domingo, 19 de maio de 2019

QUEM, AFINAL, É “IDIOTA ÚTIL”? E IDIOTA INÚTIL, QUEM É?


QUEM, AFINAL, É “IDIOTA ÚTIL”?
E IDIOTA INÚTIL, QUEM É?

Exatos cento e trinta e cinco dias posteriores à posse do ajuntamento de seres bizarros, recalcados, de proceder anacrônico e que dizem ter constituído um autoproclamado (des)governo “patriota” e “de cristãos”, a soberba de um recém-nomeado sinistro da deseducação -- como sempre, imediatamente respaldada pelo ex-capitão que acordou presidente --, vemos a população brasileira retomar a indignação neste dia 15 de maio, depois de algum tempo de letargia inexplicável.

Ao ver centenas de milhares, senão milhões, de cidadãos altivos tomados de indignação pelos absurdos insultos e cortes de verbas para a Educação -- com o evidente (des)propósito de chantagear parlamentares para votar por um absurdo e criminoso projeto de desmonte da Previdência Social --, o imprevisível e camaleônico “mito” mefistofélico proferiu impropérios à altura de sua razoabilidade. Não é que, para aquele ser nostálgico da ditadura e cultor de torturadores, quem manifesta sua contrariedade em plena luz do dia e com urbanidade, altivez e cidadania não passa de (sic) “idiota útil” e “imbecil”? E, pior, quebrando pela enésima vez o decoro imposto pelo cargo mais elevado da República, desafiou os manifestantes a ir “pra cima” dele...

Não fosse suficiente, no dia seguinte, com o maior acinte (já em solo pátrio), ofende com absurda desproporção uma jovem repórter da “Folha de S.Paulo” que lhe perguntara sobre os cortes na Educação, como que ele, como chefe de governo e de Estado pudesse dispor de prerrogativa bizarra, própria de quem, numa função republicana, acredita que pode defecar na frente de todos o que quiser e como quiser. Como bem observou o Jornalista Luiz Taques, do alto de sua experiência de quase quatro décadas no Jornalismo investigativo, com prêmios na área de Direitos Humanos, a passividade dos colegas da repórter moralmente agredida, ou melhor, a falta de solidariedade desses profissionais acabou por endossar um gesto digno de repúdio.

Bastaria que um dos profissionais presentes inquirisse o dignitário destemperado sobre sua formação acadêmica (isto é, se ele tiver) e quais os critérios por ele usados para avaliar a formação dos demais profissionais. Mais ainda: como fazer uma correlação entre a formação militar e a formação acadêmica, até porque a caserna dispõe de outros critérios e mecanismos de avaliação, distantes dos adotados pela academia, independentemente se de origem proletária ou não. Mas com alguém que, como esse ovo da serpente do fascismo priitivo, padece de um narcisismo desmedido e de uma falta de equilíbrio a olho nu, não há como esperar diálogo em nível elevado ou inteligível.

Pobre diabo! Tudo isso execrado diante dos holofotes ávidos da imprensa internacional. Mais uma prova de seu despreparo, de sua falta de estatura moral e política para o exercício de um mandato popular, a despeito de suas quase três décadas de vida parlamentar, em que sua destreza foi escandalizar a todos com impropérios como “você não merece ser estuprada por mim” ou “usava o apartamento funcional para comer gente”. Portanto, não causa qualquer surpresa uma conduta desconexa como essas...

Agora, se nos recordarmos que pessoas de conduta bipolar como as recorrentes desse indivíduo costumam analisar o próximo pelas próprias atitudes, temos diante de nós duas indagações: primeiramente, quem, afinal, tem feito o papel de “idiota útil”? E, por contraponto, “idiota inútil” quem é?

Basta recorrer ao arquivo da mídia hegemônica para resolver essa equação tão rasa quanto o, digamos, “genial” autor do destemperado vaticínio. Antes mesmo de tomar posse, o despreparado confesso para as prerrogativas presidenciais andou exercitando o seu esporte preferido -- de se oferecer às maiores potências de passado colonial para entregar as riquezas do País, e a preço de banana! --, e assim anunciou, mas só depois de ter levado a melhor na disputa presidencial, seu atrelamento incondicional e caudatário à política dos Estados Unidos de Donald Trump e de Israel de Benjamin Netanyahu, ambos autêntica expressão da extrema-direita de seus respectivos países.

E, no devir dos dias, a conta começa a fechar. Sábado, dia 18 de maio -- em que se observam os 43 anos do estupro seguido de morte com requintes de crueldade da eternamente angelical Aracelli Cabrera Sánchez, de 9 aninhos, por (sic) “filhos bem nascidos” de próceres do regime de 1964, como Paulo Helal, Alfredinho Buzaid e Euriquinho Rezende (filhos de ninguém menos que de dois ex-ministros capixabas do sanguinário general-presidente Emilio Garrastazu Médici), cujo denunciante, o Jornalista José Louzeiro, foi o único preso, por ter driblado a nefasta censura para publicar o livro-denúncia, intitulado “Aracelli, meu amor” --, duas notícias surpreendem o mundo: países europeus expulsam executivos de empresas israelenses especializadas em manipular eleições e a rede social Facebook fecha contas de empresas israelenses especializadas em disseminar “fake news” principalmente na América Latina.

Coincidência? Jamais! Essa família de canalhas desequilibrados apoiadores de milicianos e impostores de bispos malditos vendeu o Brasil, via Olavo de Carvalho, Steve Bannon e John Balton, para seus assemelhados dos Estados Unidos e Israel, que colocaram empresas especializadas a serviço dessa estratégia criminosa e flagrantemente antidemocrática, replicada na Argentina, Honduras e Colômbia. Daí por que esses, nas palavras peçonhentas do “patriarca” dessa dinarquia, “imbecis” são simplesmente “idiotas inúteis” transformados pelos agentes do império em “idiotas úteis”, fantoches, para conseguir saciar os seus nefastos interesses, inconfessáveis como eles mesmos...

Portanto, é hora de o povo voltar às ruas, sim, e sem medo. Não foi o próprio fantoche-mor que desafiou a cidadania a ir pra cima dele? O fascismo, quando não esmagado sem dó na origem, tem que ser enfrentado com altivez e coragem, até porque seus covardes seguidores só agem de tocaia, à sorrelfa, como agiram com a eterna guerreira Marielle Franco e tantos outros combatentes do amor e da solidariedade. Esses canalhas não atingirão seus malditos objetivos, jamais, porque há um povo altivo e verdadeiramente patriota -- não de patrioteiros ou patriotários -- que luta pela soberania de sua nação. Viva o Povo Brasileiro!

Ahmad Schabib Hany

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