sábado, 10 de fevereiro de 2018

'OLHA A TRAQUINAGEM DO MICHÉ, SERÁ QUE ELE É, SERÁ QUE ELE É?!...'



‘Olha a traquinagem do Miché, será que ele é, será que ele é...?!’
Presidente golpista, especialista em liquidar o patrimônio nacional e surrupiar direitos e dinheiros, aproveita o clima da folia para consumar intenções nada republicanas. E tudo isso estimulado pela certeza que a quadrilha tem de que Lula não poderá ser candidato...
Idiotas! Reles babacas! É o que somos diante dos meliantes que tomaram de assalto os destinos da nação, e, pior, com a complacência de juizecos, desembagadorecos e ministrecos, que, como trouxas, fazem eco e salamaleque às atividades nada republicanas de toda essa quadrilha organizada.
Em plena sexta-feira de carnaval, o chefe nomeado por Temer da Polícia Federal deu entrevista a uma agência de notícias inglesa, a Reuters, para passar um recado aos seus subalternos responsáveis pela investigação da denúncia de que a quadrilha do presidente golpista teria recebido propina da concessionária do Porto de Santos, a Rodrimar, pelas generosas “adequações” do contrato de renovação com a União, ocorridas em maio do ano passado, quando o golpe já havia sido consumado.
Useiro e vezeiro na arte de passar recado por meio de subalternos ou interlocutores (muitas vezes inocentes, como visto com membros da mais alta corte do Judiciário), esse filho de imigrantes libaneses – que envergonha a todo(a)s nós que também temos em nossa origem esse valoroso povo milenar com uma produção cultural generosa e de valores rígidos – tenta intimidar, coagir ou constranger funcionários públicos cumpridores de seus deveres como se fosse um sultão do obscurantista império turco-otomano: “escreveu, não leu, pau comeu” ou “aos amigos tudo, aos inimigos os rigores da lei”...
Chega a ser um deboche à inteligência de cidadãos comuns ver como essas iniciativas recorrentes não são objeto de uma ação contundente do Supremo Tribunal Federal (STF) e das demais instâncias do Judiciário. Como justiceiros togados, esses funcionários públicos nomeados inexplicavelmente para cargos vitalícios, manifestam-se como querem e quando querem, a depender de quem, ao sabor de critérios diversos, sempre em nome de sua inatacável consciência. O fato é que, sem evidência sólidas, uma Presidenta (Dilma) e um ex-Presidente (Lula) e seu partido – desvinculado dos interesses inconfessáveis de uma elite bizarra que sempre viveu das benesses do poder e do erário nacional, no caso o PT, hoje associado a uma “quadrilha organizada” – foram objetos de sucessivas sentenças no mínimo questionáveis, ora descambando para um rigor inaudito, ora para uma omissão injustificável.
Em outras palavras, a mais alta corte foi de um rigor impressionante para prender o ex-senador e ex-petista Delcídio, em pleno exercício do cargo, o que o levou à perda do mandato conferido nas urnas, e o mesmo no caso do Presidente Lula, enquanto no caso – talvez idêntico – do bonitinho mas ordinário Aécio, nada!, pois ficou a depender do plenário da maioria comprada de Temer, ou dos ministros golpistas, como Eliseu Qua..., digo, Padilha, Moreira Franco e Romero Jucá, praticamente confessos, e, ao que tudo indica, ficará como está.
Como não propor, propalar e incentivar a desobediência civil?! Mahatma Gandhi e Nelson Mandela a fizeram. E a história da humanidade constatou a legitimidade do gesto, visto na época como “crime”. Se os chamados “coxinhas” que bateram panela – e hoje verdadeiros “trouxinhas” diante dos sucessivos crimes cometidos pelos seus, digamos, “super-heróis” – abandonaram as ruas, agora será o povo, mas com cidadania e responsabilidade, que ocupará todos os espaços que a sagrada democracia que construímos assegurará. ¡Que venga, pues, el toro!”
Ahmad Schabib Hany

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