O Brasil tem Lula. Lula tem o Brasil.
O País tem jeito. O compromisso é com
o povo, não com as hordas ensandecidas que atentam contra o Estado de Direito.
Como há seis anos não se via, o País
inteiro se tranquilizou depois de assistir à entrevista do líder das pesquisas
de opinião nesta campanha presidencial.
Mais que uma eloquente demonstração
de maturidade e competência política, o candidato que já presidiu o País por
dois mandatos e deixou o cargo com os mais altos níveis de credibilidade comprovou
seu espírito republicano, cujo compromisso é com a sociedade brasileira. E o
mais importante: não é movido a ódio ou rancor, mágoa e recalque, como o atual
titular, excessivamente instável, além de incompetente.
Sem perder de vista que numa
entrevista de televisão o diálogo é com o telespectador, isto é, o público,
começou mostrando que em seus dois mandatos anteriores ele não só estruturou a
Polícia Federal, como lhe deu total autonomia para desenvolver todas as suas
prerrogativas, sem sofrer (aliás, como hoje) as tentativas de ingerência do
maior cargo da República.
Lembrou ainda que, com seu espírito
republicano, não só nomeou o mais votado da lista tríplice elaborada pelos
membros do Ministério Público para a Procuradoria-Geral da República, como
instituiu mecanismos de controle e transparência em nível federal para proteger
os recursos públicos e combater a corrupção, com orçamento garantido, livre de qualquer
toma-lá-dá-cá.
Ao contrário do inominável,
fortaleceu as carreiras de Estado, como a Receita Federal, o COAF, a
Procuradoria-Geral da República, a Advocacia-Geral da União, a Polícia Federal,
o Ministério Público Federal e a Controladoria-Geral. Todas elas com a devida
autonomia e tratamento republicano. Nada de ‘amigos’, pois o Estado precisa se
resguardar desse grande mal, muito instrumentalizado, sobretudo, durante o
regime de 1964, sob o lema de “aos amigos tudo, aos inimigos os rigores da lei”.
Com elegância, soube mostrar que não
guarda qualquer rancor ou mágoa daqueles que o perseguiram e comemoraram, como
nas arenas romanas, durante a pirotécnica cena de sua prisão em Curitiba. Ao se
referir à cambada da Leva Jeito, liderada por um juiz de primeira instância que
posava de heroizinho de patrioteiros que hoje nem se incomodam com o tal ‘orçamento
secreto’ e o ‘segredo de 100 anos’ a atos suspeitos cometidos por serviçais das
hordas antidemocráticas e antinacionais que se julgam acima da lei.
E se há algo inquestionável feito por
esse retirante nordestino galgado pela História ao posto de maior estadista do
século (comparável a Getúlio Vargas e Juscelino Kubitschek no século XX) são as
políticas sociais de reparação, inclusão, promoção e equiparação do ponto de
vista dos mínimos sociais e, sobretudo, de geração de trabalho e renda. Além
disso, a política desenvolvimentista reeditada entre os anos 2003 e 2014 pelos
diferentes governos populares eleitos e reeleitos que consolidaram a soberania
tecnocientífica e industrial brasileira, lamentavelmente ceifada pela quadrilha
da Leva Jeito, a serviço de interesses inconfessáveis, como acabou explicitada
depois que o ‘paladino’ camisa-negra procurou seus amos e senhores na City nova-iorquina.
Até porque, diferentemente de alguns
rançosos senhores de engenho -- outros saudosos da senzala e da ditadura que
auferiram vantagens inestimáveis durante os 13 anos de fartura (desde juros
subsidiados até generosas políticas de financiamento a perder de vista) --, uma
expressiva parcela do agronegócio reconhece que esse estadista já deu provas
sobejas de que faz política com o cérebro (e não o fígado, como o pobre diabo
que tenta desesperadamente tapar o sol com a peneira e recuperar o tempo
perdido em delírios mórbidos entre a soberba e a necrofilia). Tanto Blairo
Maggi quanto Kátia Abreu, gestores setoriais da política agropecuária desse
período, conhecem o céu de brigadeiro com que trabalharam à frente do
Ministério da Agricultura.
E o que dizer, então, de sua
capacidade de convencimento ao chamado pelos idolatras e saudosistas do regime
de 1964 de ‘público interno’? O competentíssimo chanceler Celso Amorim desde há
muito vem aparando arestas e mitigando escaramuças decorrentes da morbidez
estúpida que tomou conta das instituições depois do apagão cerebral tomou conta
do eleitorado e de que desequilibrados vêm instigando as carreiras de Estado,
inclusive as Forças Armadas, a embarcar em uma aventura sabidamente
extemporânea e fadada ao fracasso. Basta ver a palhaçada feita no Capitólio em
6 de janeiro de 2021, da qual o cafajeste trocador de canivetes Trump não sairá
impune.
Em síntese, o Brasil tem Lula. E Lula
tem o Brasil. Bem entendido, o Brasil que ama o próximo (e não ‘arma o próximo’);
o Brasil que madruga, trabalha e dignifica a maior democracia do hemisfério sul
(e não vive das ‘ações entre amigos’ nem das facilidades do tempo da corte); o
Brasil da esperança que venceu o medo, que mitigou o ódio e se sobrepôs ao
recalque secular dos tempos da sociedade escravocrata e genocida. Sim, o Brasil
tem Lula, e Lula tem o Brasil. O estadista que o povo brasileiro revelou para o
mundo à luz de Nelson Mandela, Mahatma Gandhi, Desmond Tutu, Martin Luther King
e Gamal Abdel Nasser.
Ahmad
Schabib Hany
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