Inveja
mata, Osmarina!
Com perplexidade, assistimos, no final deste
domingo, a uma entrevista da ex-ministra do Meio Ambiente do Presidente Lula,
ex-senadora do Acre e ex-PT, Osmarina Silva, que depois que entrou na política
adotou o nome Marina. Desertora do Partido dos Trabalhadores desde que foi
demitida do ministério, migrou para o Partido Verde, mais tarde se filiou no
Partido Socialista Brasileiro – pelo qual foi candidata a presidente com a
morte em circunstâncias ainda não elucidadas do então candidato a presidente
Eduardo Campos, neto de Miguel Arraes – e finalmente para a Rede de Sustentabilidade,
da qual é fundadora, em 2015.
Política em franca decadência, Marina não consegue
esconder a mágoa que nutre por Lula e seu partido, o que muito a prejudicou nas
duas campanhas à presidência de que participou. Ex-militante das atividades do
líder seringueiro e petista histórico Chico Mendes, a carreira política daquela
acreana franzina sempre foi vinculada ao PT, partido de cuja trajetória foi
referência e ao qual deve seu sucesso como pessoa pública de renome
internacional. No entanto, demonstrando total ingratidão e falta de
companheirismo, não só em 2014 subiu no palanque de adversários históricos
contra a então candidata vitoriosa à reeleição, a Presidenta Dilma Rousseff,
como participou dos atos públicos da direita em que pedia o impeachment de sua
ex-correligionária e ex-colega de ministério por mais de seis anos.
Pois agora sai em campanha pela prisão de seu
ex-líder, como que não o conhecesse e cuja carreira não tivesse qualquer
vínculo com Lula, não só padrinho político como inspirador de sua própria
história. Foi exatamente como foram vistas as suas declarações num programa
decadente como ela, em fim de noite, cuja audiência é pífia como o seus mais recentes
(decrépitos) resultados eleitorais. Quem votou nela durante décadas não a
reconhece, pois de ex-freira católica agora posa de irmã evangélica,
desvinculando-se de seu passado militante que tantas epopeias aquinhoou no
embate com poderosíssimos capitães do mato e jagunços de toda sorte, como os
que mandaram assassinar Chico Mendes, em 1988.
Há vinte e quatro anos, no distante julho de 1994,
quando da culminância, em Brasília, da Segunda Semana Social Brasileira, pela
Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), com a presença de ícones como
o saudoso sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, os cardeais Dom Paulo Evaristo
Arns, Dom Aloísio Lorscheiter e Dom Ivo Lorscheider, Dom Mauro Morelli e o
emblemático Dom Pedro Casaldáliga, tive a honra de participar graças à
generosidade do saudoso Dom José Alves da Costa e ouvi de ex-companheiros de
Xapuri da então pouco conhecida Osmarina (de quem na época eu era fã) que não
só não me iludisse com ela como tomasse cuidado, pois, segundo eles, para atingir
seus objetivos ela seria capaz de (sic)
“pisar no pescoço da própria mãe”.
Aquilo me marcou profundamente, mas relevei com o
tempo. E qual não foi a minha surpresa ao ler no noticiário que o então
presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anunciou em sua primeira viagem
internacional, antes de tomar posse, a então senadora acreana para o Ministério
do Meio Ambiente, ao lado do então ministro da Fazenda Antônio Palocci, hoje
dois traidores, que para fazer sua imagem não hesitam lançar às labaredas
medievais e enxovalhar a reputação do único estadista brasileiro do século XXI,
o Presidente Lula. A serviço de quem? Dos inimigos de Chico Mendes.
Inveja mata, Osmarina! Hoje é você a lançar esse
líder inconteste às chamas, amanhã alguém entre os seus se encarregará de
desmascarar sua frágil imagem de pudica eivada de rancor e ódio...
Ahmad
Schabib Hany
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