QUEM, AFINAL, É “IDIOTA ÚTIL”?
E IDIOTA INÚTIL, QUEM É?
Exatos
cento e trinta e cinco dias posteriores à posse do ajuntamento de seres
bizarros, recalcados, de proceder anacrônico e que dizem ter constituído um
autoproclamado (des)governo “patriota” e “de cristãos”, a soberba de um
recém-nomeado sinistro da deseducação -- como sempre, imediatamente respaldada
pelo ex-capitão que acordou presidente --, vemos a população brasileira retomar
a indignação neste dia 15 de maio, depois de algum tempo de letargia
inexplicável.
Ao
ver centenas de milhares, senão milhões, de cidadãos altivos tomados de
indignação pelos absurdos insultos e cortes de verbas para a Educação -- com o
evidente (des)propósito de chantagear parlamentares para votar por um absurdo e
criminoso projeto de desmonte da Previdência Social --, o imprevisível e
camaleônico “mito” mefistofélico proferiu impropérios à altura de sua
razoabilidade. Não é que, para aquele ser nostálgico da ditadura e cultor de
torturadores, quem manifesta sua contrariedade em plena luz do dia e com
urbanidade, altivez e cidadania não passa de (sic) “idiota útil” e “imbecil”? E, pior, quebrando pela enésima vez
o decoro imposto pelo cargo mais elevado da República, desafiou os
manifestantes a ir “pra cima” dele...
Não
fosse suficiente, no dia seguinte, com o maior acinte (já em solo pátrio), ofende
com absurda desproporção uma jovem repórter da “Folha de S.Paulo” que lhe
perguntara sobre os cortes na Educação, como que ele, como chefe de governo e
de Estado pudesse dispor de prerrogativa bizarra, própria de quem, numa função
republicana, acredita que pode defecar na frente de todos o que quiser e como
quiser. Como bem observou o Jornalista Luiz Taques, do alto de sua experiência
de quase quatro décadas no Jornalismo investigativo, com prêmios na área de
Direitos Humanos, a passividade dos colegas da repórter moralmente agredida, ou
melhor, a falta de solidariedade desses profissionais acabou por endossar um
gesto digno de repúdio.
Bastaria
que um dos profissionais presentes inquirisse o dignitário destemperado sobre
sua formação acadêmica (isto é, se ele tiver) e quais os critérios por ele
usados para avaliar a formação dos demais profissionais. Mais ainda: como fazer
uma correlação entre a formação militar e a formação acadêmica, até porque a
caserna dispõe de outros critérios e mecanismos de avaliação, distantes dos adotados
pela academia, independentemente se de origem proletária ou não. Mas com alguém
que, como esse ovo da serpente do fascismo priitivo, padece de um narcisismo
desmedido e de uma falta de equilíbrio a olho nu, não há como esperar diálogo
em nível elevado ou inteligível.
Pobre
diabo! Tudo isso execrado diante dos holofotes ávidos da imprensa
internacional. Mais uma prova de seu despreparo, de sua falta de estatura moral
e política para o exercício de um mandato popular, a despeito de suas quase
três décadas de vida parlamentar, em que sua destreza foi escandalizar a todos
com impropérios como “você não merece ser estuprada por mim” ou “usava o apartamento
funcional para comer gente”. Portanto, não causa qualquer surpresa uma conduta
desconexa como essas...
Agora,
se nos recordarmos que pessoas de conduta bipolar como as recorrentes desse
indivíduo costumam analisar o próximo pelas próprias atitudes, temos diante de
nós duas indagações: primeiramente, quem, afinal, tem feito o papel de “idiota
útil”? E, por contraponto, “idiota inútil” quem é?
Basta
recorrer ao arquivo da mídia hegemônica para resolver essa equação tão rasa
quanto o, digamos, “genial” autor do destemperado vaticínio. Antes mesmo de
tomar posse, o despreparado confesso para as prerrogativas presidenciais andou
exercitando o seu esporte preferido -- de se oferecer às maiores potências de
passado colonial para entregar as riquezas do País, e a preço de banana! --, e
assim anunciou, mas só depois de ter levado a melhor na disputa presidencial,
seu atrelamento incondicional e caudatário à política dos Estados Unidos de
Donald Trump e de Israel de Benjamin Netanyahu, ambos autêntica expressão da
extrema-direita de seus respectivos países.
E,
no devir dos dias, a conta começa a fechar. Sábado, dia 18 de maio -- em que se
observam os 43 anos do estupro seguido de morte com requintes de crueldade da eternamente
angelical Aracelli Cabrera Sánchez, de 9 aninhos, por (sic) “filhos bem nascidos” de próceres do regime de 1964, como
Paulo Helal, Alfredinho Buzaid e Euriquinho Rezende (filhos de ninguém menos
que de dois ex-ministros capixabas do sanguinário general-presidente Emilio
Garrastazu Médici), cujo denunciante, o Jornalista José Louzeiro, foi o único
preso, por ter driblado a nefasta censura para publicar o livro-denúncia,
intitulado “Aracelli, meu amor” --, duas notícias surpreendem o mundo: países europeus
expulsam executivos de empresas israelenses especializadas em manipular
eleições e a rede social Facebook fecha contas de empresas israelenses
especializadas em disseminar “fake news” principalmente na América Latina.
Coincidência?
Jamais! Essa família de canalhas desequilibrados apoiadores de milicianos e
impostores de bispos malditos vendeu o Brasil, via Olavo de Carvalho, Steve
Bannon e John Balton, para seus assemelhados dos Estados Unidos e Israel, que
colocaram empresas especializadas a serviço dessa estratégia criminosa e
flagrantemente antidemocrática, replicada na Argentina, Honduras e Colômbia.
Daí por que esses, nas palavras peçonhentas do “patriarca” dessa dinarquia, “imbecis”
são simplesmente “idiotas inúteis” transformados pelos agentes do império em “idiotas
úteis”, fantoches, para conseguir saciar os seus nefastos interesses,
inconfessáveis como eles mesmos...
Portanto,
é hora de o povo voltar às ruas, sim, e sem medo. Não foi o próprio
fantoche-mor que desafiou a cidadania a ir pra cima dele? O fascismo, quando
não esmagado sem dó na origem, tem que ser enfrentado com altivez e coragem,
até porque seus covardes seguidores só agem de tocaia, à sorrelfa, como agiram
com a eterna guerreira Marielle Franco e tantos outros combatentes do amor e da
solidariedade. Esses canalhas não atingirão seus malditos objetivos, jamais,
porque há um povo altivo e verdadeiramente patriota -- não de patrioteiros ou
patriotários -- que luta pela soberania de sua nação. Viva o Povo Brasileiro!
Ahmad Schabib Hany
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