sexta-feira, 22 de novembro de 2024

"As águas como caminho. Mato Grosso como destino", lançamento em Campo Grande

‘As águas como caminho. Mato Grosso como destino’, lançamento em Campo Grande

O Professor Gilberto Luiz Alves, pioneiro da docência universitária e da pesquisa histórica em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, lança seu livro de memórias na livraria do Shopping Campo Grande, nesta sexta-feira, dia 22 de novembro, às 19 horas.

As águas como caminho. Mato Grosso como destino. Com esse sugestivo (e poético) título, o livro de memórias do Professor Gilberto Luiz Alves será lançado nesta sexta-feira, dia 22, às 19 horas, na livraria do Shopping Campo Grande, na capital de Mato Grosso do Sul. Pioneiro na docência universitária e na pesquisa histórica, Alves é referência, ao lado de Dermeval Saviani, de História da Educação, na linha histórico-crítica.

Também ao lado dos pioneiros da pesquisa histórica regional, Professor Valmir Batista Corrêa e Professora Lúcia Salsa Corrêa, o Professor Gilberto foi coautor da pesquisa que fundamentou o tombamento do Casario do Porto de Corumbá em 1985. A publicação foi feita pelo Senado, a pedido do Doutor Wilson Barbosa Martins, entusiástico do preservação e conservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Corumbá, que, além de democrata de fortes convicções sociais, foi também responsável pelo início da luta pela conservação do Pantanal, a partir do Rio Paraguai.

Entre 1971 e 1986 o Professor Gilberto foi docente e pesquisador do curso de Pedagogia do então Centro Universitário de Corumbá, da UFMS. Na flor da juventude e com os ideais a impulsionar sua vocação para a Educação, sob o regime de 1964, construiu uma carreira acadêmica profícua e consistente. Em tempos de patrulhamento ideológico, quando as salas de aulas eram infestadas de ‘alunos profissionais’ pagos com dinheiro público para espionar e coagir quem ousasse falar a verdade, com coragem e convicção, foi envolvido em todo tipo de polêmicas, tendo sido um verdadeiro sobrevivente dos anos de chumbo.

Tive a honra de conhecê-lo por puro acaso, em Campo Grande, na saudosa e emblemática Livraria Guató, do querido e saudoso Amigo-Camarada Manoel Sebastião da Costa Lima, o livreiro generoso e mais socialista que conheci na Vida. Início da década de 1980, fazíamos atividades formativas no Centro de Estudos Políticos, Econômicos e Sociais (CEPES), aos fundos da livraria, e o Professor Gilberto estava comprando livros com a Amiga Vera Lúcia, que ao me chamar pelo sobrenome, o fez aproximar-se de mim, pois ele conhecera meu saudoso Irmão Mohamed e, anos depois, fora docente de minha Irmã caçula, depois sua colega de docência no CEUC/UFMS.

A partir de 1981, os Professores Gilberto Alves e Valmir Corrêa eram nossos ‘medalhões’ em todas as Semanas de História, promovidas pelo saudoso Diretório Acadêmico Félix Zavattaro (DAFEZ) e depois da derrota da chapa Debate & Ação, liderada pelo querido Amigo-Camarada Professor Tito Carlos Machado de Oliveira, por nós alunos do curso de História, pelo menos até 1984, quando saímos da FADAFI/FUCMT. Em 1983, início do governo democrático do Doutor Wilson Martins, a Fundação de Cultura, presidida pelo saudoso advogado e ativista cultural José Octávio Guizzo, também realizou atividades das quais os Professores Gilberto e Valmir foram destacados palestrantes/pesquisadores.

22 de novembro para os descendentes de libaneses tem um sentido nostálgico, sobretudo nestes tempos em que a Miletos de Tales, milênios atrás, e o Monte Líbano de Gibran, há um século apenas, hoje é alvo do ódio do facínora sanguinário Benjamin Netanyahu, com o cínico apoio dos autoproclamados paladinos da ‘civilização’, capitaneados pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.

E mais: no mesmo dia em que a imprensa divulga em manchetes o indiciamento do núcleo de poder do desgoverno fascista que tratou com desdém as vítimas da covid-19 e atentou contra o Estado Democrático de Direito depois do ‘golpe branco’ contra a primeira mulher eleita e reeleita Presidenta da República. Certos da impunidade, tramaram o assassinato do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal e presidente do Tribunal Superior Eleitoral).

A história, como a Vida segue, a despeito do desvario dos viúvos e órfãos da (mal)ditadura que tentam sofregamente nos submeter às mesmas trevas em que o nefasto Sílvio Frota e seus asseclas impingiram seres iluminados como o Professor Anísio Teixeira (cujo corpo foi achado, depois de torturado até a morte, no poço do elevador no edifício em que morava) e o Deputado Rubens Paiva (líder do MDB, sequestrado dentro da própria casa, torturado e morto, cujo corpo até hoje não foi encontrado, enquanto muitos de seus atuais ‘correligionários’ se aliam cinicamente aos cultores e seguidores dos chefes de seus torturadores e matadores covardes).

Escolas, em vez de cadeias. Livros, em vez de armas. Inteligência, em vez de prepotência. Liberdade, em vez de opressão. Eis a generosidade de cidadãs e cidadãos como Gilberto Luiz Alves e sua geração, que como luz nas trevas abrem caminhos para o conhecimento, a ciência, as letras e as artes, tão temidas por quem vive no lúgubre lixo da história, onde ratazanas e vermes disputam com os abutres nada mais que resíduos fétidos descartados no devir da História, da Vida.

Parabéns, Professor Gilberto, pela generosidade intelectual e, sobretudo, pelo sólido compromisso com a História, a Educação e a transformação de nossa sociedade!

Ahmad Schabib Hany

sexta-feira, 15 de novembro de 2024

PUNIÇÃO AOS TERRORISTAS JÁ!

Punição aos terroristas já!

O recrudescimento, no Brasil, de atentados terroristas depois da fala do inominável de ‘dedicar a vida’ ao que ele chama de causa libertária é fruto da sensação de impunidade dos participantes de 8 de janeiro de 2023. É preciso punir para acabar com essa afronta.

Mesmo aparentando se tratar de lobo solitário, o terrorista que morreu ao tentar cometer atentado a bomba contra os ministros do STF (Supremo Tribunal Federal) não perpetrou ato isolado. Francisco Wanderley Luís, o catarinense ‘Tiu França’, ex-candidato a vereador pelo PL em 2024, também não tinha nada de homem-bomba. Cometera erro fatal quando arremessava um artefato explosivo contra o prédio do Poder Judiciário.

O atentado malogrado no início da noite de 13 de novembro à sede da Corte Suprema, enquanto os ministros ainda estavam em seu interior trabalhando, é mais um alerta para que o Governo Federal tome medidas mais rigorosas na segurança institucional. Depois do resultado das eleições municipais em que o PT e demais partidos de esquerda tiveram um refluxo em relação ao processo eleitoral de 2020, o Presidente Lula vem dando sinais de fraqueza, indecisão e, pior, inação.

O indivíduo que enveredou pelo ecossistema contaminado de ódio e mentiras, instrumento usado pela extrema-direita em sua liturgia política, era, até antes de conhecer o manual do inominável, um cidadão pacato em sua bucólica cidade. Aos poucos, emprenhado pelo ouvido com aberrações delirantes e bravatas tresloucadas de um péssimo soldado que por pura sorte foi poupado pelo ministro do Exército Pires Gonçalves de ir para o olho da rua depois de publicar croquis na Veja da década de 1980, em uma demonstração de pouco apreço pelas vidas humanas ao pretender explodir a adutora do Rio de Janeiro para obter aumento do soldo para seus colegas de farda.

É preciso saber por que, sem a presença do então secretário-executivo do Ministério da Justiça Ricardo Capelli, o esquema de segurança da Praça dos Três Poderes anda extrema e perigosamente desguarnecida. Lula não pode brincar com a sua segurança e muito menos com a de seus ministros e a dos membros dos demais Poderes da República. As hordas de palermas endiabrados ficaram ouriçadas pelos resultados das urnas em outubro deste ano e da vitória do fanta laranja na Casa Branca. Eles creem piamente que seu delinquente em série, o inominável e agora inelegível, será ungido pela vontade do futuro imperador do planeta ameaçado por delirantes como eles.

Sem titubeio e muita determinação, o Governo Federal precisa dizer a que veio. Corajosa e diferentemente da postura de Joe Biden, que entregou o cargo mais cobiçado de seu país ao verdugo da democracia, passou da hora de Lula dizer a que veio. Em vez de ficar escondido e protelando importantes decisões domésticas e dar as costas aos governos que ousaram dar um basta aos autoproclamados ‘donos do mundo’, nosso Estadista precisa restabelecer sua diplomacia altiva e ativa, sem a qual os países soberanos que afrontaram o império decadente vão se afastar da área de influência brasileira, conquistada nos primeiros mandatos de Lula.

Por seu turno, as forças vivas da nação, isto é, sociedade civil e instituições republicanas, precisam rejeitar qualquer iniciativa de anistia pelo Congresso Nacional às hordas de participantes, dirigentes e financiadores do vergonhoso ato terrorista de 8 jan. de 2023. Basta lembrar que a impunidade de maus soldados envolvidos em atos terroristas e tortura durante a ditadura de 1964 ocorreu quando, em nome da pacificação nacional, em 15 de dezembro de 1979, a sociedade civil aceitou a inclusão de torturadores e congêneres da estrutura da repressão no projeto de lei da Anistia, como passo importante para conquistar o Estado Democrático de Direito.

É hora que as forças democráticas e progressistas vão às ruas manifestar seu veemente repúdio à onda de terror com a qual os fascistoides pretendem criar clima desfavorável ao Governo de Reconstrução Nacional presidido por Lula e promover onda de terrorismo endiabrado pelos quatro cantos do País. Que fique claro: não foi ‘lobo solitário’ o infeliz desmiolado que acabou, por erro fatal, tirando sua própria vida quando atentava contra a sede do STF em pleno horário de trabalho. Punição exemplar para todos os terroristas envolvidos nos atentados de dezembro de 2022, janeiro de 2023 e os cometidos no mês de novembro, até como forma de dissuasão do STF e do governo de Lula para reabilitar a condição política do inominável e a liberdade de seus comparsas de alta patente. Ou faz agora sua mais urgente punição, ou não sabe a quem está ajudando a entregar o próximo mandato presidencial.

Ahmad Schabib Hany

quinta-feira, 14 de novembro de 2024

CIDADÃOS EM TODO O BRASIL APOIAM CRIAÇÃO DA UFPANTANAL

Cidadãos em todo o Brasil apoiam criação da UFPantanal

Com mais de 5.500 adesões em menos de duas semanas, cresce o surpreendente apoio ao movimento pela criação da UFPantanal em todo o Brasil. Em apenas um dia (13 de novembro) 3.266 pessoas subscreveram a petição.

O Movimento UFPantanal, iniciado no fim de julho a propósito da vinda do Presidente Lula a Corumbá com a entrega do manifesto pela criação de universidade inovadora, inclusiva e integradora no coração do Pantanal e da América do Sul, vem ganhando surpreendente adesão depois do lançamento de abaixo-assinado em plataforma digital. Em pouco mais de 10 dias no ar, a petição passou de 5.500 subscrições no dia 13, quando foi realizada a Audiência Pública da Assembleia Legislativa, por iniciativa da Deputada Gleice Jane, sobre o surto de incêndios na região e um dia depois da celebração do Dia do Pantanal.

O seu caráter inovador, inclusivo e integrador, em consonância com a filosofia do governo federal no tocante às universidades federais a serem criadas neste mandato do Presidente Lula, é um trunfo determinante para a aceitação do projeto da UFPantanal. Assessores próximos do presidente da República sinalizaram afirmativamente para alguns critérios específicos da futura Universidade Federal do Pantanal, de cujo projeto preliminar consta a ênfase à necessidade do desenvolvimento voltado para amplas camadas da população, que vêm sendo forçadas a migrar a centros urbanos maiores por falta de perspectivas para as novas gerações e de sobrevivência com dignidade aos adultos de todas as faixas etárias.

EDUCAÇÃO LIBERTA, TRANSFORMA E SALVA

Uma fonte em Brasília revelou a satisfação de ver o crescimento vertiginoso do apoio à iniciativa popular pela criação de um centro de excelência em estudos, pesquisas, ensino e extensão em Corumbá, o maior município em território pantaneiro. Analista experiente, declarou-se surpreendido pelo grau de aceitação da proposta mantida discreta durante os três primeiros meses para não ser confundida com a campanha eleitoral em curso, que, se mal conduzida, poderia ter comprometido sua idoneidade.

A iniciativa de criação da UFPantanal vem ao encontro da ação de importantes cientistas ligados ao emblemático Movimento da Reforma Sanitária que na Constituinte de 1987-8 celebrou a criação do SUS (Sistema Único de Saúde) e hoje, depois do desmonte de políticas públicas consignadas na Constituição de 1988, vê-se ameaçado ante propostas como a ‘saúde única, sistema híbrido’. Participantes do controle social na área da Saúde já assumiram o compromisso de fortalecer a luta em defesa do SUS com base na formação continuada de conselheiros não governamentais com intervenção qualificada.

A demanda popular por Hospital Universitário no coração do Pantanal -- que pressupõe a implantação do curso de Medicina em Corumbá -- e a instalação do Centro Farmacológico e Fitoterápico do Pantanal, propostas pelo superintendente do Ministério da Saúde em MS, Ronaldo de Souza Costa, há poucos dias, foram assumidas por membros do Movimento UFPantanal, que pretendem promover seminário participativo sobre propostas inovadoras para a população de usuários e de trabalhadores do SUS em toda a superfície territorial de Corumbá, que tem o tamanho do território do estado de Sergipe e os povos originários, como os Guató, e tradicionais, como ribeirinhos e quilombolas, não são atendidos em seus direitos em políticas de Saúde, Educação, Assistência Social, Direitos Humanos etc.

Conhecido de muitos interlocutores do Movimento UFPantanal, essa fonte tem convicção de que a Universidade Federal do Pantanal -- efetivando hospital universitário e centro farmacológico -- poderá estar implantada na região, até como uma resposta de governo às demandas por soluções consistentes para a grave questão das urgências decorrentes dos eventos extremos pelas mudanças climáticas. “O Presidente Lula sabe que não dá para ficar enxugando gelo: as ações emergenciais, de combate a incêndios, são imprescindíveis, mas é momento do conjunto de serviços, programas e políticas de Estado de prevenção; e, o mais importante, a Educação, a Ciência & Tecnologia e a Saúde estarão caminhando juntas nesse front -- daí que a UFPantanal é fundamental nesse processo de transformação dessa realidade insólita e perversa.”

INOVAÇÃO, INCLUSÃO, INTEGRAÇÃO

Elaborado a muitas mãos e com rigoroso critério acadêmico, o conjunto de propostas que fundamentam o eixo-motriz da nova universidade federal em construção leva em conta: a) relevância do Bioma Pantanal em risco por causa das mudanças climáticas e do aumento dos incêndios em seu território; b) a urgência de pesquisas científicas para prevenir e conservar a sociobiodiversidade existente em toda a região, cuja peculiaridade exige um conjunto de medidas em sintonia com os saberes das populações originárias e tradicionais; c) adoção de um modelo de desenvolvimento local e regional que leve em conta a formação dos jovens que moram no Pantanal e sua legítima busca de sobrevivência digna no contexto de uma região preterida nas últimas décadas; d) o urgente investimento em um projeto inovador, inclusivo e integrador em região estratégica para a conexão de duas, três nações que dividem os mesmos anseios e cuidados com o Bioma Pantanal, e, e) a adoção dos Espaços Comuns de Educação, conforme ensinado pelo Presidente Pepe Mujica em seu legado de governo na República Oriental do Uruguai.

O processo de construção do projeto da UFPantanal, a exemplo da mobilização, tem sido meticuloso, para assegurar uma participação efetiva de amplos segmentos da sociedade, historicamente não consultados. A tradição brasileira na criação de universidades, até por efeito da Lei da Reforma Universitária de 1968, tem uma característica padrão, que muitas vezes leva à exclusão de importantes atores sociais em sua construção. Por tal razão, com base em estudos exaustivos, depois de definidos os parâmetros gerais, o pré-projeto segue seu processo participativo, por meio de comissões temáticas, até ser concluído, de forma aberta e democrática.

Fruto de demanda histórica e da iniciativa popular, o processo de construção das bases do projeto da UFPantanal é rigorosamente democrático e participativo: o momento oportuno de ser enriquecido, fortalecido e aprimorado será por meio de comissões temáticas, cujos integrantes são os protagonistas de sua realização, a sociedade organizada e a sociedade científica. Essa, aliás, é a gênese das universidades contemporâneas nos países em que a vanguarda científica produz as bases transformadoras das condições fundamentais para o desenvolvimento efetivo de toda a população, sem exclusão e com protagonismo cidadão.

Ahmad Schabib Hany

terça-feira, 12 de novembro de 2024

Cidade Dom Bosco realiza 3ª Feira das Profissões nesta quarta, dia 13

Cidade Dom Bosco realiza 3ª Feira das Profissões nesta quarta, dia 13

Nesta quarta-feira, dia 13 de novembro, a partir das 18 horas, realiza-se a 3ª Feira das Profissões, na sede da Cidade Dom Bosco, rua Dom Aquino Corrêa, 2462, bairro Dom Bosco, em Corumbá. A abertura contará com a participação da banda de música do VI Distrito Naval de Ladário, que executará uma série de temas de seu repertório.

É objetivo do projeto ajudar na escolha profissional dos jovens por meio de um evento comunitário, em que discentes apresentam os trabalhos desenvolvidos ao longo das aulas. A Feira conta com oficinas de carreiras, dinâmicas de grupo, estandes para apresentação dos cursos e exposição de diversos segmentos externos relacionados ao empreendedorismo e profissões, ofícios, serviços e atividades.

Oportuniza aos estudantes da Escola Estadual Dom Bosco organizar, promover e participar da 3ª Feira das Profissões, além de contribuir para a organização de um evento cultural e de extensão à comunidade, apresentando aos visitantes profissões, ofícios, serviços e atividades que poderão ser exercidas mediante cursos da instituição de origem.

A Feira das Profissões é um evento que possui como principal característica a exposição, geralmente de projetos e serviços, feita pelos chamados expositores, em que um público variado pode visitar e ter contato com esses projetos ou serviços, abrindo uma gama de oportunidades para diversas ações, serviços e projetos, além de geração de parcerias e colaboradores no eixo relacionado ao mercado de trabalho.

Cada profissão, serviço, ofício ou atividade visará criar a forma de apresentar as atividades realizadas em seu campo de atuação, desenvolvendo mecanismos e estratégias que serão apresentados aos alunos e à comunidade externa. Serão usadas palestras, oficinas, apresentação de vídeos, slides, atividades recreativas, entre outras estratégias, que expliquem o universo das profissões, serviços, ofícios, atividades, com foco central nas modalidades de sua atuação profissional para o mercado de trabalho, vendas, serviços e representação.

Cada apresentação tem duração de no máximo 50 minutos, por etapas em salas, destinadas para a realização da estratégia, sala de tecnologia, projeto de vida, auditório de vídeo, tablado externo do pátio e mostra em estandes ou barracas de exposição. Cada professor ficará responsável de acompanhar, direcionar e manter a ordem nos locais de apresentação, das chamadas das participações dos alunos e frequências, além do registo em vídeo e fotos para posterior relatório simplificado da parte sob sua responsabilidade.

O projeto será avaliado por meio de somatório e de modo formativo, por meio do desenvolvimento das atividades elaboradas e produzidas tanto em grupos ou de forma individual, sendo atribuídas as notas máximas da seguinte forma: 2 pontos para oralidade; 2 pontos para participação; 2 pontos para escrita (trabalho); 2 pontos para prática – ao final, totalizando 10 pontos.

A expectativa dos organizadores é de uma participação proativa e generosa, com o único intuito de proporcionar um porvir sadio e próspero às próximas gerações de corumbaenses, ladarenses e pantaneiros dos dois lados desta fronteira irmanada pelos anseios de integração e progresso.

quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Abaixo assinado pró-UFPantanal surpreende pela adesão massiva

Abaixo assinado pró-UFPantanal surpreende pela adesão massiva

Abaixo assinado virtual recém-lançado ganhou adesão surpreendente nos últimos dias. Durante as campanhas eleitorais municipais e institucionais, o Movimento pela Universidade Federal do Pantanal permaneceu discreto, em respeito à diversidade de candidaturas, para não confundir eleitores e candidatos.

Quer apoiar? Não pague nada. Caso apareça o pedido da plataforma, divulgue o seu apoio à UFPantanal. Acesse o link <https://www.change.org/p/pela-cria%C3%A7%C3%A3o-da-universidade-federal-do-pantanal-ufpantanal>.

O Movimento pela Universidade Federal do Pantanal -- Movimento UFPantanal -- lançou abaixo assinado online, que em menos de cinco dias chegou a quase mil assinaturas. Essa adesão surpreendeu os interlocutores do movimento, cuja estrutura dispensa burocracia e hierarquização, até para não engessar a mobilização. Esta é uma luta de todos e todas.

O Movimento UFPantanal teve início na véspera da chegada do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Corumbá, em fins de julho, quando recebeu a Carta da UFPantanal, em que se apresentaram as demandas e as razões para a criação de um centro de excelência focado num dos biomas mais castigados pelas mudanças climáticas, o Pantanal.

Constituído por interlocutores e articuladores, o Movimento UFPantanal teve importantes conquistas, inclusive em Brasília. Ainda em agosto, a deputada federal Camila Jara fez a indicação do Projeto Legislativo no plenário da Câmara Federal. Nesse ínterim, diferentes ministérios agendaram audiências para que nossa delegação -- membros da comunidade pantaneira, membros de diferentes segmentos universitários, sociais, econômicos e políticos e, óbvio, integrantes da sociedade científica -- seja ouvida em suas demandas.

Antes um sonho, hoje uma necessidade

Sob o lema “Universidade inovadora e inclusiva”, o projeto de criação da Universidade Federal do Pantanal, com sede em Corumbá, propõe um novo conceito de instituição de ensino, pesquisa, extensão e inovação, focado nas necessidades do Pantanal, quer seja do ponto de vista social, econômico, ambiental, cultural e científico.

A implementação de pesquisas e projetos de extensão focados na realidade pantaneira é uma urgência, sobretudo nesta quadra da história em que fenômenos extremos do tempo, por conta das mudanças climáticas, vêm ameaçando a sobrevivência e a existência dos habitantes do coração do Pantanal e da América do Sul.

Os gastos com as operações de resgate e salvamento emergenciais e de recuperação da fauna e da flora, bem como o apoio às comunidades tradicionais, não têm sido poucos. Os resultados, ainda que questionáveis para muitos, são os possíveis. Por isso é momento de contar com um centro de excelência sobre o Pantanal, que foque a sua gente, o bioma como um todo e defina estratégias de desenvolvimento a médio e longo prazos.

Hora de união pelo bem de todos

Mais que mero centro de altos estudos sobre o bioma, a UFPantanal representa iniciativa relevante do governo federal para potencializar o desenvolvimento sustentado, efetivo, consistente e sustentável da região, cuja história testemunha o protagonismo pioneiro do entreposto comercial cosmopolita do mais antigo centro urbano do sul de Mato Grosso. As promessas redentoras que nunca se concretizaram têm levado a juventude e as famílias com maiores condições de sobrevivência para outros municípios e até fora do estado.

A UFPantanal não só representa a qualificação das novas gerações, como a geração de um número de empregos diretos e indiretos de alto poder aquisitivo, cuja repercussão nos diferentes segmentos da economia local, em especial o comércio varejista, é efetiva. Em vez de corumbaenses e ladarenses se mudarem à procura de novos horizontes, Corumbá, com a UFPantanal, passará a ter condições de oferecer para jovens de todo o Brasil e dos países vizinhos a qualificação profissional tão necessária nestes tempos de crise.

Embora as novas gerações desconheçam, Corumbá foi, no início da década de 1970, uma cidade universitária pioneira, ainda no tempo de Mato Grosso uno. Universitários oriundos de países vizinhos e da África frequentaram até a graduação o então Centro Pedagógico. Na época eles eram chamados de estudantes-convênio, por causa do Convênio Cultural da época com diversos países lusófonos e de língua hispânica. Nessa mesma época, Corumbá sediava importantes certames literários, artísticos, musicais e até radiofônicos, que hoje estão na memória de todos.

Com a divisão de Mato Grosso, Corumbá perdeu esse status, mas Dourados, depois de muita luta, conseguiu emancipar o então Centro Universitário, que além de conseguir uma elevação da qualidade dos cursos universitários com a Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), a população desfrutou de uma elevação de renda e qualidade de vida: aumento da massa salarial, da oferta de empregos, geração de trabalhos indiretos, tanto no comércio como na infraestrutura urbana regional.

Até por uma questão de sobrevivência, precisamos participar do Movimento UFPantanal, cujos benefícios contemplarão todos os setores: econômicos (comercial, turístico, serviços, agricultura familiar e agropecuário), culturais (artístico, literário, cênico, artesanal e audiovisual), sociais (volta de muitos corumbaenses e ladarenses que precisaram deixar sua cidade para tentar novos horizontes, além da vinda de pessoas de diferentes áreas de formação) e científico-tecnológicos (instalação de pequenas e médias iniciativas nas áreas científicas e tecnológicas, inclusive na saúde e alimentação, o que permitirá uma oferta de serviços mais diversificados em nossa região, tão carente de muitos serviços).

Enfim, cara leitora e caro leitor, é hora de sairmos da passividade a que nos impeliram de modo procrastinador: como disse o poeta, um mais um é mais que dois. E como insiste a sabedoria popular, tudo aquilo que faz bem a muitos, pode fazer bem para todos e todas. Não suma, some-se à UFPantanal, uma universidade inovadora, inclusiva e integradora. Do futuro dela dependerão as próximas gerações de corumbaenses e ladarenses. Ou quer continuar a chorar pelo leite derramado?

Ahmad Schabib Hany