Bolsonaro com sarna?
Por Luiz Taques
George W. Bush era presidente dos
Estados Unidos quando, em novembro de 2005, visitou o Brasil.
Bush hoje mora em Dallas, no Texas –
Lula, o presidente que à época o recepcionou, cumpre pena em Curitiba, no
Paraná. Sua condenação é questionada por parcela significativa da população e,
também, pelos mais renomados juristas nacionais e do exterior.
O Brasil de 2019 é presidido por
Jair Bolsonaro.
Dia
desse, ele foi a Dallas, receber homenagem que, geralmente, é concedida a sabujos
estrangeiros domesticados pelos gringos.
Lá chegando, tirou por uns instantes
a coleirinha, estufou o peito feito um capitão exemplar e aí resolveu conhecer
Bush.
Surpreendido pela assessoria que
anunciava a presença de Jair Bolsonaro bem ali na sala de espera, George W.
Bush, a contragosto, atendeu o presidente brasileiro em seu escritório.
O encontro, que não estava agendado,
foi rápido e frio.
Bush havia sido alertado pela
assessoria: esse político é aquele que costuma deixar sarna por onde passa.
Não, não, não: ninguém está chamando
Bolsonaro de cachorro.
Ou de vira-lata sarnento.
Nem disto; muito menos daquilo.
Longe
de entrarmos nessa polêmica.
Pois,
sem coceira ou com coceira provocada pela sarna, vira-lata é animal educado e geralmente
fareja antes o lugar em que irá colocar as patas.
Além
do mais, diferente do vira-lata, Bolsonaro tem raça determinada, apesar de a
grande mídia ainda não tê-la escancarado, para o público brasileiro, com clareza
e precisão – quando muito, a grande mídia faz jornalismo soltando piadinhas
maliciosas a respeito do temperamento explosivo do presidente.
Tampouco,
aqui, se está insinuando que Bolsonaro causa alergia apenas aos petistas.
Não
é esse o propósito.
O propósito é falar da visita de
Bush ao Brasil.
Voltemos a ela.
Naquele ano de 2005, focos de febre
aftosa atingiam algumas áreas de pecuária de Mato Grosso do Sul.
O medo de consumir carne da região
estava no ar.
Mas saiu justamente de lá, do rebanho
bovino do estado de Mato Grosso do Sul, o churrasco que Bush, a convite de
Lula, saboreou na Granja do Torto, em Brasília.
Lula explicou ao colega
norte-americano que aquela carne não estava contaminada.
Bush ficou satisfeito com o
esclarecimento sucinto, porém sincero, porque a CIA já o tinha informado: Lula honrava
o que dizia.
À vontade, Bush até fez questão de
se servir primeiro, tamanha a confiança na palavra empenhada pelo seu anfitrião
brasileiro.
Então, Bush fartou-se de picanha,
costela desossada, alcatra...
Um comentário:
Mais uma vez posso ler e reler com satisfação e alegria a Luiz Taques, para mim só o Luiz Antônio o homem onde habitam o jornalista, o repóter e o ser humano, dignos do meu respeito, admiração e amor.
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