Alerta máximo
A execução do dirigente petista de Foz do Iguaçu
(PR), Marcelo Arruda, na sua festa de aniversário de 50 anos, escancara o
alerta máximo para acionar TOLERÂNCIA ZERO com as hordas fascistas. As forças
democráticas não podem pôr no mesmo nível as lideranças populares às dos
facínoras teleguiados pelos viúvos da ditadura: é hora de ocupar as ruas e
todos os espaços públicos na defesa intransigente do Estado Democrático de
Direito e de levar às barras dos tribunais TODOS os que instigam a intolerância,
sobretudo pelos canais clandestinos cujas mensagens têm sido vazadas.
Que o desespero da prole e dos agregados do
inominável já transbordou seus microcéfalos ocos, isso não é mais novidade. No
entanto, o sangue de Marcelo Arruda derramado em Foz de Iguaçu (PR) não pode
permanecer impune. Que, a rigor, os pseudodemocratas que se passam por
centristas ficam a pôr no mesmo nível vítima e algoz, quando quatro anos atrás
estavam em conluio fazendo paródia com as hordas mefistofélicas que hoje ocupam
o Planalto e de lá só sairão à força, como cada vez mais está claro.
Em vez de trabalhar, justificar os polpudos
salários que auferem -- ou que fosse pelo falso patriotismo e falso moralismo
--, ficam a proliferar e instigar o que as pessoas têm de pior em seu âmago. E
o objetivo é claro: levar o medo, o pânico, o terror, como seus ídolos fizeram
em Berlim, Roma, Lisboa, Madri, Assunção, Santiago, La Paz e Buenos Aires. A
sua cartilha, batizada de Orvil (‘Livro’ às avessas), difundida nesses canais clandestinos,
próprios dos covardes com DNA, não ensina: deforma, deturpa, entorpece. É assim
como pretendem estuprar a Democracia, essa conquista sacrificada que o Povo
levou 21 anos para revigorar, revitalizar, no coração do Brasil.
TOLERÂNCIA ZERO. Fascista não conhece outra voz de
comando que não seja a pressão e, obviamente, a prisão. Borram-se totalmente
quando se os chama à altura. Nunca respeitaram, e não respeitam o Estado
Democrático de Direito. Seu perjúrio é parte de seu cínico proceder. Fingem que
juram defender a Constituição, mas seus atos são claros e nítidos. Não creem,
com sinceridade, na Democracia; não são seguidores dos valores democráticos e
civilizatórios; não são sinceramente cristãos -- usam as igrejas do mesmo jeito
que se servem das roupas, só aparências. É o que a História registrou desde os
trágicos tempos de Hitler, Mussolini, Salazar, Franco, Stroessner, Pinochet,
Banzer e Videla.
Causa indignação a atitude abjeta do maior salário
da República, que atentou mais uma vez contra os mais comezinhos gestos de
empatia e solidariedade: ousou usar de modo repugnante sua condição de
dignitário para ultrajar a dignidade da família de Marcelo Arruda que, como
toda família brasileira, tem entre seus membros ‘gregos e baianos’, isto é,
pessoas simpatizantes de todas as correntes políticas existentes na atualidade.
A canalhice, no entanto, é que, ao gravar a fala com irmãos da vítima de um
fanático seu seguidor, agredindo a memória do falecido, não expressando
qualquer solidariedade e fazendo juízo de valores inclusive sobre o ato de
defesa da vítima, que interveio para poupar que fosse maior o número de vítimas
fatais.
Além de insuflar fanáticos de todo tipo, esse
indivíduo, evidentemente despreparado e desesperado, vive a justificar sua
desqualificação sem respeitar a dor e o sofrimento das vítimas de suas hordas,
e é incapaz de esboçar qualquer gesto de humildade, razão pela qual sua
popularidade vive a ‘descer a ladeira’. Ou melhor, ‘descer a rampa’. Ou muda
seu comportamento bizarro, ou terá que mudar de endereço, pois tanta desfaçatez
não encontra ressonância na maioria da população deste país-continente. Um povo
acolhedor e generoso, hospitaleiro e laborioso, cujo maior ‘pecado’ é confiar
demais em quem não merece.
O fato é que os principais dirigentes das
instituições do Estado Democrático de Direito são unânimes na defesa da
normalidade democrática. Mas tudo isso não sensibilizou nem arrefeceu a soberba
da besta-fera que exala enxofre e vive a esnobar seu conchavo com o peçonhento
lá debaixo. Porque desde sempre ele é um serviçal mefistofélico. Outra não é a
sua missão que não levar a dor, o luto e a desdita aos mais recônditos espaços
do país que acolheu seus ancestrais quando refugiados das tragédias europeias,
mas por cujo povo jamais soube guardar gratidão.
Passou da hora de ocupar as ruas, os espaços
públicos, para levar essa indignação, esse grito contido, contra essa escalada
de violência planejada, calculada. ‘Motociatas’, não: são mAtoqueiros em
treinamento, prontos para aterrorizar a população. ‘Drones com estrume’, não: no
momento que eles julgarem apropriado, serão, sim, drones com armas e gases
letais. Não serão armas de CAC (caçadores, atiradores e colecionadores), mas de
milicianos adestrados para levar o pânico e a submissão, como fazem com as
favelas no Rio de Janeiro, e para livrá-los de qualquer punição, estarão os
boletins de ocorrência à torta e à direita, formalizando furtos e roubos
programados.
Ou a sociedade civil dá o basta já, ou as hordas
assassinas se assanham ainda mais. Até porque elas desconhecem a História e
atropelam sua própria sina. Só que a escória tende a retornar ao lugar de onde
jamais deveriam ter saído. E voltarão, mais dia, menos dia. O lixo da História
as espera, com a mesma avidez, a mesma cobiça, que elas têm pelo ‘poder’, por
algo que só existe na cabeça de seus ‘líderes’, porque há mais de trinta anos
tudo isso foi para o mesmo passado que levou as suas perversidades inomináveis.
Ahmad Schabib Hany
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