quarta-feira, 27 de agosto de 2025

Psicólogos realizam segunda confraternização Ladário - Corumbá

Psicólogos realizam segunda confraternização Ladário - Corumbá

Homenagem póstuma à Psicóloga Maria Aparecida Lopes Batista marca celebração do Dia do Psicólogo com muita emoção na segunda confraternização de profissionais de Ladário e Corumbá.

Em clima de emoção e reconhecimento, psicólogos de Ladário e Corumbá que atuam entre os dois municípios realizaram confraternização pelo segundo ano consecutivo. Ponto alto do encontro, a homenagem póstuma à Psicóloga Maria Aparecida Lopes Batista foi um ato de gratidão à profissional. Cidinha, como era carinhosamente chamada, em 30 anos de atuação em Ladário idealizou e executou um discreto projeto de empoderamento e protagonismo com várias gerações de mulheres que, com seu falecimento, decidiram manter sob a iniciativa delas.

A filha Laísa Lopes Batista, acompanhada de familiares vindos de outras cidades, recebeu do Psicólogo Juvenal Ávila de Oliveira a homenagem, que representa o reconhecimento de sua dedicação pelos colegas e, sobretudo, pela população ladarense, com quem ela conviveu desde sua chegada de São Paulo, quando fez o curso no CEUC/UFMS, tendo decidido com seu esposo, Márcio dos Santos Batista, permanecer em Ladário.

Tadeu Vicente Atagiba, célebre músico corumbaense dos tempos dos festivais, abriu o encontro interpretando duas canções dedicadas à amizade: "Amigo", de Roberto Carlos e Erasmo Carlos, e "Canção da América", de Milton Nascimento e Fernando Brant. Para os idealizadores, mais que a imprescindível valorização do psicólogo, a iniciativa visa estreitar os laços das pessoas que fazem da profissão uma ponte para o resgate da dignidade humana, da cidadania e da qualidade de vida, sobretudo no momento em que a saúde mental precisa ser tratada como política pública.

Na entrada do espaço destinado ao encontro, os participantes foram acolhidos pela exposição dos trabalhos das senhoras do projeto de Cidinha no Lions Clube de Ladário, cujo presidente Carlos Henrique Rosa foi alvo de reconhecimento. As psicólogas Delari Maria Bottega e Rosa Marília Batista de Moraes também expuseram seus trabalhos artesanais. Durante o evento, a Psicóloga Mathilde Monaco, professora aposentada do curso de Psicologia, fez o lançamento de seu segundo livro autoral de poesias, "Viver e Sonhar", editado pela Life, de Campo Grande.

Homenageados da confraternização de 2024 fizeram entrega do reconhecimento aos colegas neste encontro. O Psicólogo Wilson Ferreira de Melo, professor aposentado do Curso de Psicologia desde os primeiros anos de sua implantação, entregou o certificado à Psicóloga Carolini Cássia Cunha, professora e atual coordenadora do Curso de Psicologia do CPAN/UFMS. As Psicólogas Elaine Alves Maciel da Silva, Delari Maria Bottega, Rosa Marília Batista de Moraes, Lila Dara de Barros Pereira, Rosa Balbina Dias, Genise Assad de Paula e Mathilde Monaco, e os Psicólogos Aguinaldo Rodrigues e Juvenal Ávila de Oliveira receberam também o reconhecimento de seus colegas de profissão.

Fruto de muita dedicação e trabalho, a iniciativa do Psicólogo Juvenal Ávila de Oliveira contou com o apoio dos colegas Aguinaldo Rodrigues, Genise Assad de Paula e Deyse Mendes Braga, e teve lugar no restaurante do Hotel Gold Fish, sábado à noite, em concorrida celebração do Dia do Psicólogo, com a presença de aproximadamente 80 convidados. Emoção e gratidão foi a tônica do segundo encontro dos profissionais, em sua expressiva maioria formados no mais antigo curso do Centro-Oeste, há 58 anos oferecido em Corumbá, desde o tempo do Instituto Superior de Pedagogia, anterior à criação da extinta Universidade Estadual de Mato Grosso (UEMT), da qual o saudoso médico e Professor Salomão Baruki foi um dos aguerridos idealizadores.

Na 63ª celebração do Dia do Psicólogo, a categoria protagoniza importantes conquistas no processo de implantação / implementação do Estado Democrático de Direito e respectivas políticas públicas sociais, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), Sistema Único de Assistência Social (SUAS), Sistema de Garantia de Direitos da criança e do adolescente, do idoso, da pessoa com deficiência etc. O Conselho Federal de Psicologia e os conselhos regionais têm sido a vanguarda na implementação do novo paradigma de atendimento com dignidade à população, sobretudo no contexto da incidência em larga escala de casos de saúde mental.

Ahmad Schabib Hany

sexta-feira, 22 de agosto de 2025

CIDINHA, MISSÃO E ENCANTAMENTO

Cidinha, missão e encantamento

Psicóloga Maria Aparecida, profissional que fez de seu ofício instrumento de formação humana e social, missão que a tornou referência existencial.

Maria Aparecida Lopes Batista. Simplesmente Cidinha. Humilde, solidária e, sobretudo, referência humana, Psicóloga compromissada com seu juramento profissional. Uma paulistana que encontrou acolhida e acolheu em Ladário de todos os povos, credos, culturas e, principalmente, dos sonhos e lutas.

Ao lado de Márcio dos Santos Batista, seu Companheiro de Vida, constituíram uma Família sólida, em que os valores humanos primaram por excelência, a despeito de sua dedicação ao próximo, como missionária, abnegada que foi em tempo integral.

Formou-se no pioneiro Curso de Psicologia de Corumbá, no então CEUC/UFMS, em dezembro de 1992. A mesma conduta humilde com que procedia no dia-a-dia era o fio condutor de uma profissional incansável, que não se desconectava de seu ofício. Porque Psicóloga é o tempo todo Psicóloga, não apenas na hora em que está em seu local de trabalho.

Quando a conheci, início de 1994, no processo de construção do controle social e da intensa participação das ladarenses no FORUMCORLAD (tinha que ter se chamado FORUMLADCOR, pois nasceu em Ladário, no salão paroquial de Nossa Senhora dos Remédios), assessorava a Secretária de Ação Social, Dona Adelaide Maria Dias da Cruz, administração do Prefeito Sílvio Maciel da Cruz. Verdadeira parceira, leal aos cânones profissionais e cidadãos. Com desenvoltura e atenção dedicou-se à adequação da estrutura do órgão gestor ao modelo de política pública preconizado pela Constituição Federal de 1988 e, especialmente, à Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS).

Conquistou corações e mentes das pessoas humildes de Ladário porque não tinha conduta dúbia, era autêntica. Se precisasse dizer algo, dizia na hora, sem ofensa ou arrogância. Delicadamente sincera, e sinceridade conecta as pessoas quando a humildade é o sentido comum dessa interação.

Felizes os que privaram de seu convívio. Até os mais reticentes convenciam-se de que não custava tentar. E tentando se tornavam protagonistas inovadores, ao seu lado, de um novo caminhar. Sim, porque com ela todos caminhavam lado a lado, passo a passo. Sem pressa, sem aquela preocupação de cumprir tarefas, bater metas ou se destacar no ranking, como se estivéssemos em um certame em que o objetivo é fazer currículo.

Ser humano de grande qualidade, de um gigantismo extraordinário, por todas as instituições por que passou deixou marcas indeléveis que estão na memória coletiva, não só das e dos colegas, mas das pessoas com quem trabalhou nos diversos projetos pioneiros que criou e consolidou. Secretaria de Ação Social, depois Secretaria de Assistência Social, APAE, Lions Clube de Ladário...

O Lions Clube é referência em um projeto que hoje leva o nome da Cidinha por seu legado, pioneirismo, competência e generosidade. Ela não "inventou a roda e o giro", nem tinha tal pretensão. O segredo está nisto: as mesmas pessoas que inicialmente eram as atendidas, com aquele jeito que só Cidinha fazia, são as que se desenvolveram tanto que se envolveram na teia social que foi criada no dia a dia. No estilo "um passo de cada vez", método e prática da Cidinha.

Esse método não foi um achado, mas fruto de muito esforço, pela dedicação e compromisso com seu ofício, pois, para ela, ser profissional não era estar, mas o tempo todo ser, viver e evoluir. A Vida não foi fácil, como para todos os viventes, mas ela soube transformar esses desafios em método, por sinal, que foi eficaz, eficiente e autônomo. Hoje ele segue seu caminho com outras e outros caminhantes, como a Vida, como a História.

O Amor com que foi acolhida em sua Ladário de esperanças mil ela o replicou em cada gesto, em cada iniciativa, em cada projeto que desenvolveu e aplicou com a maior dignidade, total convicção e da maneira mais desapegada, como todo ser desassossegado que sabe que nada lhe pertence, nem o próprio corpo. Hoje é Luz, é referência, é exemplo, é inspiração.

Como uma gaivota Cidinha se encantou e hoje está ao lado de seu Companheiro de Vida e luta, Márcio Batista. Estão, sim, aqui entre nós, e ao lado de queridos Colegas e Companheiros de sonhos e lutas, como a igualmente eterna e terna Tânia Nozieres de Sant'Anna e tantas e tantos Amigos-Irmãos que encerraram a sua jornada antes de nós.

Cidinha, missão e encantamento. Obrigado por ter, humilde e discretamente, existido e ensinado a caminhar o caminho da caridade, da verdade e da Vida! Cidinha, ou melhor, Psicóloga Maria Aparecida Lopes Batista, presente, hoje e sempre!

Parabéns aos queridos Amigos-Irmãos Juvenal Ávila de Oliveira, Genise Assad de Paula, Suzete dos Santos Bezerra e Aguinaldo Rodrigues, pela iniciativa que se transforma agora em compromisso anual de acolhimento, reconhecimento e homenagem àqueles que fazem da Psicologia a Ciência da contemporaneidade, pois nestes tempos insólitos em que a saúde mental é a maior vítima, mais que profissionais, a Psicóloga e o Psicólogo são o caminho, a senda da lucidez e da autonomia cidadã! Corpo e mente sãos, sociedade saudável para a evolução da humanidade.

Ahmad Schabib Hany

domingo, 17 de agosto de 2025

O QUE CORUMBÁ E A BOLÍVIA TÊM EM COMUM?

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

4ª CORDHPANTANAL, CONQUISTA DA CIDADANIA

domingo, 10 de agosto de 2025

EM SEU VALDENEI EU PONHO FÉ

quinta-feira, 7 de agosto de 2025

NOSSA SOLIDARIEDADE, DEPUTADA CAMILA JARA

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

HIROSHIMA E NAGASAKI, CRIMES IMPUNES QUE VÊM SE SUCEDENDO

segunda-feira, 4 de agosto de 2025

ELECCIONES EN BOLIVIA: ADRIANA SALVATIERRA, EX PRESIDENTA DEL SENADO DE ...

Bolivia Ganadores del gran festival cultural por el Bicentenario del Est...

Evo y Antauro, Países del Sur debemos unirnos para defender la soberanía...

Bolivia Concentración pronunciamiento del RUNASUR en Estadio de Trópico


https://www.youtube.com/watch?v=uSLkgdR5_jc

3 de ago. de 2025  #bolivia #elecciones #CrisisEconómica
#bolivia Concentración pronunciamiento del RUNASUR en Estadio Ivirgarzama en Trópico de Cochabamba   

Una de las importantes determinaciones, RUNASUR convoca a la unidad de los pueblos de América para declarar los servicios básicos como Derechos Humanos Universales 

Participación delegaciones de Países de Guatemala, Perú, Ecuador, Colombia, Venezuela, Chile, Brasil, Argentina

#elecciones #CrisisEconómica #economia #democracia #corrupción  
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sábado, 2 de agosto de 2025

BOLÍVIA: REFLETIR MAIS QUE COMEMORAR

domingo, 27 de julho de 2025

LENILDE RAMOS SOBRE JONIR FIGUEIREDO



LENIR RAMOS SOBRE JONIR FIGUEIREDO

Olá, amigos. Quero compartilhar com vocês os últimos momentos públicos do Jonir, aqui em Bonito. Ao chegar, perguntei se ele estava na cidade, superagitada com a abertura do CineSur. Ele não perderia por nada um evento desses. A expectativa se cumpriu e, à noite, o público viu surgir no tapete vermelho do festival de cinema de Mato Grosso do Sul um Jonir Figueiredo exuberante. Ali estava um personagem  que sabia explorar com segurança, sua maturidade, sua elegância e  sensualidade. Ele vestia calça e blazer pretos formais, sobre uma camisa com estampa de onça pintada, não dessas oncinhas bregas, mas de  design único, poderoso, que subvertia a sobriedade do traje. O grisalho dos cabelos e da barba reforçavam a aura de nobreza do do conjunto da obra, complementada pelo toque de uma leve maquiagem, detalhe  que Jonir sabia usar com maestria, como a assinatura final de uma tela. Eu o vi no início do coquetel e minha reação foi imediata: "Nossa, como Jonir está bonito!" A impressão era de que eu o via pela primeira vez, coisa até boba, para quem o acompanhava há quase meio século. Dessa vez, eu o vi circular um pouco mais contido e discreto, como se isso fosse possível, e as pessoas diziam com uma boca só: "Nossa, Jonir, como você está bonito." Todo mundo via que, naquela noite, ele carregava uma luz diferente, especial. Os amigos,  diziam: "Você reparou como Jonir estava iluminado?" Tanto que, fui traída pela impressão de que ele vestia um blazer claro. A luz de Jonir confundiu meus sentidos. E ele circulou pelo coquetel compartilhando sua luz e registrando sua história em imagens que agora compõem o derradeiro capítulo de sua performance tridimensional, porque a essência de Jonir Figueiredo é única e vive para sempre. Viva Jonir!

Lenilde Ramos
27 jul. 2

segunda-feira, 21 de julho de 2025

PRETA GIL: LIÇÃO DE VIDA E MORTE [LENILDE RAMOS]

PRETA GIL: LIÇÃO DE VIDA E MORTE

Preta Gil me provoca reflexões, além do fato de ser "uma artista que morreu". Começo pelo nome, totalmente fora dos padrões "civilizados". Quem, em sã consciência, chamaria a filha de Preta? Foi o que a expressão, certamente espantada do escriturário, quis dizer. A iniciativa só poderia vir de uma pessoa singular, segura de si e com o argumento na ponta da língua. O que disse Gilberto Gil? "Se existem Brancas, Biancas e até Rosas, por que não pode haver uma Preta?" A emenda ao soneto veio com a exigência de um nome cristão, e assim foi registrada: Preta Maria.

Essa atitude me reporta ao universo histórico do fenômeno escravagista, à luta insana de uma abolição que se transmutou em fenômeno análogo, de consequências nefastas de uma desigualdade que tirou os negros da senzala e os jogou nas periferias da educação, do trabalho e da discriminação estrutural. Imagino que Gilberto Gil tenha pensado em resgate de dignidade quando registrou a filha e imagino também que esse nome tenha sido uma boa prova de resistência para a menina Preta. Os detalhes deixo para vocês imaginarem.

Aí penso na Preta jovem, buscando um caminho na vida, sendo filha de Gilberto Gil, sobrinha de Caetano Veloso e afilhada de Gal Costa. Segundo ela, esses detalhes atrasaram um bocado sua decisão, tanto que só botou o pé na estrada mesmo, com quase 30 anos e também, segundo ela, dando tiro pra todo lado: “Canto o que eu gosto e o que ouço desde pequena. Não tenho nenhuma restrição musical”.

Depois veio o câncer, palavra que, há décadas atrás, as pessoas nem ousavam pronunciar. Foi aí que Preta revelou uma força que ninguém conhecia. A Preta irreverente, divertida, rebelde, descontínua, foi revelando uma mulher firme, franca, resistente e determinada a lutar. Não que ela não fosse tudo isso, mas a doença potencializou essas virtudes, que a acompanharam até o fim dessa jornada tridimensional.

E, que lição foi sua passagem!!! Para ela e para nós. Lição que nasceu do mesmo homem que resolveu nomeá-la Preta, com todo o peso que isso poderia significar. A morte física de Preta é uma lição fantástica de realidade e de dignidade: "Se tiver muito difícil para você, e se for sua hora, aceite. Se deixe ir.” Preta teve tempo de refletir sobre essa verdade tão simples e, ao mesmo tempo, tão difícil de aceitar. No conteúdo precioso do legado de sua vida, eu coloco esta lição e sou imensamente grata por compartilhá-la conosco. Para mim foi como ver na prática a teoria de Ana Cláudia Quintana, quando diz: “A morte é um dia que vale a pena viver”.

Valeu, Preta!

Lenilde Ramos
21. 07. 2025

Membro da Academia Sul-mato-grossense de Letras, Lenilde Ramos é instrumentista, compositora, escritora e cronista cujo gênero é o Jornalismo Literário, do qual é expoente e referência. Pessoa marcante desde a juventude, a quem tive a honra de conhecer no primeiro ano em que estudei na Católica de Campo Grande, em 1979, precisamente nos primeiros meses de vida universitária, durante a Recepção Cultural ao Calouro de 1979, ano em que as instituições governamentais de Mato Grosso do Sul foram instaladas.

sábado, 19 de julho de 2025

ODE À VIDA