Basta já!
No terceiro mandato do governo Lula o cínico acinte dos falsos aliados já bastou. É hora de resgatar o projeto inclusivo, participativo e democrático, deixado de lado por causa da política de alianças para assegurar a manutenção do Estado Democrático de Direito.
O cinismo e a arrogância dos parasitas do nauseabundo "centrão" deu o tom de uma ruptura em seu melhor momento: chega de passar pano a todos os atos nojentos e voluptuosos dessas sanguessugas da política nacional. Filhos malparidos da ditadura maldita, se reproduzem como bactérias nos esgotos do submundo imundo da politicagem elitista.
Não interessa o sobrenome. Se Cunha, Lira ou Motta. Se Alcolumbre ou Jucá. Se Mulata ou Perna Grossa, com o perdão das mui dignas profissionais do sexo da Corumbá de outrora... De saudosa memória, esses personagens de muita dignidade que povoaram a Corumbá cosmopolita de décadas atrás tinham, sim, muita decência. A imoralidade que havia era dos falsos moralistas que frequentavam seus locais à procura daquilo que eles diziam condenar, não muito diferente dos de hoje...
O fato, eloquente e explícito, é que os delinquentes que, no vácuo da eleição de um pilantra desmiolado que se dizia "antissistema" -- quando ele e todas as hordas que o cobriram de tudo quanto foi jeito nos últimos sete anos eram cria do regime de exceção que vigorou entre 1964 e 1985 e cujos líderes e executores saíram impunes --, deixaram claro que são serviçais dos sonegadores que vivem da jogatina das bolsas e das bets, do parasitismo do sistema financeiro, a ponto de acintosamente poupar os trilionários da incidência de tributação.
Não custa repetir: além de traidores, pois havia acordo celebrado em reunião com os presidentes das casas legislativas federais e os ministros da área econômica do governo, são maus brasileiros. Afinal, para poupar os 'pobres' trilionários, deputados e senadores que se envolveram nesse ato de lesa-pátria, jogaram fora mais de 20 bilhões de reais da receita, sob pretexto de desidratar o governo Lula neste ano de véspera de sua provável reeleição.
E ainda aparecem "analistas econômicos" de araque vindos com aquela velha cantilena de que, se cobrar imposto, eles vão embora. Primeiro, duvido que queiram largar a rapadura, pois a taxa de juros vigente por aqui é por conta deles. Se, de fato, eles se forem... Ora, o diabo que os carregue. Já vão tarde!
PERDA DE TEMPO
Na verdade, em todos estes anos de terceiro mandato Lula e seu governo perderam tempo à espera de um gesto de grandeza desses áulicos da malandragem, da pilhagem, da mefistofilia. Da prática recorrente de conspurcar e procrastinar, incessantemente. Desde o primeiro instante em que fingiram integrar o governo de frente ampla, os tais "aliados" só atrapalharam, só frearam as iniciativas de Lula em todas as áreas. Com a conivência da GAFE -- Globo, Abril, Folha e Estadão --, que se fingem de "republicanos", mas só se forem do partido do fanta laranja do hemisfério norte que não concluirá este mandato.
Aliás, esses cabos eleitorais da extrema-direita nunca denunciaram as emendas secretas que depois da decisão do STF passaram a se chamar de "emendas pix". Enquanto fingem estar preocupados com a responsabilidade fiscal, fazem vistas grossas à hemorragia orçamentária que desde 2023 sufoca o governo federal. São mais de 60 bilhões de reais por ano que saem do orçamento para atender interesses inconfessáveis da "oposição". Estão provadas a inconstitucionalidade e a pilhagem dessa modalidade de "emenda impositiva".
Cabe agora aos movimentos populares, sem perda de tempo, a retomada das ruas e das iniciativas: fazer agendas propositivas, sem lugar a titubeios. Nada de ficar passando pano nas trairagens de falsos aliados como Eduardo Riedel e seus fantoches pelo estado adentro. Sejam eles quem forem: prefeitinhos, vice-prefeitinhos, deputadinhos ou até senadorinhos. É tremenda cara-de-pau apunhalar e depois se mostrar com a maior cara lavada de bons moços.
Ou se é pela extrema-direita -- e aí estão todos eles, que dispensam apresentação --, ou se apoia o governo federal pela agenda verdadeiramente popular e patriótica. Como diz a sabedoria popular, o que não dá é acender vela a Deus e ao diabo. Que é o que esses calhordas vivem a fazer desde o dia em que foram paridos. A tal da bancada BBB (Bíblia, bala e boi), que agora inseriu o B das bets (crime de lesa-humanidade), nunca foram "de Deus", mas sionistas -- e a História prova quem são esses assassinos de bebês e mães, inofensivos e indefesos, que recorrem a todos os meios para passar por vítimas.
Enquanto Lula recebe de braços abertos fantoches de todos os tipos, muitos deles em campanha declarada para os candidatos da extrema-direita -- basta dizer que o tucano-mor, que sempre contou com uma curiosa e até bizarra benevolência de Zeca e Vander, não é apenas "dono" do PL estadual, como está em declarado apoio àquela que se diz rainha do veneno e que sustentou o inominável em seu desgoverno cínico e golpista. Só não sabemos se por bondade ou esperteza, pois sua cara de raposa perigosa não engana ninguém.
Ahmad Schabib Hany
2 comentários:
Análise acertada do intelectual sul-mato-grossense Shabib Hany.
Quanta honra, querida Ana! Só me permita observar que não tenho aptidão para intelectual, apenas um eterno aprendiz de cidadão que não abre mão de seu direito de se indignar e manifestar sua contrariedade enquanto tiver oxigênio para fazê-lo... Com carinho, gratidão e admiração, sempre!
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