Câmara Municipal realiza audiência pública nesta terça-feira sobre a reativação da Ferrovia da Malha Oeste
Nesta terça-feira, dia 21, a partir das 9 horas da manhã, a Câmara Municipal de Corumbá realizará Audiência Pública sobre a reativação da Ferrovia Bauru - Corumbá e também Corumbá - Santa Cruz de la Sierra (Bolívia), proposta pelo Vereador Roberto Façanha (PP) e participação da Vereadora Luíza Ribeiro (PT), de Campo Grande.
Em continuidade ao debate iniciado na Capital, Corumbá realiza nesta terça-feira (21), às 9h da manhã, na Câmara Municipal, Audiência Pública proposta pelo Vereador Roberto Façanha (PP) para tratar da reativação da Ferrovia da Malha Oeste. A Vereadora Luiza Ribeiro (PT) estará presente ao debate, de acordo com os encaminhamentos da audiência proposta por ela em 15 de agosto, na Câmara Municipal de Campo Grande.
Não é primeira vez que a Câmara Municipal de Corumbá promove uma Audiência Pública com essa temática. A importância estratégica da ferrovia tem mobilizado diferentes setores, sobretudo produtivos, inclusive em decorrência da duplicação da extração de minério por uma das empresas mineradoras, cujo impacto sobre a BR-262 foi objeto de compromisso pela empresa para recuperar a pista de rodagem, cujo estado tem contribuído com o vertiginoso aumento de acidentes rodoviários fatais. O debate sobre a retomada da Malha Oeste tem incentivado a realização de diversas audiências públicas nas cidades ao longo da ferrovia que corta de leste a oeste o estado de Mato Grosso do Sul.
A audiência em Campo Grande, realizada por proposição da vereadora Luiza Ribeiro, foi um marco importante no processo de mobilização em torno da reativação da ferrovia. A discussão acontece em um contexto de necessidade de relicitação da Malha Oeste, depois de o Tribunal de Contas da União (TCU) rejeitar a repactuação do contrato com a antiga concessionária, a Rumo Logística.
Entre os principais pontos debatidos está a necessidade de relicitação da Malha Oeste. Com a decisão do TCU, o governo federal deve relicitar a ferrovia, e para isso é essencial garantir transparência e participação da sociedade dos estados de Mato Grosso do Sul e São Paulo. Outro tema discutido foi a gestão da ferrovia. A proposta de entregar a concessão para a Infra S.A., empresa pública responsável por outras ferrovias, foi apresentada como alternativa à gestão privada. A Infra S.A. ficaria encarregada pelos estudos e modelagem para a reativação, com possibilidade de operação por meio de parcerias público-privadas (PPPs).
A situação atual da Malha Oeste também foi detalhada: a infraestrutura encontra-se depreciada, e a antiga concessionária foi multada por falta de manutenção. Há um consenso de que a ferrovia é essencial para o desenvolvimento econômico do estado e para a integração com a Bolívia, mas sua reativação exige investimentos robustos e planejamento técnico.
Em Corumbá, a retomada da ferrovia é vista como estratégica para o desenvolvimento local e regional, sobretudo para o transporte de cargas de minério e outras produções do Pantanal. Além disso, a Malha Oeste é considerada fundamental para a consolidação da Rota Bioceânica, que ligará o Brasil ao Oceano Pacífico, fortalecendo o papel logístico de Mato Grosso do Sul na América do Sul.
"MS NOS TRILHOS OUTRA VEZ"
Em agosto de 2024, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul também debateu o tema durante o evento “A importância da reativação da Malha Oeste Ferroviária: Mato Grosso do Sul nos trilhos outra vez”, realizado por proposição do deputado estadual Zeca do PT e do deputado federal Vander Loubet. O encontro destacou que, com a consolidação da Rota Bioceânica, Mato Grosso do Sul se tornará o principal entreposto logístico da América Latina, o que exige atenção ao impacto do aumento do escoamento de cargas pelas rodovias que cortam o estado.
Para o deputado Zeca do PT, a reativação da ferrovia é essencial para equilibrar o sistema de transportes e garantir eficiência logística. “Esse debate busca entender quais são as iniciativas necessárias para reativar a Malha Oeste Ferroviária. O transporte ferroviário, tão pujante décadas atrás, hoje é uma alternativa extremamente viável para desafogar as rodovias, que se encontram saturadas. E com a Rota Bioceânica, essa situação tende a se agravar ainda mais”, pontua.
O deputado federal Vander Loubet reforça que a infraestrutura existente pode ser aproveitada. “Temos uma estrutura que já está pronta e subutilizada. Em Campo Grande, por exemplo, o porto seco está abandonado e poderia funcionar como um importante hub logístico. Não se trata de substituir o transporte rodoviário, mas de somar forças, porque a demanda será tão grande que os dois modais serão fundamentais”, destaca.
Segundo a vereadora Luiza Ribeiro, o debate iniciado em Campo Grande e agora ampliado para outras regiões do Estado mostra a importância de unir forças em torno da reativação da ferrovia. “Essa é uma pauta que ultrapassa fronteiras municipais e partidárias. A Malha Oeste é fundamental para o desenvolvimento sustentável de Mato Grosso do Sul e para consolidar a integração logística com os países vizinhos, especialmente com a Bolívia e o Chile, por meio da Rota Bioceânica”, afirmou a vereadora.
(Release adaptado para Corumbá, com base em material produzido pela Assessoria de Comunicação da Vereadora Luíza Ribeiro, de Campo Grande.)
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