quarta-feira, 27 de novembro de 2019
segunda-feira, 25 de novembro de 2019
UFMS/CPAN INAUGURA DIA 25 MUSEU DE ARQUEOLOGIA DO PANTANAL
UFMS/CPAN INAUGURA DIA 25 MUSEU DE ARQUEOLOGIA
DO PANTANAL
O
Museu de Arqueologia do Pantanal será inaugurado em Corumbá na próxima
segunda-feira, dia 25 de novembro de 2019, com exposição permanente de 190
peças arqueológicas, intitulada “Da pré-história do Pantanal à colonização
europeia”, que tem por finalidade estabelecer conexão entre o passado remoto e
o presente. Instalado na Unidade 3 da UFMS/CPAN (antiga Alfândega, sita à Rua
Domingos Sahib, 99, Bairro Cervejaria, no Porto Geral), o horário de
funcionamento é de terça-feira a sábado, das 8h às 17h, com entrada gratuita
para todos os públicos.
O
ato de inauguração ocorrerá às 19h30m (sete e meia da noite) do dia 25,
segunda-feira, na sala A9, da Unidade 3 da UFMS/CPAN, dentro da II Jornada de
Pesquisa e Ensino de História e III Colóquio do ATRIVM/UFMS (25 a 28 de novembro,
na Unidade 3), com a presença dos dirigentes da Universidade Federal de Mato
Grosso do Sul, do diretor do Campus do Pantanal, da coordenadora do Curso de
História e dos responsáveis pela organização do Museu de Arqueologia do
Pantanal. O museu tem o apoio institucional da Acaia Pantanal, que garantiu os
recursos financeiros para viabilizar a montagem da exposição.
É
propósito dos organizadores fazer com que o Museu de Arqueologia do Pantanal desempenhe
o papel de agente de comunicação na formação dos estudantes do ensino
fundamental, médio e superior e no turismo, visando à inclusão dos primeiros
habitantes do Pantanal na história local e regional, que estão fortemente
representados na população das cidades pantaneiras e nas cidades de Puerto Suárez e Puerto Quijarro, na Bolívia.
Fruto
de mais de duas décadas de pesquisa no Pantanal e regiões adjacentes, o acervo
contém fragmentos cerâmicos (88.919 unidades), líticos (5.151 unidades), ossos
(61.348 gramas), sementes (140 gramas), carvões (2.306 gramas), madeiras (122,4
gramas), conchas (181.337 gramas), contas de colar (3.705 unidades), pontas (65
unidades), pingentes (39 unidades) e cachimbos (12 unidades), provenientes dos
sítios arqueológicos e das doações da comunidade local do Pantanal, que estão
devidamente acondicionados, para permitir que interessados, bem como toda a
população, tenham acesso a essa coletânea representativa da pré-história e da
colonização europeia desta região.
Venham, estamos esperando!
Museu de Arqueologia do Pantanal
UFMS – Campus do Pantanal/Unidade
3
Bairro Cervejaria, Rua
Domingos Sahib, nº 99,
79300-130, Corumbá, Mato
Grosso do Sul, Brasil
|
Horário de funcionamento:
Terça-feira a Sábado
Horário: das 8:00 h às 17:00
h.
Entrada gratuita.
Divulgação: Professor J. L. Peixoto
|
domingo, 24 de novembro de 2019
quinta-feira, 21 de novembro de 2019
ATAHUALPA E MOCTEZUMA, PIZARRO E CORTÉS AINDA HOJE...
ATAHUALPA E MOCTEZUMA,
PIZARRO E CORTÉS AINDA HOJE...
O emblemático
asilo político oferecido pelo Presidente López Obrador, em terras de
Tenochtitlán do tlatoani
Moctezuma, ao Presidente Evo Morales, remanescente do Tahuantinsuyo do sapa
inca Atahualpa, a poucos dias de transcorrerem os 500 anos do assalto de Hernán
Cortés e os 487 anos do rapto e tomada por Francisco Pizarro, ambos com a
Bíblia e a espada com a cruz do reino católico da Espanha, e hoje com a Bíblia
e a espada com a cruz do império fundamentalista neopentecostal dos Estados
Unidos.
Diante da acintosa
traição dos comandantes da Polícia Boliviana e das Forças Armadas, o Presidente
Evo Morales anuncia sua renúncia a exatos seis dias de se completarem 487 anos
da ardilosa tomada do Império Inca pelo espanhol Francisco Pizarro. Em 16 de
novembro de 1532, tropas da cavalaria espanhola, fortemente armada, impuseram,
mediante a Bíblia e uma espada, humilhante capitulação ao Sapa Inca Atahualpa,
enfraquecido pelas lutas contra seu irmão Huáscar pela sucessão e controle de
Cuzco (capital do Tahuantinsuyo), acreditando estar recebendo a benfazeja
comitiva de divindades anunciadas pelos ancestrais incas. Deu no que deu: mais
de 500 anos de opressão, saques e miséria em nome de um “deus” nada justo
contra uma civilização originária cuja tríade orientadora era “não mentir, não
roubar, não matar”. A despeito de tantas mentiras e fake news, Evo Morales,
em pleno século XXI, refunda a Bolívia como Estado Plurinacional, em bases
profundamente democráticas e à luz do respeito aos Direitos Humanos em todas as
suas dimensões, promovendo um processo de transformações culturais, sociais,
econômicas e políticas nunca antes vistas, e sobretudo o reconhecimento e a
inclusão de 36 etnias invisibilizadas desde os tempos da colonização.
Nesse mesmo dia, 10
de novembro de 2019, as tropas de fantoches do império decadente de hoje,
representado pelos Estados Unidos -- a maldita assombração que desde fins do
século XIX representa morte, saques, miséria, humilhações e perversidades aos
povos que se levantam para fazer sua própria história --, personificadas pelo (sic)
“macho-qué-macho” Luis Fernando Camacho Vaca (um lavador de dinheiro do
narcotráfico e da sonegação pego pelo Panamá Papers, filho de um ex-membro da
quadrilha de Pablo Escobar na Bolívia), pelo jornaleiro e pseudohistoriador
Carlos Diego de Mesa Gisbert (aquele que foi sem nunca ter sido, usurpador da
autoria do manual de “Historia de Bolivia” do historiador Humberto Vásquez
Machicado, que convidara os pais de Mesa para manter atualizada a obra antes de
falecer, em 1958) e a autoproclamada presidenta sem voto Janine Áñez (tia e
protetora do traficante pego em Tangará da Serra, MT, com 420 quilos de
cocaína) adentram ao Palácio Quemado com a Bíblia e uma vara com contornos
fálicos que nos remetem aos primeiros dias da maldita chegada dos invasores
ibéricos para, em nome de (sic) “cristianizar pagãos”, realizar saques, escravidão,
humilhação e imposição de miséria e promoção de genocídios sucessivos às
populações originárias.
Como todo amontoado
de seres recalcados que se convertem a seitas fundamentalistas neopentecostais
que exalam a ódio medieval, as hordas insanas teleguiadas desde a metrópole
estadunidense, com o reconhecido ajutório do maldito -- jamais mito -- líder da
quadrilha que tomou de assalto os destinos da maior nação latino-americana, estão
promovendo em todo o território boliviano mais um dos milhares de genocídios
perpetrados desde a chegada desses seres tomados pela ganância e pela
hipocrisia em fins do século XV à ilha de Cuba, quando, em 28 de outubro de
1492, Cristóvão Colombo inicia a posse das novas terras em nome de (sic)
“suas majestades” os reis católicos Fernando de Aragão e Isabel de Castela. Poucos
sabem, mas quando Colombo naufragou com a nau Santa Maria, ele e sua tripulação
foram salvos pelos habitantes originários da Ilha, que não tiveram a mesma
sorte, pois os invasores exterminaram e saquearam os povos originários,
deixando em seu lugar os africanos escravizados, igualmente vítimas daquilo que
cinicamente chamam de civilização ocidental.
O que o(a)s descendentes
dos fantoches colonizadores não contavam era com a solidariedade do Presidente
López Obrador, que viria ocorrer a poucos dias dos quinhentos anos do nada
benfazejo encontro entre o tlatoani (imperador) Moctezuma Xocoyotzin, ocorrido
precisamente em 19 de novembro de 1519, e o ávido e ganancioso castelhano Hernán
Cortés, que habilidosa e cinicamente se apossara de todo o império Azteca, a
partir de Tenochtitlán, hoje México, capital do país com o mesmo nome, reduzido
a uma ex-colônia espanhola cujo caudilho Porfírio Díaz um século atrás profetizara
“Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos”. Longe de
permanecer na retórica, López Obrador condenou formalmente o golpe de Estado na
Bolívia avalizado pela Organização dos Estados Americanos, ofereceu asilo
político aos membros do governo golpeado pelo(a)s fascistas ensandecido(a)s e
materializou seu propósito enviando uma aeronave da Força Aérea do México a La
Paz com um périplo dantesco em razão da intervenção do governo estadunidense
para impedir apoio à comitiva presidencial da Bolívia. Com sabedoria, a Chancelaria
do México assegurou proteção à integridade física do Presidente Evo Morales, do
Vice-presidente Álvaro García Linera e da Ministra da Saúde Gabriela Montaño, cujas
famílias foram alvo do criminoso propósito de matá-los.
Ainda que
fantoches serviçais do império decadente teimem nas práticas etnocidas e
fraticidas, a América Latina está mais determinada que nunca a virar a página, jogando
o colonialismo, a traição, os vendilhões e o(a)s privatistas de primeira hora ao
lixo da história. Cabe agora ao povo, nas ruas e nos campos, a barrar a
escalada criminosa do neofascismo impregnado de fundamentalismo neopentecostal.
Sem medo e sem titubeio, o(a)s sanguinário(a)s e seus amos pagarão muito caro,
com sua própria existência, o crime perpetrado contra a humanidade. Não passarão
esse(a)s canalhas maldito(a)s, hipócritas e mentecapto(a)s que usam a boa-fé do(a)s
menos informado(a)s para disseminar suas maldades e propósitos inconfessáveis.
Ahmad Schabib Hany
segunda-feira, 18 de novembro de 2019
sexta-feira, 15 de novembro de 2019
quarta-feira, 13 de novembro de 2019
terça-feira, 12 de novembro de 2019
segunda-feira, 11 de novembro de 2019
GOLPE CÍVICO-POLICIAL-MILITAR INTERROMPE PERÍODO DE ESTABILIDADE E PROSPERIDADE DA BOLÍVIA
GOLPE CÍVICO-POLICIAL-MILITAR INTERROMPE PERÍODO DE ESTABILIDADE E PROSPERIDADE NA BOLÍVIA
Depois da explosão da onda neofascista dos últimos dias; dos sucessivos atentados contra manifestantes em defesa do voto dado nas eleições gerais de 20 de outubro; do sequestro, tortura e agressões humilhantes contra autoridades e dirigentes políticos e sindicais ligados ao partido do Presidente Evo Morales (MAS, Movimento Ao Socialismo); do motim (ou aquartelamento) do comando da Polícia Boliviana, que depois de um vai-não-vai se somou aos protestos anti-Evo; do incêndio e depredação de residências de membros do governo e de parentes do Presidente boliviano, e de ameaças explícitas de eliminação física, inclusive das maiores autoridades do país, no domingo, 10 de novembro, o general Williams Kaliman, em nome do comando conjunto das Forças Armadas da Bolívia, "sugeriu" a renúncia do comandante-chefe dessas forças e Presidente Constitucional do Estado Plurinacional da Bolívia eleito em 2014 e em pleno exercício do mandato presidencial até o dia 20 de janeiro de 2020, além de ter sido o mais votado nas últimas eleições.
Neste cenário de flagrante quebra institucional sem precedentes com a omissão expressa das forças da ordem ante a escalada de violência promovida por uma horda bestial rotulada de cidadania mas sobejamente municiada contra as bases políticas do governo, o Presidente Evo Morales Ayma e o Vice-presidente Álvaro García Linera, num ato de magnanimidade e elevado espírito de estadistas, em memoráveis discursos, manifestaram a difícil decisão de ter que renunciar aos mandatos e à continuidade do processo de transformações iniciadas em 2006 para evitar o derramamento de sangue do povo boliviano, sobretudo das pessoas mais humildes, vítimas de ações terroristas inéditas na América Latina, que fazem jus à origem do atual presidente do Comitê Cínico de Santa Cruz, Luis Fernando Camacho (pronuncia-se "qué-macho") Vaca, ex-vice-presidente, entre 2002 e 2004, da União das Juventudes Cruzenhistas (uma versão boliviana da nefasta Juventude Hitlerista, de triste memória), bacharel em Direito, recém-convertido e novo missionário cristão pentecostal fundamentalista e sócio das empresas "Naturaleza y Vida" e "Navi Holding S/A" (esta última envolvida no escândalo Panamá Papers, em que empresas de "offshore" foram flagradas lavando quase um bilhão de dólares de origem suspeita para 67 empresas e 29 empresários bolivianos).
Analistas internacionais renomados, como Hugo Moldiz e Amaury Chamorro chamam a atenção para os requintes de crueldade no assédio de pessoas humildes com algum tipo de protagonismo nestes quase 14 anos do governo popular de Evo Morales. É impressionante o ódio incutido nessas hordas bestiais, a despeito de sua aparência saudável e bem nutrida, em sua maioria universitário(a)s de instituições públicas revitalizadas pelo governo contra o qual se insurgem como teleguiado(a)s. Profissionais com reputação jornalística ilibada se perguntam qual é a motivação para que seres ensandecidos possam agir de maneira tão estúpida e insensível, submetendo à humilhação e à tortura gente humilde que "cometeu o crime" de se sentir cidadã pela primeira vez na história da Bolívia. Aliás, além de ter tirado da linha da pobreza trinta por cento da população que hoje constitui a classe média boliviana, Evo-Álvaro mantiveram as reservas do tesouro nacional da Bolívia e a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) acima dos cinco por cento nos últimos 12 anos, contrariando a tendência dos países vizinhos, encalacrados em acertos com o FMI (Fundo Monetário Internacional) que não só acabaram com suas reservas como fizeram a sua economia entrar em estagnação, como é o caso do Brasil e da Argentina.
Acontece que, para os setores parasitários das elites bolivianas, acostumados às benesses do poder e a uma corrupção atávica (impune porque consentida) desde os tempos coloniais, uma economia superavitária não é razão de reconhecimento, orgulho ou comemoração -- ao contrário, é motivo de preocupação, pois os descendentes dos encarcerados e fora da lei desterrados para colonizar a América não aceitam até hoje que um "índio" vindo do campo possa ter capacidade igual ou superior que os seus saudáveis filhos. Maior é o ódio e a inveja, até porque, como em todo país latino-americano, o recalque e o ressentimento estão presentes em todas as famílias de todas as classes sociais, combustível para a intolerância e a rejeição contra as pessoas de origem proletária e indígena. Pior ainda quando se trata de ter que se submeter a uma aduana e uma polícia boliviana com carreira de Estado, ao igual que as forças armadas, profissionalizadas com dignidade e meritocracia. Tudo em vão, pois o "El Macho" ou "Qué Macho" encontrou o ponto "g" de sua submissão em menos dias que o imaginável...
Por outro lado, a cega ânsia de humilhar, torturar e matar os membros do governo que assegurou plena soberania à Bolívia também demonstra o acerto de Evo e Álvaro no combate à corrupção e ao narcotráfico entranhados desde os nefastos tempos da ditadura sanguinária de Hugo Banzer Suárez, que, em 1976, desviou os 500 milhões de dólares do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) destinados para o financiamento do plantio do algodão para a produção da cocaína em escala industrial (como demonstra René Bascopé Aspiazu, em "La veta blanca", de 1983), o que da noite para o dia tornou uma vintena de "amigos" do coronel que se autopromoveu a general em pleno exercício da ditadura, em 1971. Os mesmos que financiaram o golpe travestido de "protestos" muito bem remunerados em uma centena de cidades e povoados bolivianos, sobretudo nas fronteiras com o Brasil, graças às amizades entre Branko Marinkovic e altos assessores do atual governo direitista brasileiro.
Como bem disse Noam Chomsky, do alto de sua experiência política como observador americano consciente das "proezas" do poder profundo dos Estados Unidos, Evo Morales, se não for deposto, tem que ser morto. Essa é a determinação de Donald Trump a seus fantoches na Bolívia. Depois de que a Casa Branca trouxe de volta a Doutrina Truman, parida durante a Guerra Fria, e a entrelaçou à Doutrina Monroe, aquela do século XIX, de "a América para os americanos", a América Latino ficou mais exposta ao estado de humor do inquilino da Casa Branca. Sobre isso, já dizia o ditador mexicano Porfírio Díaz, referindo-se ao destino de seu país, "Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos"...
Juan Evo Morales Ayma e Álvaro García Linera entram para a História como estadistas que deram às imensas camadas populares bolivianas a dignidade saqueada junto com as riquezas e prometidas pelos colonizadores e descendentes ao longo da República como um "regalo", um presente, nunca entregue. Assim como no Brasil, precisou ser um presidente oriundo das classes proletárias para fazer com desenvoltura e abnegação aquilo que nunca passou de promessa de malandro para surrupiar a joinha da moça casadoira. Só que não (como dizem os jovens), pois somos testemunhas privilegiadas que, por durante quase 14 anos -- e antes do bicentenário da independência da Bolívia, que se comemorará em 2025 --, o povo boliviano conheceu, viveu e desfrutou. E quem conhece não esquece, ainda que fantoches messiânicos como o "Qué Macho!" teimem em intimidar, assediar, ameaçar, sequestrar, torturar, agredir e matar...
Analistas internacionais renomados, como Hugo Moldiz e Amaury Chamorro chamam a atenção para os requintes de crueldade no assédio de pessoas humildes com algum tipo de protagonismo nestes quase 14 anos do governo popular de Evo Morales. É impressionante o ódio incutido nessas hordas bestiais, a despeito de sua aparência saudável e bem nutrida, em sua maioria universitário(a)s de instituições públicas revitalizadas pelo governo contra o qual se insurgem como teleguiado(a)s. Profissionais com reputação jornalística ilibada se perguntam qual é a motivação para que seres ensandecidos possam agir de maneira tão estúpida e insensível, submetendo à humilhação e à tortura gente humilde que "cometeu o crime" de se sentir cidadã pela primeira vez na história da Bolívia. Aliás, além de ter tirado da linha da pobreza trinta por cento da população que hoje constitui a classe média boliviana, Evo-Álvaro mantiveram as reservas do tesouro nacional da Bolívia e a taxa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) acima dos cinco por cento nos últimos 12 anos, contrariando a tendência dos países vizinhos, encalacrados em acertos com o FMI (Fundo Monetário Internacional) que não só acabaram com suas reservas como fizeram a sua economia entrar em estagnação, como é o caso do Brasil e da Argentina.
Acontece que, para os setores parasitários das elites bolivianas, acostumados às benesses do poder e a uma corrupção atávica (impune porque consentida) desde os tempos coloniais, uma economia superavitária não é razão de reconhecimento, orgulho ou comemoração -- ao contrário, é motivo de preocupação, pois os descendentes dos encarcerados e fora da lei desterrados para colonizar a América não aceitam até hoje que um "índio" vindo do campo possa ter capacidade igual ou superior que os seus saudáveis filhos. Maior é o ódio e a inveja, até porque, como em todo país latino-americano, o recalque e o ressentimento estão presentes em todas as famílias de todas as classes sociais, combustível para a intolerância e a rejeição contra as pessoas de origem proletária e indígena. Pior ainda quando se trata de ter que se submeter a uma aduana e uma polícia boliviana com carreira de Estado, ao igual que as forças armadas, profissionalizadas com dignidade e meritocracia. Tudo em vão, pois o "El Macho" ou "Qué Macho" encontrou o ponto "g" de sua submissão em menos dias que o imaginável...
Por outro lado, a cega ânsia de humilhar, torturar e matar os membros do governo que assegurou plena soberania à Bolívia também demonstra o acerto de Evo e Álvaro no combate à corrupção e ao narcotráfico entranhados desde os nefastos tempos da ditadura sanguinária de Hugo Banzer Suárez, que, em 1976, desviou os 500 milhões de dólares do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) destinados para o financiamento do plantio do algodão para a produção da cocaína em escala industrial (como demonstra René Bascopé Aspiazu, em "La veta blanca", de 1983), o que da noite para o dia tornou uma vintena de "amigos" do coronel que se autopromoveu a general em pleno exercício da ditadura, em 1971. Os mesmos que financiaram o golpe travestido de "protestos" muito bem remunerados em uma centena de cidades e povoados bolivianos, sobretudo nas fronteiras com o Brasil, graças às amizades entre Branko Marinkovic e altos assessores do atual governo direitista brasileiro.
Como bem disse Noam Chomsky, do alto de sua experiência política como observador americano consciente das "proezas" do poder profundo dos Estados Unidos, Evo Morales, se não for deposto, tem que ser morto. Essa é a determinação de Donald Trump a seus fantoches na Bolívia. Depois de que a Casa Branca trouxe de volta a Doutrina Truman, parida durante a Guerra Fria, e a entrelaçou à Doutrina Monroe, aquela do século XIX, de "a América para os americanos", a América Latino ficou mais exposta ao estado de humor do inquilino da Casa Branca. Sobre isso, já dizia o ditador mexicano Porfírio Díaz, referindo-se ao destino de seu país, "Pobre México, tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos"...
Juan Evo Morales Ayma e Álvaro García Linera entram para a História como estadistas que deram às imensas camadas populares bolivianas a dignidade saqueada junto com as riquezas e prometidas pelos colonizadores e descendentes ao longo da República como um "regalo", um presente, nunca entregue. Assim como no Brasil, precisou ser um presidente oriundo das classes proletárias para fazer com desenvoltura e abnegação aquilo que nunca passou de promessa de malandro para surrupiar a joinha da moça casadoira. Só que não (como dizem os jovens), pois somos testemunhas privilegiadas que, por durante quase 14 anos -- e antes do bicentenário da independência da Bolívia, que se comemorará em 2025 --, o povo boliviano conheceu, viveu e desfrutou. E quem conhece não esquece, ainda que fantoches messiânicos como o "Qué Macho!" teimem em intimidar, assediar, ameaçar, sequestrar, torturar, agredir e matar...
Ahmad Schabib Hany
domingo, 10 de novembro de 2019
sábado, 9 de novembro de 2019
RESISTIR POR LA PAZ
RESISTIR
POR LA PAZ
Gestos têm a eloquência dos mais convincentes
discursos -- na verdade, mais até. Nestas semanas a Bolívia, depois de longo
tempo de prosperidade econômica e paz social, tem sido palco de uma sórdida
temporada de barbárie protagonizada por supostos “democretinos” de ocasião:
antes mesmo de concluído o escrutínio das eleições gerais de 20 de outubro de
2019, “denunciavam” fraude sem apresentar uma única prova, e em seguida promoviam
a barbárie com a desenvoltura do parasitismo e rapinagem próprios dos que
sempre viveram à sombra da contravenção, do crime, da sonegação, do narcotráfico.
O primeiro a tentar roubar a cena, até
por ter sido o segundo colocado nas eleições presidenciais de 2019, foi o
ex-presidente renunciante e “historiador” e “jornaleiro” Carlos de Mesa, que
mal tentou “liderar” as hordas bárbaras -- resultantes do “ajuntamento” de racistas,
neofascistas, serviçais do império, traficantes, meliantes, delinquentes, recalcados/as
e parasitas -- foi jogado para o escanteio por um verme, verdadeiro pulha, chamado
Luis Fernando Camacho Vaca, um arremedo boliviano do igualmente lumpen Juan
Guaydó, aquele que foi sem nunca ter sido (nos sábios epítetos criados pelo
saudoso camarada Dias Gomes, imortal criador de “O Bem-Amado” e “Roque Santeiro”,
de saudosa memória).
Quem é, afinal, Luis Fernando Camacho
Vaca, o atual presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz e ex-vice-presidente
(entre 2002 e 2004) da temida União da Juventude Cruzenhista (UJC), vandálica
organização reconhecidamente neofascista que, sobretudo entre 2008 e 2009,
promoveu uma avassaladora temporada de barbárie, humilhações a pessoas de
ascendência originária e saques a empresários e pequenos comerciantes que “ousavam”
não acatar suas determinações. Esse arremedo de tiranete serviçal do império decadente,
que é portador de um diploma de bacharel em Direito por uma universidade
privada de sua cidade natal e de um mestrado em Direito Público e Tributário em
uma universidade de Barcelona (Espanha), se declara empresário, membro de uma
sociedade familiar que inclui a “Nacional Vida” e a “Navi International Holding
S/A”, acusadas de lavar dinheiro sujo e envolvida no caso “Panama Papers”, em
que empresas “offshore”, para sonegar impostos, se refugiaram em paraísos
fiscais (no caso, o Panamá), desviando milhões de dólares de procedência ilegal
(ou da corrupção, ou do tráfico).
Covarde e bravateiro (além de ladrão comprovado
por conta da sonegação de milhões de dólares num país como a Bolívia, em que
cada dólar desviado representa mais miséria no seio de famílias humildes), Camacho
Vaca esconde sua origem “kolla” -- o pai é um empresário cochabambino
beneficiado pelas políticas de incentivos fiscais para o desenvolvimento industrial
da Bolívia --, daí por que banca o cruzenhista radical, o mais camba dos cambas.
Mas, não por acaso, um dos inúmeros processos contra Camacho Vaca é pela comprovação
de que suas empresas não só sonegavam como lavavam dinheiro sujo de 67 outras
empresas bolivianas e 29 grandes empresários de seu país. Entende-se, então, a
razão da contundência de sua posição anti-institucional: como todo corrupto,
precisa quebrar a ordem constitucional para assegurar seus interesses
inconfessáveis (e o de seus amos, como lacaio que é).
A bravata mais recente, depois de ter
dado uma rasteira no vaidoso pseudointelectual Carlos Diego de Mesa Gisbert,
foi ter anunciado levar e protocolar pessoalmente uma carta ao Presidente Juan
Evo Morales Ayma à Casa Grande do Povo (nova denominação do Palácio
Presidencial, que desde 1948 passara a ser chamado de “Palacio Quemado”, depois
da insurreição popular que imolou o então presidente Gualberto Villaroel, no
ano anterior). Cheio de jogo de cena (lembra muito o boçal nato que gravita por
estas plagas), depois de idas e vindas, amarelou e não entregou, pois é muito
mais covarde que o que aparenta. Só quando estiver no colo de meia dúzia de
generecos golpistas (da reserva), como ele deseja, é que se sentirá com
suficiente coragem para fazê-lo. É do tipo que ronroneia quando está no colo de
um portentoso fardado.
Mas pode esperar sentado, pois, após
uma tentativa de sublevação de alguns oficiais-generais da Polícia Nacional em
três capitais departamentais distantes do epicentro da sede de governo
boliviana, toda a cúpula das Forças Armadas bolivianas, de modo uníssono e conciso,
reiterou seu irremovível compromisso com o Estado de Direito e a Constituição
do país, deixando claro que as questões políticas não as tirarão de seu compromisso
constitucional de defender a unidade da nação e do Estado. Embora emissoras de
televisão golpistas (iguais à Gloebbels no Brasil) tenham tentado dar outra
interpretação à declaração oficial conjunta dos comandantes militares bolivianos
(de que isso é um “ultimato” para o governo constitucional do Presidente Evo
Morales), observadores experimentados entendem que é um claro revés a qualquer
tentativa de golpe diante do aliciamento de altos oficiais da reserva,
sobretudo aqueles que serviram ao facínora sanguinário Hugo Banzer Suárez,
ditador entre 1971 e 1978 cujo regime institucionalizou a produção da cocaína
como a mais importante atividade econômica no período ditatorial em que
promoveu o terrorismo de Estado e uma carnificina nunca antes vista no país.
Camacho Vaca, agora como líder
messiânico (passou a incorporar o discurso dos fundamentalistas evangélicos
neopentecostais), parte para o tudo ou nada. Anunciou neste sábado, em meio a diversos
motins incentivados por ele e pelos parasitas que o acompanham em diferentes capitais
departamentais distantes de La Paz, que o “alvorecer desta segunda-feira será a
cruzada final”, numa clara ameaça à vigência do Estado de Direito e à deflagração
de um golpe de Estado. Destituído de qualquer mandato popular, por via eleitoral
ou comunitária, esse autoproclamado “defensor da democracia” (quando seu passado
demonstra exatamente o contrário) arvora-se paladino da pátria boliviana ao mesmo
tempo em que instiga seus legionários vandálicos a atentar contra a vida e a democracia,
bem como depredar acintosamente bens públicos de um país que começa a sair da pobreza
e cujos recursos investidos têm um valor incomensurável.
Diante disso, todos os setores
democráticos verdadeiramente comprometidos com os mais comezinhos princípios libertários
e solidários desenvolvidos pela humanidade nos últimos milênios têm o dever
moral de repudiar veementemente a tentativa golpista de interromper a vida
constitucional da Bolívia, construída com muito denodo e generosidade por
gerações que deram a vida ou os melhores momentos de sua existência para oferecê-la
às novas gerações como um legado inarredável. Como propugnava uma consigna
latino-americana de 1980 ante a escalada golpista dos narcogenerais comandados
por Luis García Meza, “resistir por La Paz”. Resistamos, pois, todos/as, por La
Paz e pela democracia em nossa América Latina, cada vez mais assediada pelos
fantoches do império, sejam eles togados, fardados ou mascarados.
Ahmad
Schabib Hany
sexta-feira, 8 de novembro de 2019
quinta-feira, 7 de novembro de 2019
quarta-feira, 6 de novembro de 2019
terça-feira, 5 de novembro de 2019
CARLOS DE MESA, A MENTIRA COM NOME E SOBRENOME
CARLOS
MESA, A MENTIRA COM NOME E SOBRENOME
Filho de um casal de docentes
universitários dos cursos de Arquitetura e História -- José de Mesa e Teresa
Gisbert de Mesa --, o jornalista (ou, melhor, jornaleiro, pois virou patrão
depois de criar a Rede PAT, uma versão andina da CNN) Carlos Diego de Mesa Gisbert
é a expressão mais precisa daqueles seres que vivem da mentira consentida pelas
elites. Longe de ter sido privado de prosseguir os estudos universitários
naqueles cruentos tempos de sucessivas ditaduras militares, o jovem bem-nascido
com ares de intelectual iniciou duas graduações nunca concluídas, a de Letras e
depois a de História. Como nunca esteve exilado, não pôde realizar um mestrado
ou doutorado em universidades abertas, como as da Suécia, que concederam
títulos universitários a diversos perseguidos políticos latino-americanos.
Graças à generosidade do hoje saudoso
Jornalista Lorenzo Carri, um argentino-boliviano de talento singular e de um
coração igualmente magnânimo, valeu-se de uma oportunidade quando o sisudo
cronista esportivo e brilhante analista político dirigia o departamento de
jornalismo da solene e respeitada Rádio Cristal, uma FM de altíssimo nível de
propriedade do emblemático radialista Mario Castro, outra referência do rádio
na América Latina. Ingrato, Mesa foi incapaz de, em seu breve e conturbado
mandato presidencial, conferir algum título de reconhecimento a esses dois
grandes mestres do Jornalismo e da Radiodifusão responsáveis pelo sucesso profissional
imerecido e injustificado. Tanto é verdade, que a Rede PAT (“Periodistas
Asociados de Televisión”) não teve estrutura nem estratégia para sobreviver ao
seu próprio desgoverno, de privataria e entregas das riquezas nacionais, a
despeito da luta dos próprios pais, nacionalistas do extinto Movimiento
Nacionalista Revolucionario (MNR).
Medíocre e oportunista, Carlos Mesa
valeu-se do convite dos pais para participar da coautoria de um manual de
História da Bolívia criado pelo renomado historiador Humberto Vásquez Machicado
décadas atrás (quando o pretenso intelectual sequer era púbere), e algumas
edições depois, com o maior cinismo, substituíra o titular (falecido em 1958)
dessa obra de referência de estudantes e professores no vizinho país, num
flagrante caso de apropriação indébita e escandalosa. O episódio causou muito
desconforto a seus pais, reconhecidamente competentes e donos de uma biografia
impecável, a despeito da falta de caráter do filho Carlos Diego, introduzido à
política pelas mãos entreguistas de Gonzalo Sánchez de Losada, “Goni”, que
teria deixado um “ajutório” em milhares de dólares para tê-lo de vice em sua
chapa em 2002.
Sobre o episódio, de modo sucinto e
claro, o coletivo cidadão boliviano “Primera Plana” cita o Professor Ramiro
Fernández Quisbert, presidente da Associação Nacional dos Profissionais de
História, e observa adiante: “A História esqueceu Humberto Vásquez Machicado e
premiou com o rótulo fictício de grande intelectual Carlos de Mesa, sendo toda
uma falácia consentida como verdade durante muitos anos e o livro História da
Bolívia estudado na formação escolar invisibilizando as grandes revoluções
indígenas que propiciaram a independência da Bolívia, as transformações sociais
desde a luta popular subalterna e o papel dos movimentos sociais contra o modo
liberal e neoliberal da administração pública da Bolívia.”
Eleito vice-presidente da Bolívia na
chapa de outro embuste eleitoral, o tristemente célebre “Goni” (outro que
ostentava diploma de bacharel em Filosofia sem nunca ter cursado, até ser
desmascarado nos Estados Unidos), assumiu a presidência do País por efêmero
período para repetir o covarde ato de renunciar e partir para a metrópole dos
fantoches serviçais, sob acusação de incompetência, servilismo ao império e
corrupção. Depois disso, permaneceu no ostracismo, vítima de seu narcisismo e
falta de caráter, até ser convidado para integrar uma comissão de alto nível
para tratar das demandas marítimas da Bolívia, que desde 1879 perdeu sua saída
ao Oceano Pacífico depois de ter participado de uma conflagração armada, ao
lado do Peru, contra o Chile.
Aliás, foi o próprio presidente Evo
Morales Aima -- contra quem hoje conspira -- que o reabilitou politicamente
quando o chamou para participar da comissão de alto nível para a solução
marítima, ao lado de ex-presidentes como eminente Juiz Eduardo Rodríguez
(presidente da Suprema Corte de Justiça que exerceu a presidência do país
depois da renúncia de Mesa e assegurou um processo eleitoral isento e
transparente que permitiu a eleição do atual presidente boliviano), trazendo-o
de volta ao cenário político boliviano.
Além da vaidade e do narcisismo, Carlos
Mesa padece do mesmo mal das elites dominantes latino-americanas, que, igual
escorpião peçonhento, não conseguem deixar de picar quem os ajuda. Mal se
encerraram os escrutínios de outubro, sem que a contagem dos votos tivesse sido
totalizada, o caricato William Waak andino incitou canhestramente ao não
reconhecimento dos resultados, numa prova cabal de sua total falta de convicção
democrática. Não só imitou o nefasto Aécio Neves em 2014 quando sofreu uma
derrota acachapante de Dilma Rousseff e o levou à conspiração contra o Estado
Democrático de Direito de cujas consequências a nação é vítima até a presente
data, como atentou contra os mais comezinhos princípios de urbanidade e
civilidade por dar o sinal verde para as hordas de mortos-vivos alimentados de ópio
(digo, pasta-base) e ódio, intitulados de (sic) “juventude hitlerista” levar a
barbárie pela Bolívia afora.
Tal como aqui, em que “órfãos” e
“viúvas” da (mal)ditadura saíram dos fétidos e sombrios porões em que se
achavam desde 1985, do outro lado da fronteira os filhos bastardos dos
narcogenerais (entre os quais o facínora há pouco tempo falecido de sobrenome
García Mesa) promovem barricadas para interromper as transformações
conquistadas pela maioria do povo boliviano, cansado de entreguismo e servidão
ao império decadente. Não é preciso ser expert em economia para saber que a
Bolívia até o momento detém os melhores indicadores econômicos precisamente
pela adoção de uma política econômica sustentável e soberana, em que as
riquezas nacionais são geridas pelos atores sociais bolivianos, e não mais pela
volátil e voluptuosa bolsa de valores de Nova York, responsável pela
quebradeira que aniquila as depauperadas economias do Chile de Piñera, da
Argentina de Macri, do Equador de Moreno e da Colômbia de Duque.
É fundamental que se preste atenção nas
apreensões volumosas de cocaína, cujo tráfico até hoje é controlado pelos
“órfãos” do maior facínora boliviano, o falecido coronel autopromovido a
general em 1971 (quando recém-proclamado ditador por mais de sete anos) Hugo
Banzer Suárez. Ao lado dos fantoches e serviçais do império, são os traficantes
os mais desesperados por interromper o ciclo econômico superavitário da
Bolívia, afinal, a implantação de uma política meritocrática na aduana, nas
polícias e nas forças armadas sepultou qualquer possibilidade de manter os
feudos oligarcas que abasteciam de corrupção as instituições públicas bolivianas.
Diferentemente de muitos países
latino-americanos em que lideranças populares são mortas impunemente, o povo
boliviano tem feito a sua história com altivez e coragem, de fazer inveja a
qualquer bravateiro metido a patriota, que quando vê um guarda-roupa loiro de
olhos azuis começa a ronronear...
Ahmad
Schabib Hany
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