das ruas Delamare e Frei Mariano, no centro
do coração do Pantanal e da América do Sul, marcarão a manifestação de
solidariedade ao povo milenar, cuja resistência -- desumanizada pela propaganda
de potências mundiais, que enviam bilhões de dólares todos os anos a Israel --
tem sido marcada por sucessivos massacres, como de Jerusalém, em 2021;
Gaza, 2005; Sabra e Chatila, 1982, e de Deir Yassin, em 1948, sem qualquer
reparação à nação palestina, sobretudo às crianças e jovens inocentes e
indefesos.
A cobertura
parcial e manipulada da grande mídia internacional insiste na agressão moral à
dignidade e à existência do Povo Palestino. Causa indignação reduzir a ‘ato terrorista’
uma legítima e insurgente contraofensiva da resistência palestina, ocorrida em
mais de 40 anos de opressão, tortura, invasões,
prisões ilegais (inclusive de crianças e adolescentes), contínuas ameaças de
extermínio por ‘limpeza étnica’.
Diversos
governos progressistas de países soberanos estão sendo pressionados pelo
poderoso lobby sionista internacional para aparentar uma condenação unânime
pelo concerto das nações ao humilhado e confinado Povo Palestino. Mas a empatia
e a solidariedade internacional, feitas pela sociedade civil livre, espontânea
e corajosamente em todos os continentes, inclusive Estados Unidos, União
Europeia e Grã-Bretanha, que não conseguem sufocar nem impedir essas
manifestações.
A
Palestina e seu governo não existem desde 1948, mas agora as mesmas potências
que armam Israel querem processar um estado que fizeram desaparecer (sequer tem
unidade territorial) em tribunal penal internacional. Israel está acima das
leis internacionais?
Acompanhado de
uma nota em que destaca o ato de reparação à dignidade do Povo Palestino e sua
legítima resistência ao longo de 75 anos de constante ameaça de extermínio, guerras
de terra arrasada, total desproporção de aviões militares, tanques de guerra e
alta tecnologia a serviço da morte pelo governo sionista de Israel, os
representantes das entidades organizadoras deste ato de desagravo ao Povo
Palestino convidam a todos para se somar a este ato de defesa da dignidade e
contra o extermínio do Povo Palestino.
NOTA / ATO DE DESAGRAVO AO POVO PALESTINO
Diante da
sórdida campanha de difamação contra a Resistência Palestina em seu legítimo
direito de defesa e pela sobrevivência da população indefesa, agredida, humilhada
e confinada na Faixa de Gaza, Cisjordânia e Jerusalém, sob constante ameaça de
extermínio e limpeza étnica, a Sociedade Árabe Palestino-Brasileira de Corumbá,
o Comitê 29 de Novembro de Solidariedade ao Povo Palestino, o Observatório de
Cidadania e Direitos Humanos, a Organização de Cidadania, Cultura e Ambiente
(OCCA) e demais entidades abaixo relacionadas, irmanadas na solidariedade e em
apoio à dignidade e defesa da existência do Povo Palestino, vêm esclarecer o
que segue:
1)
A grande mídia internacional vem cobrindo, de modo parcial e manipulado, os
fatos trágicos e criminosos que ocorrem nos territórios da Palestina milenar,
ocupados, invadidos, colonizados, há décadas pelo Estado de Israel, e sem dar o
devido direito e nas mesmas proporções aos milhões de seres humanos confinados,
agredidos, humilhados, oprimidos e ultrajados até em sua dignidade humana, como
em campos de extermínio nazistas, como na Faixa de Gaza, onde vivem há mais de
16 anos em condições sub-humanas mais de DOIS MILHÕES DE PESSOAS, sem direito
de circular, viver livremente, estudar, trabalhar e sonhar.
2)
Não há qualquer proporção, simetria, equilíbrio, entre as poderosas armas do
exército de ocupação de Israel, onde todo habitante em idade adulta é soldado,
seja reservista ou da ativa, e que pode tudo, sob a cumplicidade das potências
mundiais, que enviam bilhões de dólares para defender os invasores. Não é “confronto”,
é GENOCÍDIO contra a população palestina: como pode haver “guerra”, “conflito”,
entre as forças armadas de Israel e alguns combatentes palestinos, martirizados
todos os dias, desde 1948?
3)
A população da Palestina há meses vem sendo submetida (na verdade, há pelo
menos 75 anos) a toda forma de opressão, tortura, prisões ilegais, ultraje,
agressões, confinamento, humilhações, expulsão e destruição de suas casas, por
um dos mais poderosos exércitos do mundo e o apoio declarado das maiores
potências mundiais, sem sofrer qualquer sanção, advertência, nem por razões
humanitárias, nem pelas Resoluções da Organização das Nações Unidas (ONU) de
1948, 1967, 1973, 1982 e acordos internacionais, como o de Camp David (1976) e
Oslo (1988), QUE NUNCA FORAM CUMPRIDOS POR ISRAEL.
4)
Os massacres à população indefesa da Palestina (porque não tem direito sequer
de ter um facão dentro de casa, quanto mais uma arma) se sucedem de modo desumano,
e sem qualquer condenação pelos tribunais penais internacionais: desde Deir
Yassin (1948), Sabra e Chatila (1982), Gaza (2005), Jerusalém (2021, durante a
pandemia de covid-19) ocorrem sistematicamente massacres para fazer o que se
chama de LIMPEZA ÉTNICA, EXTERMÍNIO, ou guerra de terra arrasada, flagrante
crime previsto nas Convenções internacionais, inclusive da ONU. Alguém, em nome
da humanidade, tem feito algo? A mídia internacional denuncia? Os governos das
potências condenam?
5)
É preciso esclarecer, informar corretamente, fazer um ATO DE DESAGRAVO À
RESISTÊNCIA PALESTINA para que não se cometam mais crimes, além do bárbaro
genocídio ocorrido em pleno século XXI. A Palestina deu à humanidade, durante
milênios, suas oliveiras, suas terras férteis, sua cultura, sua arte, sua
culinária, sua generosidade, sua empatia e fé, seu futuro. Não é justo que,
além de privar seu povo de seu próprio território e sua existência, agora
queiram lhe usurpar a dignidade, a verdade e seu legítimo direito de se
defender como pode.
A
PAZ MUNDIAL COMEÇA NA PALESTINA!
Corumbá (MS),
10 de outubro de 2023.
Sociedade
Árabe-Palestino-Brasileira de Corumbá
Comitê
29 de Novembro de Solidariedade ao Povo Palestino
Observatório
de Cidadania e Direitos Humanos
Organização de
Cidadania, Cultura e Ambiente
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