VIVENCIANDO
Vivenciando aqui em mais ou menos 15
anos... contribuições para um choque de realidade.
O Agro virtual fetichizado e pelo
capitalismo é a expressão da morte mais que real no Pantanal:
1) De bioma mais conservado do
Brasil (85%) para projeção de ser o primeiro bioma brasileiro a ser
extinto.
2) De maior planície alagável
do mundo para bioma com estiagem histórica, solos secos e mudança para
clima sub-úmido seco com sinais de desertificação.
3) De região rica em abundância
de vida selvagem para carbonização e ecocídio de fauna e flora
(estimativas de quase 100 milhões de vertebrados mortos, quase 5 bilhões de
invertebrados mortos e destruição, substituição e invasão de florestas
nativas).
4) De região cosmopolita e
historicamente atendida por logística de transporte menos depredatória para
dragagem e afundamento dos leitos dos rios para atender ao capital, esgotamento
da privatização e sucateamento total da malha ferroviária após anos de monopólio
privado antissoberano, sobrecarga de carretas, aumentando custos de produção,
destruindo estrada pública, aumentando riscos e matando pessoas viajantes e
animais na BR para concentrar renda para os magnatas donos e vulgos
"investidores" (parasitas) da riqueza natural e pública nacional.
5) De falsa região de sistemas
produtivos integrados com o meio ambiente para a verdade eviscerada de
desmatamento, introdução de pastagens exóticas, uso de veneno (agrotóxicos),
introdução de sistemas pecuários intensivos, bombeamento dos lençóis freáticos
cada vez mais comuns para atender a produção, ameaça permanente e/ou avanços
concretos das fronteiras agrícolas da soja, eucalipto e cana de açúcar.
6) De ícone da natureza
brasileira para terra arrasada onde talvez a fuligem e a carbonização do
ar, a estufa e a elevação da sensação térmica a parâmetros infernais talvez
façam (ou já tenham feito) muito mais vítimas que a outra Pandemia viral
respiratória que contornamos há pouco tempo.
7) De mais um Polo do capitalismo
verde e de "ações mitigadoras", paliativas, terminais, inexpressivas
ou alienantes diante do cataclisma ambiental para a necessidade
emergencial por ações estruturais que intervenham aqui, no Cerrado e na
Amazônia, biomas interligados e indispensáveis para a existência do Pantanal,
intervindo fundamentalmente no agrocapital privado espoliante da natureza,
sequestrante de água, escravizador, colonizador, fascista, etnocida e
concentrador das riquezas produzidas pelos trabalhadores e trabalhadoras que são
dioturnamente envenenados, assassinados, adoecidos, alienados subconsciente e
materialmente de sua existencialidade terrena.
Por hora...
Barbárie crônica sobrepondo o
alternativo socialismo.
Mas...
Venceremos!
Firme nas Lutas! 👊
Igor Alexandre
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