‘Olha
a traquinagem do Miché, será que ele
é, será que ele é...?!’
Presidente
golpista, especialista em liquidar o patrimônio nacional e surrupiar direitos e
dinheiros, aproveita o clima da folia para consumar intenções nada
republicanas. E tudo isso estimulado pela certeza que a quadrilha tem de que
Lula não poderá ser candidato...
Idiotas! Reles babacas! É o que somos diante dos
meliantes que tomaram de assalto os destinos da nação, e, pior, com a
complacência de juizecos, desembagadorecos e ministrecos, que, como trouxas, fazem
eco e salamaleque às atividades nada republicanas de toda essa quadrilha
organizada.
Em plena sexta-feira de carnaval, o chefe nomeado
por Temer da Polícia Federal deu entrevista a uma agência de notícias inglesa,
a Reuters, para passar um recado aos seus subalternos responsáveis pela
investigação da denúncia de que a quadrilha do presidente golpista teria
recebido propina da concessionária do Porto de Santos, a Rodrimar, pelas
generosas “adequações” do contrato de renovação com a União, ocorridas em maio
do ano passado, quando o golpe já havia sido consumado.
Useiro e vezeiro na arte de passar recado por meio
de subalternos ou interlocutores (muitas vezes inocentes, como visto com
membros da mais alta corte do Judiciário), esse filho de imigrantes libaneses –
que envergonha a todo(a)s nós que também temos em nossa origem esse valoroso
povo milenar com uma produção cultural generosa e de valores rígidos – tenta
intimidar, coagir ou constranger funcionários públicos cumpridores de seus
deveres como se fosse um sultão do obscurantista império turco-otomano: “escreveu,
não leu, pau comeu” ou “aos amigos tudo, aos inimigos os rigores da lei”...
Chega a ser um deboche à inteligência de cidadãos comuns
ver como essas iniciativas recorrentes não são objeto de uma ação contundente
do Supremo Tribunal Federal (STF) e das demais instâncias do Judiciário. Como
justiceiros togados, esses funcionários públicos nomeados inexplicavelmente para
cargos vitalícios, manifestam-se como querem e quando querem, a depender de
quem, ao sabor de critérios diversos, sempre em nome de sua inatacável
consciência. O fato é que, sem evidência sólidas, uma Presidenta (Dilma) e um
ex-Presidente (Lula) e seu partido – desvinculado dos interesses inconfessáveis
de uma elite bizarra que sempre viveu das benesses do poder e do erário nacional,
no caso o PT, hoje associado a uma “quadrilha organizada” – foram objetos de sucessivas
sentenças no mínimo questionáveis, ora descambando para um rigor inaudito, ora
para uma omissão injustificável.
Em outras palavras, a mais alta corte foi de um
rigor impressionante para prender o ex-senador e ex-petista Delcídio, em pleno
exercício do cargo, o que o levou à perda do mandato conferido nas urnas, e o
mesmo no caso do Presidente Lula, enquanto no caso – talvez idêntico – do bonitinho
mas ordinário Aécio, nada!, pois ficou a depender do plenário da maioria
comprada de Temer, ou dos ministros golpistas, como Eliseu Qua..., digo,
Padilha, Moreira Franco e Romero Jucá, praticamente confessos, e, ao que tudo
indica, ficará como está.
Como não propor, propalar e incentivar a
desobediência civil?! Mahatma Gandhi e Nelson Mandela a fizeram. E a história
da humanidade constatou a legitimidade do gesto, visto na época como “crime”.
Se os chamados “coxinhas” que bateram panela – e hoje verdadeiros “trouxinhas”
diante dos sucessivos crimes cometidos pelos seus, digamos, “super-heróis” – abandonaram
as ruas, agora será o povo, mas com cidadania e responsabilidade, que ocupará
todos os espaços que a sagrada democracia que construímos assegurará. “¡Que venga, pues, el toro!”
Ahmad
Schabib Hany
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