sábado, 18 de maio de 2019

BOLSONARO COM SARNA?


            Bolsonaro com sarna?
                                 Por Luiz Taques
            George W. Bush era presidente dos Estados Unidos quando, em novembro de 2005, visitou o Brasil.       
            Bush hoje mora em Dallas, no Texas – Lula, o presidente que à época o recepcionou, cumpre pena em Curitiba, no Paraná. Sua condenação é questionada por parcela significativa da população e, também, pelos mais renomados juristas nacionais e do exterior.
            O Brasil de 2019 é presidido por Jair Bolsonaro.
            Dia desse, ele foi a Dallas, receber homenagem que, geralmente, é concedida a sabujos estrangeiros domesticados pelos gringos.
            Lá chegando, tirou por uns instantes a coleirinha, estufou o peito feito um capitão exemplar e aí resolveu conhecer Bush.
            Surpreendido pela assessoria que anunciava a presença de Jair Bolsonaro bem ali na sala de espera, George W. Bush, a contragosto, atendeu o presidente brasileiro em seu escritório.
            O encontro, que não estava agendado, foi rápido e frio.
            Bush havia sido alertado pela assessoria: esse político é aquele que costuma deixar sarna por onde passa.  
            Não, não, não: ninguém está chamando Bolsonaro de cachorro.
            Ou de vira-lata sarnento.
            Nem disto; muito menos daquilo.
            Longe de entrarmos nessa polêmica.
            Pois, sem coceira ou com coceira provocada pela sarna, vira-lata é animal educado e geralmente fareja antes o lugar em que irá colocar as patas.
            Além do mais, diferente do vira-lata, Bolsonaro tem raça determinada, apesar de a grande mídia ainda não tê-la escancarado, para o público brasileiro, com clareza e precisão – quando muito, a grande mídia faz jornalismo soltando piadinhas maliciosas a respeito do temperamento explosivo do presidente.
            Tampouco, aqui, se está insinuando que Bolsonaro causa alergia apenas aos petistas.
            Não é esse o propósito.
            O propósito é falar da visita de Bush ao Brasil.
            Voltemos a ela.          
            Naquele ano de 2005, focos de febre aftosa atingiam algumas áreas de pecuária de Mato Grosso do Sul.
            O medo de consumir carne da região estava no ar.
            Mas saiu justamente de lá, do rebanho bovino do estado de Mato Grosso do Sul, o churrasco que Bush, a convite de Lula, saboreou na Granja do Torto, em Brasília.
            Lula explicou ao colega norte-americano que aquela carne não estava contaminada.
            Bush ficou satisfeito com o esclarecimento sucinto, porém sincero, porque a CIA já o tinha informado: Lula honrava o que dizia.
            À vontade, Bush até fez questão de se servir primeiro, tamanha a confiança na palavra empenhada pelo seu anfitrião brasileiro.
            Então, Bush fartou-se de picanha, costela desossada, alcatra...

Um comentário:

Unknown disse...

Mais uma vez posso ler e reler com satisfação e alegria a Luiz Taques, para mim só o Luiz Antônio o homem onde habitam o jornalista, o repóter e o ser humano, dignos do meu respeito, admiração e amor.