Morreu
hoje (1º de março), ao meio dia, um inocente de 7 anos privado do convívio de seu avô no
último ano. Trata-se de Arthur Araújo Lula da Silva, neto do Presidente Lula,
que há poucas semanas perdeu seu irmão mais velho, o Vavá, e foi impedido de acompanhar
seu funeral. Segundo o hospital em que foi atendido, em Santo André (região metropolitana
de São Paulo), a causa da morte foi menigite menigocócica.
O
pequeno Arthur nascera depois que Lula concluíra seu segundo mandato e a
Presidenta Dilma Rousseff estava no primeiro mandato. O mais ilustre preso
político do Brasil, hoje oficialmente candidato ao Prêmio Nobel da Paz, estava
terminando seu tratamento contra um câncer quando visitou, com Dona Marisa
Letícia, o neto na maternidade.
A
última vez que estiveram juntos foi em abril, na celebração religiosa realizada
antes de Lula se entregar aos seus carcereiros. No Dia dos Pais do ano passado,
o hoje anjinho Arthur foi impedido, com seus pais, primos e tios, de visitar o
avô nas masmorras da republiqueta de Cu ritiba, por determinação do
carcereiro-mor e hoje sinistro da Justi$$$a Sérgio Moro, discípulo da Opus Dei,
de triste memória (afinal, fundada por fascistas católicos seguidores do
sanguinário Francisco Franco, ditador da Espanha por quase 50 anos).
Desta
vez a desfaçatez não chegou ao cúmulo de impedi-lo novamente de comparecer ao
velório de um familiar, mas as ridículas exigências (como de não ser revelado o
percurso a ser feito pelo ex-presidente rumo à região metropolitana de São
Paulo) tem o fétido odor do acinte e do deboche do(a)s canalhas que esnobam um
poder que jamais lhes foi conferido.
E
numa prova de que a insanidade monstruosa da família que pretende ser uma
dinastia por conta do acaso não tem limites, Eduardo, filho do Capetão, não
perdeu a oportunidade de agredir o Presidente Lula em seu momento de dor. Ignóbil,
achincalhou a dignidade de um ex-dignitário que, ao contrário do miolo-mole de
seu pai, deu visibilidade e respeitabilidade ao país em todos os fóruns do
mundo, sem recorrer ao demagógico bandejão em Davos ou sancionar a proposta de
emenda constitucional que desmonta a Previdência Social de chinelo e moleton,
em mais um ato de amesquinhamento dos ritos do cargo.
Tenho
a honra de ser testemunha participante das transformações promovidas pelos
quatro mandatos de Lula e Dilma, decorrentes (as transformações) das conquistas
da Constituição Cidadã, defenestrada pela quadrilha que depôs a legítima
presidenta eleita e reeleita Dilma Rousseff. Mer(d)Shell T(r)emer, Romero Jucá,
Eduardo Cunha, Aécio Neves, José Serra et caterva acreditavam que,
interrompendo o mandato constitucional da presidenta deposta, poderiam retornar
ao Palácio da Alvorada sem maiores esforços. Deram-se mal, pela incompetência e
arrogância. Hoje estão amargando as consequências de sua cobiça, tendo que se
submeter aos caprichos do capetão.
São,
aliás, dantescas as mais recentes cenas paridas das mais altas esferas de
governo, tamanho o medievalismo a que reduziram este país que há pouco menos de
quatro anos chegou a ser uma digna referência no Planeta pelo exitoso combate à
fome, pela triunfal inclusão social e pela capacidade de articular, no concerto
das nações, importantes conquistas humanitárias, pacifistas e ecológicas
mudanças conceituais e transformações efetivadas.
Presidido
por um patético que sequer concluiu sua carreira na caserna de seu país, um
verdadeiro capetão travestido de fundamentalista evangélico (ridiculamente
batizado nas águas do rio Jordão da sagrada Palestina), o país naufraga a
passos largos, sem previsão de reverter o descalabro promovido pela quadrilha
que tomou de assalto os destinos da nação.
Dessa
forma, tal qual seu povo, assim amarga, com desprezo e ódio, o estadista que
promoveu a elevação da renda mínima de sua população, ampliou o mercado de
consumo com a inclusão de mais de 40 milhões de ex-famélicos, dobrou o número
de universidades federais, quadriplicou o número de campi dos institutos
federais e centuplicando o número de vagas de cursos oferecidos pelas
instituições federais de ensino e pesquisa.
Pobre
nação cujas sórdidas autoridades celebram a morte de um inocente neto de preso
político. Na verdade, confinado para não competir nas eleições de 2018, das
quais era campeão de intenções de voto. Tanto é que o carcereiro-mor foi
presenteado com o cargo de sinistro da Justi$$$a, mas, igual ao chefe, ainda
não disse a que veio...
Ahmad Schabib Hany
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