IMBECILIDADE POUCA É BOBAGEM...
O
mandato presidencial 2019-2022 entrará para a história, sobretudo, pelo
explícito desprezo da sensatez, do equilíbrio e, sobretudo, do convívio
democrático. Como é possível teimar em reincidir na imbecilidade, na bizarrice
e no contubérnio explícito de uma família de idiotas deslumbrados quando um
país-continente como o Brasil vai perdendo credibilidade junto ao concerto das
nações e despencando nos índices duramente atingidos no contexto de um mercado
volátil cuja voragem é de fazer inveja aos abutres mais impiedosos?
O
atual inquilino do Palácio da Alvorada e a maioria de seus sinistros --
encabeçados por Sérgio “Conje” Moro, Abraham “Kafta” Wintraub, Damares
“Frozzen” Alves, Ernesto “Ocde” Araújo e Paulo “Pinochet” Guedes -- são pródigos
na curiosa “arte” do absurdo (por favor, não confundir com o teatro do absurdo,
dignamente criado e desenvolvido, em plena resistência contra o regime de 1964,
pelo eterno e terno dramaturgo brasileiro Augusto Boal, de saudosa memória), e
passam a maior parte de seu tempo em controvérsias desnecessárias, para saciar
a sede do titular que os nomeou como que quisesse replicar o fantoche encarnado
em sua própria essência mal resolvida.
Que
o capitão que foi sem nunca ter sido jamais serviu de referência de sensatez e
equilíbrio fosse na caserna ou no Parlamento, isso sempre foi uma unanimidade
entre os analistas políticos. Convenhamos, entretanto, que, tendo tido a sorte
de ganhar uma eleição disputadíssima sem nenhum esforço pessoal -- afinal, não
participou de debates que pudessem ter avaliado sua capacidade de enfrentar
desafios e de mostrar ao eleitor seu equilíbrio, ou melhor, a falta de
equilíbrio --, poderia se dar ao luxo de dar o melhor de si, até para provar
que até ele pode evoluir e ser digno de credibilidade, opinião que os próprios
filhos demonstram reiteradas vezes não comungar.
Cá
pra nós, momento de vacilo, de idiotice, quem não teve na vida? Creio que até o
genial Albert Eintein deva ter tido. Ser humano que se preste, que tente
acertar, comete erros e mais erros, mas sempre no afã de acertar.
Lamentavelmente, pelo que se depreende das atitudes dos últimos 140 dias de
governo -- digo, de desgoverno --, não é o caso da dinarquia (a pretensa
dinastia que insiste em querer governar, formada pelo núcleo familiar do
ex-capitão que amanheceu eleito sem ter-se dado conta).
Não
dá pra justificar tanta imbecilidade junta, e, pior, cometida coletiva e
simultaneamente. Quando parece quererem engrenar, os membros deste desgoverno,
ajuntamento de avis raras, conseguem
fazer o trem descarrilar sem dozinha ou compaixão, parecendo coisa de inimigo!
Até os membros da oposição se sentiram no dever de dar um “ajutório” diante da
tragédia anunciada, e correm atrás de medidas institucionais que atenuem, senão
evitem, as péssimas repercussões de tanto desatino...
Obviamente,
não tendo havido um fio condutor, uma idéia-força, que unificasse organicamente
tantos “do contra”, tantos exímios “conspiradores”, ficou difícil organizar,
articular, um amontoado de especialistas em (sic) “detonar” tudo para governar
com tirocínio e galhardia... Afinal, quem é o capetão que foi sem nunca ter
sido? Um especialista em disparates nos 27 anos de uma medíocre carreira
parlamentar em que parecia mais um lobo solitário, um ovo da serpente que os
golpistas permitiram que fecundasse e os engolisse graças às articulações dos
filhos igualmente especialistas me conspirações, que procuraram a ajuda de
Olavo de Carvalho, Steve Bannon e John Balton e acabaram vendendo a alma (e o
rico patrimônio brasileiro) para os abutres de Donald Trump e de Benjamin
Netanyahu...
O
problema real é que esse excesso de amadorismo e improviso está custando vidas
humanas para o País e muito caro para o mercado brasileiro, apoiador
incondicional dessa incógnita que se revela perigosíssima para os interesses
nacionais. Daí por que o crescente apoio estratégico ao
general-vice-presidente, Hamilton Mourão, pois não é qualquer um que vira
general e, mais, para ser general com o currículo de Mourão é para
pouquíssimos, essa é a verdade. É por isso, também, os ataques reincidentes dos
filhos do capitão, cada vez mais rasteiros.
Ou
o Brasil para essa aventura suicida, ou a aventura suicida parará o Brasil, mas
com estragos irreversíveis a curto e médio prazo. Se o Povo não continuar a se
manifestar nas ruas contra os sucessivos absurdos propostos, anunciados e
decretados por alguém que jurou respeitar e fazer respeitar a Constituição
Federal, mas o que faz desde que tomou posse é atropelá-la e alterá-la ao gosto
e sabor de seu desvario e de interesses inconfessáveis, atendendo a
compromissos dos que, do exterior, permitiram a um custo inaudito sua eleição.
Porque
o Povo Brasileiro, este sim, merece respeito. Não apenas por ser a maior
riqueza do Brasil, mas porque não há soberania nacional, não há Estado, sem
povo: a História registra várias invasões estrangeiras em nome disso. Por acaso
alguém esqueceu a consigna sionista, de “uma terra sem povo para um povo sem
terra”, de Theodor Herzl e David Ben Gurion? A mesma Israel de Benjamin
Netanyahu e das empresas especializadas em manipular eleições está, por coincidência,
a apoiar o projeto de barbárie preconizado pelos estafetas de Donald Trump, ao
lado da cobiçada Venezuela com as maiores reservas de petróleo e gás natural e
do território em que estão as maiores reservas de água doce do Planeta
(Aquífero Guarani) e os biomas mais cobiçados do mundo (Amazônia, Pantanal,
Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e Chaco). Imbecilidade pouca é bobagem...
Ahmad Schabib Hany
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