SOBRE A MAIS RECENTE MÚSICA DO DARY JR.
“É PRECISO TER CORAGEM...”
Lembram-se de um jovem repórter que, com coragem e desenvoltura, ancorou a campanha de Manoel Bronze, do PT, ao governo de MS em 1990, quando as eleições, durante o primeiro ano de (des)governo Collor, se polarizaram entre Pedrossian (PTB) e Gandhi Jamil (PDT)?
Pois é, ele, Dary Jr., era uma grande promessa para o Jornalismo (com letra maiúscula) em MS, mas as oligarquias que se apossaram dos meios de comunicação lhe fecharam as portas depois que ele, além de ancorar o programa eleitoral, compôs e interpretou a belíssima letra, por sinal, muito parecida à de Zeca em 1998.
Se os seus desafetos acharam que isso o faria desistir de suas convicções ou de seu ofício de Jornalista de verdade, ao contrário, acabaram fazendo-lhe um grande favor, pois brilhou, fora do estado criado pela ditadura, no jornalismo da Vênus Platinada (por uma questão de sobrevivência) e chegou até editar um programa sobre cultura e arte na TV Justiça, em Brasília.
Mas o que ele sempre gostou de fazer é música, e de alto nível. Ainda em sua Corumbá, nos anos 1980, ele criou a banda de rock com o sugestivo nome de "Carestia em ascensão"; em Curitiba, no início dos anos 2000, a "Terminal Guadalupe", e por aí foi peregrinando pelas artes, e hoje nos presenteia com esta pérola:
Gostei! O Dary é um gênio...
É uma pena que o chamado "mer(d)cado" fonográfico esteja ainda mais contaminado pela mediocridade negacionista que nos tempos da (mal)ditadura! Com todo o devido respeito à identidade extraordinária dele, mas a genialidade é comparável à do Cazuza em seus melhores momentos...
Não sou, nunca fui nem pretendo ser crítico musical. Entendo que isso seja para quem nasceu com o dom compor e interpretar. Mas como, digamos, apreciador exigente de música, me dou o direito de emitir minha modesta e despretensiosa opinião. Ainda que incomode com isso os ‘doutos’ do mer(d)cado...
Trago, porém, dois comentários com muita propriedade de Amigos-Companheiros-Camaradas que têm bastante familiaridade com a música, que são, respectivamente, os Professores Alberto Feiden e Moacir Lacerda, que além da sensibilidade artística têm a percepção crítica e, sobretudo, o compromisso com a ciência:
“Incorporou uma batida bem típica do rock curitibano do movimento Som do Sul dos anos 80 do século passado.”
“Muita boa em tudo: música, letra e execução; estilo bem bacana. Contempla as velhas e novas gerações...”
E como o artista não vive de brisa, até por conta dos custos de gravação (que não são baratos), deixo aqui as plataformas digitais, por cuja execução se espalham as canções e podem dar algum retorno financeiro ao artista para custear as despesas de gravação: <https://tratore.ffm.to/eprecisocoragem>.
Obviamente, sensível à situação da maioria do povo brasileiro e que não tem condições de assinar alguma plataforma digital, ele deixou um link no YouTube para os milhões de trabalhadores/as brasileiros/as que são amantes das músicas de qualidade e que hoje estão fartos da ditadura do jabaculê das grandes gravadoras: <https://youtu.be/Kqj6AQ0ZvRo>.
“É preciso ter coragem...”
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