O
ETERNO MENINO DA FRONTEIRA
O querido Amigo-Irmão Dary Jr.
volta à sua/nossa Corumbá de todos os sonhos (e lutas) e, além de matar a
saudade, nos presenteia com seu inesgotável talento e inquestionável
maturidade. Vida longa e muita saúde, grande Dary!
Neste feriadão de 15 de novembro, em pleno coração
do Pantanal e da América do Sul, Corumbá voltou a ostentar contornos de
cosmopolitismo e racionalidade, sobretudo pela volta do querido Amigo-Irmão
Dary Jr. Foram catorze anos de sua até então mais recente apresentação, na
terceira edição do Festival América do Sul, em 2007, quando trouxe a
emblemática banda Terminal Guadalupe, fruto de sua inesgotável genialidade.
Graças ao alerta dos igualmente queridos
Amigos-Irmãos Luiz Taques e Nelson Urt, pudemos desfrutar dos registros, durante
sua estada, de encontros com Amigos e a apresentação memorável “O menino velho
da fronteira” em discreto ambiente do Porto Geral. É que a imprevisibilidade da
Vida muitas vezes nos furta reencontros magistrais, como o deste querido Amigo
que tenho a honra e o prazer de acompanhar (e curtir) desde a sua infância.
Até parece ter sido ontem. Estávamos em fins da
década de 1970 quando, por meio de minhas Irmãs Fatmato e Waded, conheci a
querida e hoje saudosa Dona Edna Esteves e seu querido Filho, que desde tenra
idade, com a precocidade peculiar dos talentosos, foi (e é) um questionador,
inovador. Além da inteligência singular, seu talento incansável já chamava a
atenção dos que tinham o privilégio de privar de sua Amizade.
Com a instalação da ‘novacap’, em decorrência da
criação de Mato Grosso do Sul, fomos nos reencontrar em Campo Grande, sempre
mediante a iniciativa da Fatmato e Waded, quer fosse pela realização do
Festival de Música de MS (I e II FESUL), algum curso ou seminário etc. Mas foi
quando, em companhia de Fatmato, assistimos a um belíssimo tributo à imortal
Elis Regina na casa de Dona Edna, com acolhedora companhia de Dary, já entrando
na adolescência, tendo se revelou verdadeiro gentleman.
Mas qual não foi a minha surpresa ver o querido
Dary Jr. na equipe de Hélio Ferreira, nos saudosos programas ‘Cheiro da Terra’
e ‘Câmera 5’? Ainda não atingira a maioridade e já ‘causava’! Matérias geniais,
inesquecíveis, na área da cultura, da temática social (no sentido amplo, não da
crônica social) e da economia. Não posso esquecer do tempo em que o saudoso Doutor
Lécio Gomes de Souza era diretor da então Casa de Cultura Luiz de Albuquerque,
a querida Mestra Elenir Lena Machado de Mello a biblioteconomista que se
encarregava da estruturação da Biblioteca Pública Estadual Dr. Gabriel Vandoni
de Barros, e o jovem Dary Jr. o repórter da à época TV Cidade Branca fazendo memorável
matéria, digna de ter sido guardada nos arquivos da emissora.
Em 1989, tive a honra de tê-lo como meu colega de
CEUC (o então Centro Universitário de Corumbá), e por meio dele pude conhecer os
queridos Júlio Galharte, Maria Inês Arruda e o saudoso Gilson Sávio, querido
Companheiro que se eternizou na emblemática jornada daquele ano, quando dirigia
uma picape do querido e hoje saudoso Padre Pasquale Forin. Não demorou muito,
Dary foi levado para a TV Morena, na capital, quando o querido Jornalista Luiz
Taques era chefe de reportagem do Jornalismo da emissora. Trocou Letras por
Jornalismo e faz história, no sentido mais amplo.
De Corumbá para o mundo. A grande revelação do
talento corumbaense não parou mais: Curitiba, Brasília etc. Suas entradas ao
vivo na Vênus Platinada e em outros canais em que o Jornalismo é prioritário,
além de um programa inesquecível na TV Justiça. Isso sem falarmos de suas incursões
irreverentes e inovadoras na música, desde os tempos do ‘Carestia em Ascensão’,
em Corumbá, até ‘Dario Júlio e os Franciscanos’.
Talento a toda prova. Ética inquestionável.
Sensibilidade latente. Coragem infindável. Maturidade saudável. Esse é o Pai do
Francisco. A quem agradecemos publicamente pela generosa menção afetuosa a toda
a nossa Família, inclusive no programa do querido Amigo Joel de Souza, na nossa
caríssima FM Pantanal. Esse é o Dary. A quem esperamos rever logo, de novo, e
desta vez em casa com o Francisco, em que serão anfitriões os seus
contemporâneos Omar e Sofia -
integrantes das novas gerações, razão de ser de nossa luta por um mundo melhor,
mais justo, solidário e digno, em que liberdade não seja uma palavra vã. Vida
longa e muita saúde, grande Dary!
Ahmad
Schabib Hany
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