O DIA EM QUE A
HUMANIDADE PERDEU O ÚLTIMO LÍDER REVOLUCIONÁRIO DO SÉCULO XX
Que tempos estes em que vivemos! Fantoches,
títeres, marionetes, em vez de líderes. Mentes rasas, seres obtusos, medíocres,
canastrões, charlatães, mentirosos, pobres diabos, canalhas – simplesmente canalhas,
como bem os definiu Tancredo de Almeida Neves nos idos de 1964.
Depois que Joseph Goebbels fez escola
e a mentira passou a ser chamada de estratégia de marketing no ocidente,
qualquer ameba, verme não pensante, calhorda, parasita ou assemelhado pode ser
guindado, nas plutocracias em que se metamorfosearam as frágeis democracias do
século XX, à condição de gestor, gerente ou presidente de araque destes áridos
tempos globalizados.
Logo quando um apático e obscuro
vice-presidente golpista ascende à condição de titular numa das maiores
democracias do planeta, mediante arranjos maquinados desde as metrópoles
financeiras. Logo quando um bizarro nefelibata
ianque com incontinência fecal por via oral sucederá o primeiro presidente
negro que deixou simplesmente tudo a desejar no império em decadência. Logo
quando fundamentalistas de todos os credos e matizes se transformam em
salvadores da pátria a serviço do demo...
Justo nesse momento sai de cena o
último dos líderes forjados literalmente na luta. Na luta contra a maior
potência militar de todos os tempos. A menos de 100 milhas de seu território. A
despeito da desproporção abismal entre os dois Estados: o imperial e o rebelde.
Tal qual o Vietnã de Ho Chi Min, a Cuba de Fidel deu uma homérica banana ao
sinistro e usurpador Tio Sam!
Gostem ou não os serviçais do império,
Fidel Alejandro Castro Ruz – o grande Comandante rebelde – é o último líder da
segunda metade do século XX, ao lado de Gamal Abdel Nasser, Broz Tito, Jawaharlal
Nehru, Mao Tsé-Tung, Ho Chi Minh, Nelson Mandela, Agostinho dos Santos e
Salvador Allende. Gostem ou não de sua personalidade forte e de sua
inteligência privilegiada, Fidel Castro enterrou todos os seus principais
inimigos, depois de vencê-los de forma acachapante. Inclusive as mais de 500
tentativas de assassinato, patrocinada por agentes da CIA e seus lacaios.
Companheiro de outros três igualmente
valorosos líderes – Camilo Cienfuegos, Ernesto Che Guevara e Raúl Castro Ruz –,
o incansável líder cubano soube superar a si mesmo para fazer frente às
inesgotáveis tentativas de atentados, golpes e invasões dos nefastos vizinhos,
que por quase um século impingiram à sua nação a triste condição de bordel a
céu aberto dos ianques. Porque Cuba antes de Fidel não passava de – com o
perdão da palavra! – reles prostíbulo impune e barato dos endinheirados
estadunidenses canhestros, cuja maldita tara ejaculavam nos cortiços e casarões
fétidos da horda “civilizada”.
A propósito, socialistas arrependidos
como Roberto Freire, Fernando Henrique Cardoso, José Serra, Aloysio Nunes
(vulgo “Nicomedes”, motorista de Carlos Marighela, incrível e suspeitamente
sobrevivente à balaceira de sua execução numa lúgubre rua do centro de São
Paulo), nem às dúzias, chegam aos pés calejados desse determinado e leal
dirigente de seu povo em luta (até porque é difícil ser líder de um povo em
plena rebeldia, em cujo front não há ninguém menos que o mais bem armado
exército do mundo).
Pois o 25 de novembro de 2016 entra
para a história como o dia em que a humanidade perdeu o último – o derradeiro –
líder revolucionário da segunda metade do século XX: Fidel Alejandro Castro Ruz.
Aguerrido Comandante de um povo cuja dimensão é reconhecidamente superior ao
vasto território de seu canhestro inimigo, o império do caos. A História já te
entronizou no panteão dos galhardos, dos autênticos, dos corajosos. Até sempre,
Fidel! Sempre na memória, Comandante!
Ahmad Schabib Hany
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