Boa-noite! Por
meio do Professor Doutor Edgar Aparecido da Costa, Diretor do Campus Pantanal, saúdo
os membros da mesa, graduandos/graduandas, familiares e amigos/amigas,
presentes a este ato solene de Colação de Grau!
Quero parabenizar
e desejar boa sorte aos graduandos e às graduandas de 2016, grandes vencedores/vencedoras,
por mais esta conquista! Em especial aos novos e às novas colegas no ofício de
professor/professora de História, a quem agradeço pela honra com que me distinguiram
na antevéspera do cinquentenário de criação do Instituto Superior de Pedagogia,
hoje CPAN!
Integrantes
da turma que tem o nome do saudoso Professor Doutor Eduardo Saboya, protagonista
de lutas memoráveis num tempo em que defender a liberdade e a democracia era
correr risco de perder a liberdade quando não a própria vida – até por isso uma
honra ainda maior participar deste ato, em que reitero à Professora Doutora
Vilma Elisa Trindade, companheira de ofício e de vida do Professor Saboya, a
fraternal saudação e o reconhecimento da relevante contribuição do Professor
que fez da História sua honrada trincheira de luta.
A História,
aliás, é um dos expoentes das Ciências Humanas, mas que tem sido relegada a
papel secundário pelos que se pretendem paladinos dos destinos da humanidade
desde o pós-guerra de 1945 e que na última década do século XX ousaram decretar
o bizarro “fim da história” e o anacrônico “choque de civilizações”.
Este é o
desafio aos novos e às novas colegas que optaram por esse fecundo labor, nestes
pouco generosos tempos em que o maniqueísmo e a intolerância atentam contra o
almejado progresso, no sentido dialético, da humanidade, impondo-nos
impunemente o caos, a delinquência e a barbárie.
Mais que
nunca, a História sempre foi, é e será sinônimo de inquietude e de esperança.
Inquietude porque nos cabe a dura tarefa de desconstruir, desmistificar,
resgatar e reestruturar a realidade, de modo que as novas gerações possam
encontrar sentido de pertencimento e empoderamento para retomar o protagonismo usurpado.
Esperança porque, embora devamos sempre questionar, não podemos perder a
crença, a fé, na humanidade, pois o ceticismo, a incredulidade sistemática, é a
porta de entrada para o cinismo pernicioso, responsável pela ameaça iminente às
sociedades contemporâneas.
Portanto, não
basta apenas pretendermos ser bons profissionais, é fundamental que antes de
tudo sejamos bons cidadãos, sinceramente comprometidos com os destinos de nossa
espécie e de todo o planeta. Até porque a vida não pode ser reduzida ao simplório
antagonismo do “bem contra o mal”, ou do “mocinho contra o bandido”, mas sim
compreendê-la na inesgotável capacidade de o ser humano renascer do caos, da
decadência, da barbárie.
Não
esqueçamos: tal qual a verdade, a História não tem donos, detentores absolutos.
Sua razão de ser é o progresso social, cultural, político e econômico da
humanidade e de seus mais elevados valores e princípios, construídos por
diferentes povos, etnias, culturas, filosofias, religiões e crenças ao longo de
milênios.
Bem-vindos,
pois, estimados e estimadas colegas, ao ofício de professor/professora de
História – e, se assim o desejarem, futuramente competentes historiadores e
historiadoras!
Queridos Iran,
Marcelo e Thiago! Queridas Jéssica, Joana e Rosinnete! Felicidades, vida longa,
muita saúde, sabedoria e, sobretudo, humildade e trabalho, muito trabalho!
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